Boa tarde a todos, Tenho 28 anos, sou católica, vou à missa semanalmente, sou catequista há 14 anos e sempre tive muita fé em Deus. Apaixonei-me por um rapaz divorciado, a mulher traiu-o, eu gostava muito de casar com ele perante Deus, porque para mim só assim faz sentido, mas sei que não o poderei fazer, até porque ele tem um filho da ex-mulher e eu não acho justo ele pedir a anulação do casamento, não sei se ele o pode fazer, mas mesmo se pudesse, eu não quero isso.
Já falei com várias pessoas ligadas à Igreja, inclusive padres, acerca da minha situação, já ouvi de tudo, por ser divorciado ele é descriminado, mas ele não teve culpa do casamento ter acabado, eu ao casar com ele, pelo civil já que não o poderei fazer de outro modo, terei de abdicar do meu amor por Deus?
Como já me disseram: tenho de escolher entre o amor que sinto por Deus e o que sinto pelo meu namorado?
Eu não acho isso justo, acho que toda a gente merece uma segunda ou terceira ou quarta (ou mais) oportunidade para ser feliz. Até consigo perceber que terei de deixar de ser catequista e deixar de comungar, mas desistir de Deus, da minha fé, não nunca.
Se um dia eu tiver filhos, eles serão educados segundo a religião católica, e só espero que eles não serão descriminados por ter um pai divorciado. Se eu não conseguisse distinguir a diferença que há entre os padres, são humanos como nós, e Deus, há muito que tinha desistido desta religião que afasta cada vez mais as pessoas. Quando falei com um padre, disse-lhe que vivíamos num mundo cada vez mais hipócrita, e ele riu-se na minha cara... fiquei bastante revoltada, mas cada um tem direito a sua opinião.
Se Deus meteu este rapaz no meu caminho não deve ter sido por acaso, Deus tem um coração infinito e é misericordioso por isso deve querer nos ver a todos felizes. Pelo menos é assim que eu penso.
Gostava de saber as opiniões de outras pessoas sobre esta minha situação que infelizmente não é única. Sei que há muita gente na mesma situação, há pessoas que não se importam e não se questionam como eu, mas de certeza que também há quem o faça.
Obrigada a todos que tiveram coragem de ler o meu “desabafo” e fico a aguardar as vossas opiniões!
Fonte: Forum paróquias
De facto já era tampo para a Igreja rever esta problemática tão dificil de gerir! A escolha entre as Leis da Igreja e as leis da Vida resulta em algo de muito injusto! São caminhos paralelos! Vamos todos rezar para que chegue uma decisão que mais se adapte aos dias de hoje, infelizmente tão conturbados!
ResponderEliminarPN AM
É possível que ninguém acredite nesta história, mas aconteceu:
ResponderEliminarCuidei de uma senhora em estado terminal, que sentindo a aproximação da partida pediu a presença de um padre.
O "capelão"(Padre do Hospital) foi chamado, esteve com ela alguns minutos e saiu de seguida, deixando-a num pranto incontrolável...
Quando finalmente consegui falar explicou: “que quando jovem casou e o marido imigrou para o Brasil e nunca mais deu noticias, ficou com dois filhos pequenos, que criou com muitos sacrifícios e muito amor.
Passados 12 anos conheceu um homem com quem "juntou os trapinhos” e teve dois filhos (legalmente foi possível divorciar-se e casar pelo civil)
Foram TODOS felizes até que a doença veio bater-lhe à porta...
Sentia que o "viagem para o Pai" estava próxima, quis reconciliar-se com Deus, mas o padre recusou-se a dar-lhe a absolvição, porque ela vivia em pecado.
Informações chegadas do Brasil diziam que o ex marido, teria até já falecido, pois se faleceu replicou o padre, traga a certidão de óbito ai sim confessa-se e celebra-se o casamento.
O pânico e o sofrimento desta mulher era tão grande, que pedimos a outro padre para vir visitá-la e se possível ajuda-la.
Ele veio e conversaram horas...
Ficou mais calma, mas a "doença" invadiam-lhe rápida e completamente os pulmões e a dificuldade respiratória era muito intensa, causando-lhe muito sofrimento, mal podia falar, apesar disso, reuniu a família e pediu que fizessem TUDO para confirmar se o pai dos filhos mais velhos ainda vivia ou não.
A família iniciou uma luta contra o tempo...
Durante 10 dias esta mulher agonizou heroicamente esperando pelo "bilhete" que segundo ela, lhe daria direito a viajar em graça para o Pai!
Já ninguém acreditava...
Apenas os olhos, quando os abria, continuavam a transmitir vida!
