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quinta-feira, novembro 17, 2005

A IGREJA CORRE O RISCO DE PERDER A MULHER

"Entre os diferentes carismas que enriquecem a Igreja de Lisboa, quero referir um de que pouco se fala e pode exercer papel decisivo na renovação da Igreja e da missão: refiro-me ao carisma feminino, à maneira feminina de ser cristão, de rezar, de amar, de servir, de anunciar. Alguém me disse um dia que uma das ameaças que pesa sobre a Igreja dos nossos dias é o risco de perder a mulher. Seria, de facto, uma grave perda, para a Igreja e para a mulher".
D. José Policarpo - Homilia de encerramento do ICNE

5 comentários:

  1. À beira do precipício de perder a mulher, a hierarquia não hesita e dá o passo em frente de assegurar que tudo ficará na mesma.

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  2. Caríssimos:

    Tenho impressão que, se a Igreja ainda não perdeu as mulheres nestes dois mil anos de existência, também não vai ser agora! A não ser que o mundo esteja no fim...

    Beijos
    Sandra

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  3. Caros Irmãos

    Com todo o respeito que tenho pelo Sr. Cardeal Patriarca D. José Policarpo, não comungo, feliz ou infelizmente, nesta sua posição específica em relação à 'mulher'.

    E isto principalmente porque:

    a) Quanto eu saiba, não há um 'carisma' própria/especificamente feminino, mas apenas deveres/direitos comuns a ambos os sexos (homem/mulher), em perfeita/relativa igualdade.

    b) Ao falar assim, Sua Eminência está, mesmo sem querer, a discriminar a mulher, em relação ao homem, e não tanto a menosprezar o homem em relação à mulher.

    c) Muito mais, ou pior ainda, é bastante infundado o seu receio de:

    - "Alguém me disse um dia que uma das ameaças que pesa sobre a Igreja dos nossos dias é o risco de perder a mulher. Seria, de facto, uma grave perda, para a Igreja e para a mulher"...

    d) Ora isto não tem, quanto a mim, nenhuma maneira de ser, nenhum fundamento ético ou moral, e muito menos cristão, até porque N. S. Jesus Cristo jamais fez alguma diferença entre o amor e o serviço do homem e da mulher, assim como não há nenhuma doutrina do Magistério, conciliar ou encíclica, que comprove tais diferenças radicais, tais 'carismas' antagónicos, e por isso mesmo ambíguos, pelo menos.

    e) Nós, homens e mulheres, somos, sim, muito diferentes, mas sobretudo fisiologicamente (mormente em relação ao sistema reprodutivo), e não tanto psicológica/afectivamente, e muito menos ainda moral ou cristãmente.

    f) Porquê, então, tanto preocupação/obcecação com tais diferenças naturais, tal como em todos os animais, ao ponto de as transformarmos em diferenças substanciais e espirituais, para além de sociais e culturais?

    g) Pura 'guerra de sexos' - actualmente muito em moda, infeliz/tragicamente, mais conhecida por 'feminismo'! -, o que é, sem sombra de dúvida, profundamente negativo/nefasto para todos nós, e muito mais ainda para a mulher do que para o homem, segundo consta, por motivos óbvios, tal como o racismo e o terrorismo...

    Atenciosa e respeitosamente
    J. Mariano

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  4. Caríssimo Irmãos:

    (Parte II)

    Felizmente (considero eu), deram-me espaço imediato, mesmo inconscientemente, para tentar elucidar melhor a minha simples opinião pessoal (e jamais crítica negativa ou ofensiva, Deus me livre!), em relação ao meu comentário imediatamente anterior (das 10:33), sobre as declarações inéditas (depreendo eu) do Sr. Cardeal Patriarca, em que ele afirma, talvez alegórica/metaforicamente, que "a mulher tem um 'carisma feminino'..., etc./etc..."

    - Mesmo em sentido figurado, parece-me um tanto desajustado, pelo menos, o facto do Sr. Cardeal classificar a 'maneira especial' da mulher exercer o seu cristianismo, ou a sua vida religiosa, como sendo um 'carisma' propriamente dito, tal como aqueles, por exemplo, referidos na epístola de S. Paulo (Sua Eminência que me perdoe este meu simples 'parecer contraditório', e talvez algo polémico, que até admito ser relativamente incorrecto, ou também um pouco exagerado, dependendo das perspectivas e circunstâncias em que seja analisado...

    E admito-o, sobretudo, atendendo a que o Sr. Cardeal Patriarca tem, obviamente, muito mais conhecimentos e competência do que eu (que não passo de um simples laico meio ignorante e, infelizmente, ainda bastante pecador; embora tente, o mais possível, ser um bom Cristão e zeloso católico (como é da minha obrigação), assim como profundamente fiel ao Magistério da Igreja, e em perfeita comunhão com o Papa em especial e com os Bispos em geral, como legítimos sucessores dos Apóstolos, a quem Jesus prometeu: "Quem vos ouve, a Mim ouve, e quem vos despreza, a Mim despreza"; depois de garantir-lhes: "Tudo aquilo que ligardes na terra será ligado no Céu, e tudo aquilo que desligardes na terra será igualmente desligado no Céu" (naturalmente sempre com a inspiração do Divino Espírito Santo)...

    Por outro lado, se a mulher tivesse, efectivamente, um dado 'carisma feminino', ou assim passase a ser considerado - quem sou eu para refutar ou rejeitar tal hipótese ou nova doutrina? -, igualmente o homem passaria a ter também, lógica/obviamente, um correspondente 'carisma masculino', no concernente ao seu modo próprio, naturalmente algo diferente da mulher, de viver e praticar a religião (a conversão e santificação pessoal), nomeadamente com acesso ao sacerdócio ministerial masculino, ao contrário da mulher (como sendo específico apenas do chamado 'carisma masculino')...

    Mas, na realidade e felizmente (creio eu), não é nada disso que se passa, porquanto a mulher vive a religião e o cristianismo tal e qual como o homem, genericamente falando, e assim se santifica e salva, ou automarginaliza-se/exclui-se, tal como o homem, pelo menos é o que constatamos no dia-a-dia...

    E assim temos quase tantas Santas e Beatas mulheres como Santos e Beatos homens, graças a Deus!...

    * * *

    Continuarei oportunamente este complexo e extenso comentário, se necessário for e se Deus quiser.

    Saudações cristãs para todos/as, em Jesus e Maria

    J. Mariano
    (vosso servo)

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  5. la iglesia esta muy atrasada

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