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sábado, novembro 12, 2005

A ESPERANÇA NA VIDA ETERNA – Michel Quesnel – “Não morrer – Será isto verdadeiramente impossível?”

A conferência de sexta-feira, dia 11, foi dedicada ao debate da temática da vida após a morte. Michel Quesnel, padre da Congregação dos Oratorianos e actual reitor da Universidade Católica de Lyon, debateu a esperança na vida eterna, fundamentada na crença cristã da ressurreição.
“Desde a mais alta antiguidade, a questão da vida após a morte não cessou de perseguir o ser humano”, afirmou Quesnel. A perspectiva da morte como um acontecimento inevitável e definitivo cria no Homem o desejo “de se prolongar para além da morte”.
A crença na ressurreição Jesus e na nossa, é o fundamento da fé cristã pelo que, a “resposta cristã à questão da imortalidade desde sempre alimentou a nossa cultura”, referiu Quesnel. No entanto, “numerosas pessoas dizem-se cristãs e ao mesmo tempo afirmam não acreditar na ressurreição”, contrapôs o conferencista. A ressurreição é vista por alguns como uma noção fluida que não responde ás questões que o Homem coloca sobre a vida para além da morte, explicou Michel Quesnel, “porque ela é demasiado imprecisa e porque as representações imaginárias que nós temos são exageradamente precisas, a ponto de serem pueris”. Esta situação conduz concepção de outras formas, por vezes novas por vezes antigas, de imortalidade, como a reincarnação, metempsicose, transmigração das almas. “O sucesso destas doutrinas”, afirmou o conferencista, “deve-se não só à influência das religiões do Extremo Oriente, mas também à necessidade de purificação da alma que aconteceria no decurso de vidas sucessivas”. No entanto, também estas explicações não satisfazem o homem contemporâneo. A existência eterna deste mundo não é razoável uma vez que os recursos naturais do planeta são limitados. Assim, indicou Quesnel, “temos de procurar outra coisa”.
Michel Quesnel terminou a sua conferência com um conselho: “não tentemos imaginar demasiado como será a nossa vida no além. A nossa história, com todas as relações que tivermos criado, todos os amores que tivermos vivido, Deus na sua imensa bondade, está pronto a transfigurar. Como Jesus também nós estamos destinados a ser por toda a eternidade inteiramente nós mesmos e inteiramente diferentes, as trevas que há em nós terão sido transformadas em luz.

2 comentários:

  1. Best regards from NY! »

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