A certidão de óbito chegou e o "capelão" tratou de tudo:
- Confessou o casal e deu-lhes a Sagrada Eucaristia, depois casou-os ali no hospital com os filhos e os netos presentes.
No final do dia com um sorriso no rosto esta mulher maravilhosa viajou para o Pai!
O que seria ent�o a felicidade?
ResponderEliminarFelicidade � encontrada quando temos Deus em nossa vida. Quando sabemos que estamos obedecendo suas leis... E saber que todo esfor�o foi tido para entrar na vida eterna.
Deus nos quer felizes, mas felizes de verdade. Felizes na eternidade.
Acredite, confie em Deus! Voc� diz que O ama... Assim deve confiar na esposa de Cristo Santa Madre Igreja Cat�lica Apost�lica Romana... Se ela coloca esta situa�o dos recasados, � por que � m�e.. e como m�e cuida de seus filhos. E cuida deles para Deus.
Se este homem te amar de verdade, ele vai te entender, e voc� da mesma maneira.
Um �timo exemplo de vida � Jesus... sua vida � exemplo de como deve ser a vida de um crist�o.
A vida dele foi feliz... e foi feliz porque Ele obedeceu ao Pai... Assim � a vida dos santos, m�rteres, etc...
A vida no mundo para o crist�o � apenas para �comprar a sua passagem� para o c�u. Esta passagem tem um pre�o...
Bom agora respondendo as suas perguntas...
*�J� falei com v�rias pessoas ligadas � Igreja, inclusive padres, acerca da minha situa�o, j� ouvi de tudo, por ser divorciado ele � descriminado, mas ele n�o teve culpa do casamento ter acabado, eu ao casar com ele, pelo civil j� que n�o o poderei fazer de outro modo, terei de abdicar do meu amor por Deus?�
**�Como j� me disseram: tenho de escolher entre o amor que sinto por Deus e o que sinto pelo meu namorado?�
***�Eu n�o acho isso justo, acho que toda a gente merece uma segunda ou terceira ou quarta (ou mais) oportunidade para ser feliz. At� consigo perceber que terei de deixar de ser catequista e deixar de comungar, mas desistir de Deus, da minha f� n�o nunca.�
*Como cat�lica a sua posi�o � muito preocupante... e voc� � uma catequista. Voc� estaria apenas fazendo o que manda o seu desejo e n�o o que Deus manda.
**Como falei antes... a situa�o n�o � sustent�vel. Lembra da passagem do apocalipse onde diz...
(Apoc 3; 14-16)
�Ao anjo da igreja de Laodic�ia, escreve: Eis o que diz o Am�m, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princ�pio da cria�o de Deus.
Conhe�o as tuas obras: n�o �s nem frio nem quente. Oxal� fosses frio ou quente!
Mas, como �s morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te.�
Sua f� est� sendo provada... Deus quer servos de verdade... de um rebanho que o ame de verdade, entende?
***N�s somos muito limitados... n�o conseguimos ver muitas coisas. Voc� diz que a pessoa deve ser feliz. Eu j� te falei que a verdadeira felicidade � com Deus. Mas da� voc� comenta, percebe que tendo uma atitude dessas ter� que deixar a catequese e at� deixar de comungar???!
Eu te pergunto... voc� ama a Deus de verdade? Fa�o essa pergunta por que voc� como catequista deve saber o valor para Deus o apostolado... E a comunh�o, a transubstancia�o (corpo e sangue de Jesus Cristo) novamente em sacrif�cio por n�s...
Por um amor voc� seria capaz de abandonar tudo isso???
S� posso dizer que se um amor pode fazer isso... ent�o ele n�o � bom para voc�.
N�o abandone Deus, pois abandonando Ele voc� n�o ser� feliz.
O que voc� pode fazer � Rezar, ter f� e n�o te preocupes...
Santa Maria da Vit�ria, rogai por n�s...
Não li o texto nem os comentários. Raramente me pronuncio sobre estas questões "fracturantes". Porque, para mim, o verdadeiramente FRACTURANTE é pessoas como esta (http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=59999&seccaoid=3&tipoid=4) continuarem a ser os escolhidos: diz-me mal do Espírito Santo, ou então, tenho mesmo de o dizer,, prefiro a lógica das minhas escolhas...
ResponderEliminarPS. Faço questão de o esclarecer: não está em questão a pessoa do dito cujo, como filho de Deus que é merece todo o meu respeito; agora, como crente, espero outra coisa dos meus PASTORES... e continuoa a reclamar que a Igreja deve exigir-se mais...
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ResponderEliminarO que se passa com o dito cujo?
ResponderEliminarCaro "anónimo", com o dito cujo não se passa nada. Certamente um poço de virtudes. Passa-se é com a Igreja.
