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quarta-feira, março 24, 2010

"Nenhum Bispo imposto" - José Ignacio González Faus

"Quando não existia a democracia, a Igreja elegia os seus bispos democraticamente a partir das comunidades locais. Agora, que já temos a democracia, há nomeações a dedo. Em vez de ser sinal, como era nos primeiros tempos, converte-se num anti-sinal".
José Ignacio González Faus
Os próximos bispos vão ser escolhidos a dedo?
Quando é que o povo cristão de uma diocese terá a oportunidade de se pronunciar?...

4 comentários:

  1. Bragança, Viana do Castelo, Lamego, Coimbra e Lisboa terão bispos novos dentro do espaço de um ano (em princípio, claro...).

    Mas saindo o Patriarca, fica um catrapazada de bispos seus auxiliares para colocar. Para algum lado terão de ir, quer as dioceses queiram, quer não, porque seriamente não vão ser escutadas. Vai jogar-se tudo no sigilo prudente!
    Este blog, felizmente, tem muitos visitantes. Não seria interessante convidar os visitantes das dioceses acima referidas e outros a pronunciarem-se sobre o Bispo que as suas Igrejas Locais precisam? Há muitos Bispos auxilares (Porto, Braga, Lisboa)... Mas também poderiam optar pela nomeação de um padre que fosse ordenado bispo (como aconteceu recentemente com Viseu).

    E num ano em que se esperam tantas nomeações episcopais, que há pelos bastidores? D. Manuel Clemente para Lisboa? D. Carlos Azevedo para Coimbra? D. Manuel Linda para Bragança? E Viana do Castelo? E Lamego?
    Já que o povo de Deus não é escutado, partilhemos aqui com franqueza, sentido de Igreja e elevação.

    Um padre também inquieto

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  2. Boa noite.

    Não sou padre, mas leigo empenhado e, em virtude das minhas funções, contacto com as mais variadas sensibilidades existente na Igreja Portuguesa.
    Para o Patriarcado falam de três candidatos:
    - Um apoiado pelo actual Patriarca – D. Carlos Azevedo
    - Um que goza de grande simpatia por parte dos padres e leigos do Patriarcado – D. Manuel Clemente
    - Um que tem toda a confiança de Bento XVI – D. António Marto.
    Penso que dos três o mais forte candidato é D. Manuel Clemente. Pelo menos é o nome mais insistente. E pelo que tenho sentido, até já os padres do Porto se estão habituando à ideia. Terminado o ano de Missão em que lançou a Diocese do Porto, transitará para Lisboa. E o nome falado para lhe suceder é o de D. Couto, auxiliar de Braga.
    Caso não fique em Lisboa, D. Carlos irá certamente presidir à Igreja de Coimbra. Também tenho escutado o nome de D. Linda para Bragança, pois tendo sido padre na contígua diocese de Vila Real, está próximo do sentir e do pensar transmontano. Feito um breve estágio episcopal em Braga, rumará a Bragança.
    Para Viana do Castelo, pouco tenho ouvido. Apenas me falaram uma ou duas vezes em D. Anacleto, auxiliar de Lisboa. É consensual entre as pessoas com quem tenho falado sobre o assunto que D. Tomaz Nunes continuará como auxiliar do Patriarcado, não só pela idade, como por ser daquela diocese que por isso conhece bem e de que é Vigário-Geral.
    Para Lamego, única diocese que não é sede de distrito, ficará o reajuste nas colocações episcopais. Pelo menos é isso que me tem chegado. E entre D. Joaquim Mendes, D. João Lavrador e D. António Taipa deverá sair o futuro bispo desta diocese.
    A.Monteiro

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  3. para viana virá D. Anacleto Oliveira.

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  4. Principalmente a partir dos anos 90, assistimos a nomeações de bispos de tendências cada vez mais conservadoras e tradicionalistas, convenientemente escolhidos pela Cúria Romana, reproduzindo o modo de pensar dos burocratas do Vaticano. Com isto, as reformas propostas no seio da Igreja pelo Concílio Vaticano II acabaram esquecidas. Estamos retornando a um modo de ser Igreja típico da primeira metade do século passado. O "aggiornamento" de João XXIII se tornou vítima de um enrijecimento nas estruturas clericais. Daí, cogitar-se na possibilidade de os bispos serem escolhidos democraticamente por representantes das dioceses em que irão servir (e não serem servidos) é uma blasfêmia e um pecado mortal para os adeptos de um catolicismo que teme se renovar, ou seja, teremos sempre o mais do mesmo.

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