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quarta-feira, março 17, 2010

A "santidade" do celibato

"O celibato 'não é santo', nem 'sagrado', é, muito mais 'funesto', já que exclui um grande número de bons candidatos ao sacerdócio" e expulsou um grande número de religiosos que desejavam casar-se.

"A lei do celibato não é uma verdade da doutrina da fé, mas uma mera lei eclesiástica do século XI, que devia ter sido abolida no século XVI perante as exigências dos reformadores", assim como uma norma que a maioria do povo e do clero deseja que seja revista.
Cria mais problemas do que resolve...
Se não pertence à ordem da fé, mas têm a sua origem numa disciplina eclesiástica que nem é universal (na Igreja Católica de rito oriental é opcional) não vejo qualquer dificuldade para que volte a ser aquilo que foi durante o primeiro milénio. Fala-se tanto em tradição e esquece-se que a tradição mais antiga é a do celibato opcional (1100 anos) !!! Se se pode defender esta possibilidade para quê impo-lo de modo obrigatório a toda a Igreja de rito latino?
Apesar de todo os escândalos, não podemos esquecer que a instituição que está a travar uma batalha mais clara contra os abuxos sexuais de menores é a Igreja Católica... (veja este exemplo) temos que realçar que, apesar de todo o sofrimento causado, não podemos concluir que esta é a instituição onde acontecem com mais frequência estes abusos. É verdade que o problema não pode ser visto quantitativamente - ainda que houvesse apenas um este seria inaceitável - mas também é verdade que não podemos enlamear todos os 400.000 sacerdotes que existem no mundo. Se Judas traiu Jesus, não significa que os outros 11 apostólos não foram santos...
Sabia que...
“Algumas das mais celebradas figuras da intelectualidade “gauchiste” parisiense, incluindo Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Michel Foucault, Jacques Derrida, Philipe Sollers, Jack Lang e Bernard Kouchner (estes dois foram anos mais tarde ministros socialistas da educação e da saúde), assinaram uma petição colectiva onde se apelava à legalização das relações com menores, a pretexto dos processos contra três homens condenados por atentado ao pudor nas pessoas de menores com 12 e 13 anos de idade.
Figuras importantes da política europeia assinaram uma petição a solicitar... a despenalização da pedofilia! Quem eram essas «personalidades»?
Jean-Paul Sartre, Michel Foucault, Simone de Beauvoir, Roland Barthes, Alain Robbe-Grillet, Françoise Dolto, Jacques Derrida, Bernard Kouchner, André Glucksmann, François Chatelet, Jack Lang e muitos outros de Félix Guattari a Patrice Chéreau ou Daniel Guérin e Philippe Sollers. Interrogado hoje, Sollers não se recorda:
«Havia tantas petições, assinava-se quase automaticamente...».
Daniel Cohn-Bendit, um dos líderes de extrema-esquerda do Maio de 68, hoje deputado europeu pelo partido Os Verdes, dava conta de um dos motivos que o levava a considerar a pedofilia como normal, contando as suas experiências num jardim de infância alternativo com crianças de 5 e 6 anos: «Eles abriam-me a braguilha (...) o desejo deles colocava-me um problema, mas eles insistiam e eu acariciava-os apesar de tudo».” E quanto as indeminizações que já foram pagas pelo partido Os Verdes?

6 comentários:

  1. Alguém conhece algum partido que tenha pago indeminizações avultadas por um dos seus membros ser condenado por pedofilia?

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  2. É impossivel considerar que o celibato tenha algo a ver com a pedofilia!

    São por acaso celibatarios os pais, padrastos, vizinhos e afins, que abusam das crianças?

    Porque não falam dos padres que se envolvem em causas nobres, como aqueles que vão junto dos marginalizados, que rezam por eles, que lhes dão alimento, atenção... que cuidam e se preocupam com as ovelhas tresmalhadas, a chamada escória da sociedade... os drogados e vagabundos.

    Pois é, isso dignificaria a Igreja e não é isso que querem!

    Na minha opinião, não associo o celibato á pedofilia!

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  3. ""O celibato 'não é santo', nem 'sagrado', é, muito mais 'funesto', já que exclui um grande número de bons candidatos ao sacerdócio" e expulsou um grande número de religiosos que desejavam casar-se."

    Normalmente sou eu que costumo "lançar umas granadas"...
    Mas esta foi da autoria do Dono do Blogue - que é Padre, tanto quanto suponho.
    Apenas posso dizer que concordo plenamente.
    Mais vale um Padre amar uma (disse uma!) Mulher / viver de forma adulta - e legal -,a sua sexualidade, do que ser pedófilo, ou AMAR O DINHEIRO (neste caso, que se mude p. ex. para a IURD).

    Um abraço para Tod@s.

    Continuação de Boa Caminhada Quaresmal, rumo à Alegria Libertadora da Páscoa!

    Moçambicano

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  4. Desculpem a minha ignorância! Subentendo de alguns comentários que o celibato é a “causa” da pedofilia? Será?
    Após tantos anos de seminário desconheciam que o celibato era uma das condições para a opção de vida que iam tomar? Foram enganados? Forçados? Claro que não!
    O aproveitamento da situação da pedofilia por parte de alguns homens da Igreja denota um descontentamento com a opção tomada! Querem casar? Alguém os obriga a continuar? Não!
    Então meus senhores a Igreja têm normas e regras; querem? Tudo bem! Não querem a porta está aberta para saírem!
    Não se comparem com estas ABERRAÇÕES os pedófilos! Tenham elevação moral! Subam a fasquia, apenas os medíocres e os cobardes se nivelam por baixo!
    Querem casar? Lutem pelo que querem! Façam-se ouvir ou apenas conseguem dizer o que lhes vai na alma escondidos pelo anonimato dos blogues?
    Sejam dignos do Deus que representam na terra! Nenhum ser humano é pedófilo pela profissão que tem! Mas por um distúrbio/perturbação mental!
    Não duvido que grande parte dos homens da igreja tem a sua sexualidade muito bem resolvida! Outros enfim!
    Lamento que alguns distintos eclesiásticos continuem com a esperteza saloia de ocultar factos abomináveis, não só a pedofilia, então é caso para dizer que “o fumo de Satanás infiltrou mesmo por alguma fresta na igreja”, como dizia Paulo VI.

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  5. Afinal o anónimo que crítica anónimos tb é anónimo. E para que não haja duas sem três aqui estou eu

    Anómimo (não sou padre nem freira)

    PS: Os padres devem fazer perceber ao Vaticano que o fim do celibato obrigatório era mais útil e fecundo que o Ano Sacerdotal...

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  6. No meu caso, pouco importa o meu nome e quem eu seria para quem lê aqui. Rótulos pessoais, não. Mas sempre vou dizendo que andei num seminário. Saí aos 17 anos. Hoje sou... ateu, graças a deus... A pedofilia envergonha-me como ser humano. Mas saber do que se tem passado (e imaginar o que sempre se passou, no segredo nestas centenas de anos de igreja...), repugna-me. Se encontrei, finalmente, tranquilidade no ateísmo, agora percebo melhor porquê. O Homem não precisa de dogmas absurdos. Precisa de assumir a sua humanidade.
    Celibato só pode ser uma opção... A pedofilia não tem nada a ver com padres... tem a ver com o defeitos humanos. Mas num padre é devia dar direito à "fogueira" da santa inquisição... A hipocrisia do clero (papa) é admirável!

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