ResponderEliminarque o escolheu...
ResponderEliminarÀ luz das normas e leis da Igreja a tua situação não é facil, mas não deves colocar a questão entre escolheres o amor de Deus e do homem que amas. pk se segundo as leis da Igreja não podes casar pela Igreja ao casares pelo civil, não deixas de poder viver a fé apesar de não poderes vivê-la na plenitude recebendo os sacramentos. poderás continuar a ir à igreja, rezando, ouvindo a Palavra de Deus. A Igreja devia dar uma resposta mais actual a estas situações, mas é o que temos. E o recusares a ideia de declaração de nulidade do outro casamento só porque há um filho não é bem até pode haver razões para essa nulidade. A Igreja tem uma lei geral, mas cada caso é um caso e deveria ter resposta para estes casos. mantém viva essa esperança, não desistas. Deus ama-te e encontrarás o caminho certo para a felicidade.
ResponderEliminarO Pai Natal todos os anos me visita, Deus?...ainda não se deu a esse trabalho.
ResponderEliminarHá que reescrever a Biblia.
ResponderEliminarCam
olá jovem catequista! vim hoje aqui pela primeira vez, provavelmente já nem irás ler este meu comentário....espero o Espirito de Deus to leve de alguma maneira. Que barbaridades! O Deus que to conheces e do qual falas e que eu também reconheço como meu, tem uma única lei....a do AMOR...e amor verdadeiro!!!!!!!
ResponderEliminarEste Deus que tu conheces e até segues e serves, quer-te feliz e realizada hoje, aqui e agora....
Todas as leis que neste momento te impedem de seres feliz foram feitas pelos homens e não por Deus! e homens que deviam, pois é essa a missão deles, ajudar-nos a ser felizes e mostrar-nos que Deus nos ama...em vez disso temos tanto do que acabaste de dizer....
Agarra-te a esse Deus que te ama e não tenhas medo de nada, principalmente de seres feliz! mesmo que para isso tenhas que abdicar de alguma coisa.....
Só mais uma coisa..houve um padre que se riu na tua cara...infelizmente há tantos coitados por aí!A falta de berço e formação deixou-nos pedregulhos em vez de pastores para nos conduzirem.....Abraço-te, mulher que desconheço mas, a quem passo a estar unida.....Em.
Por acaso, há um tempo que tenho pensado em questões como aquela que está no "post" e isto tudo, porque conheço pessoas católicas, casadas com divorciados ou católicos divorciados. Esta é uma questão delicada. Para as gerações mais novas é uma questão verdadeiramente delicada, pois são elas as mais afectados... Tenho 26 anos e já vou em duas colegas da minha idade divorciadas (ambas católicas praticantes). Complicado!
ResponderEliminarNão discrimino quem se divorcia, pois, no mundo actual em que vivemos, continuar um casamento ou ter filhos é um acto supremamente heróico! Lamento, antes, o facilitismo do divórcio, a falta de respeito pelo Outro, a "bandalheira" das relações humanas, as relações fúteis, a falta de responsabilidade, a violência doméstica, o usar do Outro pelo prazer do sexo...
Antes de tudo, era preciso que a Igreja olhasse para ela mesma e visse o que faz para lutar contra tendências como as descritas, sem fundamentalismos. Por onde anda a pastoral familiar? A formação de pais?
Não me parece, de todo, que negar a comunhão a divorciados e a discriminação das pessoas seja uma solução. É desumano.
Quanto ao "post", por mim, não tenho dúvidas, casava-me com um homem, mesmo que divorciado, se fosse o Amor a unir-nos. E o nosso casamento, mesmo pelo civil, seria uma promessa para toda a vida. Sou catequista, sou católica por formação e convicção. O resto, deixava com Deus... antes Ele a julgar, que os homens...
(Tenho pena de não poder deixar o meu nome, como noutros "posts", mas não quero "represálias", até porque conheço outros que aqui escrevem... em situações bem críticas...)
Atenção!!!!!!
ResponderEliminarDisse que falou com um Pe. e que se riu.
Já experimentou falar com uma freira?
Ninguém irá apoiá-la no sentido, que ao casar com um divorciado, terá direito á Comunhão, e, enfim de todas as circunstâncias que daí advenham.
Não se precipite... vá com calma... pense e repense as vezes necessárias, até "fazer cabelos brancos".
Estou em crêr que ao falar com uma religiosa, esta iria ouvi-la com todo o respeito, carinho e amor que você merece.
Sim é um assunto delicado. Mas é catequista, conhece os sacramentos, e, lembra-se que o Matrimónio é indissoluvel.
Tente manter a calma, sem se revoltar... isso não a iria ajudar.
Kalos
Texto interessante:
ResponderEliminarEra embaixador em São Petesburgo. Certo dia, teve necessidade de fazer uma viagem urgente. Ela, ao contrário do habitual, não o pôde acompanhar. Ficou inquieta. Sabia que tinham casado para permanecerem um ao lado do outro. O dia do compromisso, já longínquo, continuava a ter uma grandíssima influência na sua vida. Recordava as palavras como se as tivesse pronunciado na véspera: «Recebo-te por meu esposo e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida».
Era lógico que nas entrelinhas do solene compromisso estava a “promessa” de viajar com ele, sobretudo se essa viagem fosse mais demorada. Afinal, para ela, o casamento era exactamente isso: a maior e mais definitiva viagem que tinha decidido realizar com ele até ao fim da sua vida.
Ficou inquieta ao pensar na intensa vida social do marido. Arrependeu-se de não o ter acompanhado. Resolveu escrever-lhe. Era o único modo que tinha de fazer-se presente estando ausente. «Temo que o convívio com princesas e embaixatrizes te faça esquecer-te de mim, que sou uma mulher simples e sem títulos, excepto o maravilhoso de ser só tua». Ele não tardou em responder-lhe: «Esqueces, minha amada, que casei contigo não só porque te amava, mas porque tinha e tenho o propósito firme de te amar sempre, cada dia mais, aconteça o que acontecer». Esta resposta é atribuída a Otto von Bismarck (1815 – 1898), estadista prussiano e unificador da Alemanha.
Bismarck não tinha casado somente porque a amava, mas com o compromisso de amá-la cada dia mais, em todas as circunstâncias, até ao fim. “Casar com a promessa de amar até ao fim” é uma expressão comprometedora. Manifesta um amor genuíno, um amor que possui o desejo de ser eterno. Só esse amor é verdadeiro. Só esse amor pode gerar um casamento forte diante das dificuldades.
Casar-se é exactamente isso. É estar disposto a prometer a alguém: “Tu, só tu, para sempre, aconteça o que acontecer”. Somente este tipo de casamentos é que a Igreja admite. Se alguém quer uma união a prazo, solúvel, à experiência, deve procurá-la noutro sítio. Casar-se na Igreja é casar-se como Deus quer. O casamento é uma ideia Sua. Só funciona de verdade se for vivido de acordo com a Sua Lei. Por isso, os noivos manifestam o seu desejo de se casarem na Igreja, porque desejam comprometer-se diante de Deus. São conscientes da fragilidade do seu amor e do perigo sempre presente do egoísmo e do orgulho. Pedem a Deus que os ajude a serem fiéis ao seu compromisso.
Casar-se na Igreja deveria ser sempre uma opção de fé, e não somente a procura de um lugar mais romântico e solene que a conservatória do registo civil. Casar-se na Igreja significa casar-se como cristãos. Significa reconhecer que a Igreja é parte essencial da nossa vida. Significa reconhecer que “a Igreja é nossa Mãe e uma Mãe deve ser amada” (João Paulo II).
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Interessante esses dias de hoje.
ResponderEliminarUma frase que cada vez se torna chavão: "O que importa é ser feliz", está sendo difundida em larga escala, até mesmo entre os mais crentes católicos.
Muito interessante essa cultura do prazer...
O que estamos precisando é de santos em nossos dias, de márteres também... para que nossos olhos enxerguem que a vida sem Deus não tem sentido algum. Que nossas vidas nessa terra "de onde jaz o maligno" é tão rápida quanto um piscar de olhos, se comparada a eternidade.
Toda luta, toda dor, toda alegria, toda tristeza, toda solidão, toda felicidade, todas estas situações e muitas outras de nada importarão, se não forem ligadas a nossa salvação.
As pessoas podem (mas não devem) continuar a fazer o que querem... Mas que saibam assumir as conseqüências de uma vida que visa apenas seus desejos pessoais.
Bem, estimada Irmã em Cristo! Na Teologia da Igreja Católica Ortodoxa, aprendemos que pode ser realizado “sob misericórdia” o casamento de divorciados. É aceita a indissolubilidade do casamento, porém, se fiando de seu poder de “ligar e desligar”, a ortodoxia aproveita da exceção feita por Cristo – em caso de adultério – para estendê-la a outros casos graves.
ResponderEliminarAssim sendo, você pode procurar uma Paróquia Ortodoxa e se casar legitimamente com as bênçãos de Deus; no entanto, se quiser ser coerente com Deus e com os homens, você deverá se transferir para esta Comunidade, caso contrário, permanencendo na Igreja Romana você estará dando causa de escândalo para os irmãos.