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quinta-feira, fevereiro 14, 2008

O aborto não é a solução para a fome no mundo

Cresce A Adesão À Campanha Do Jornal "Il Foglio"
Lenin Raghavarshi de 37 anos, ateu, comunista, activista dos direitos humanos está a favor da campanha por uma moratória de abortos iniciada pelo jornalista italiano Giuliano Ferrara, director do Foglio.

Entre as afirmações por ele proferidas salientam-se:

"É ridículo e absurdo sugerir que o aborto é uma solução para a fome, para controlar o crescimento da população. O conceito, que caracteriza os Organismos da ONU, de que o excesso de população representa o maior risco para a saúde de uma nação não tem base real. Em realidade o mundo deveria olhar com urgência para os temas socio-económicos e políticos para eliminar a fome, a pobreza e a miséria”

"Na Índia temos um grave mal social com o aborto para escolha do sexo e oponho-me absolutamente e com veemência a estes abortos. É alarmante o que se passa na Índia e na China; matar as meninas é muito perigoso para a sociedade e provocará sérios desequilíbrios para o futuro das nações. Temos de defender o direito à vida do embrião no ventre materno.”

"Defender que o direito à vida é sagrado conduzirá à defesa do direito à alimentação, educação e cuidados sanitários.”

“Malthus promoveu a teoria de que muitos problemas do mundo como a pobreza e e outras situações desumanas de marginalidade são devidas à população mas isto é completamente contrário à ciência e uma falsa teoria…As companhias multinacionais que se envolvem na indústria do controle da população, promovem a sua agenda com falsa propaganda. Querem vender e colocar os seus produtos e o seu único interesse é o lucro. São estas multinacionais que degradam a dignidade da pessoa humana criando fome e pobreza no mundo”

“O que a comunidade internacional precisa consciencializar é que 20% do mundo, constituído pelo G7, consome 80% dos recursos mundiais e que este é o grande problema.”
Passado um ano, Portugal não resolveu o problema dos abortos clandestinos;
Passado um ano, metade das mulheres que fazem um aborto faltam à consulta de planeamento familiar;
Passado um ano, Portugal é um dos países europeus onde se recorre mais à "pilula do dia seguinte";
Passado um ano, não fomos capazes de levar as mulheres a reflectir nas vantagens de prevenir;
Passado um ano, todos os movimentos que defenderam a despenalização do aborto, extinguiram-se, mandaram as mulheres às malvas. Onde está a ajuda prometida.
Quem continua ainda? Os movimentos do Não. A fazer o quê? A fazer, com as suas limitações e sem apoio estatal, aquilo que os outros prometeram: ajudar todas as mulheres, a que recorreram e ficaram com sequelas fisicas e psicologicas e as que decidiram levar a gravidez em frente - ajudad-as.
Infelizmente, os factos demonstram as falácias com que fomos enganados. Afinal nada foi resolvido, muito pouco foi feito a favor das mulheres. A exploração do miserabilismo deu os seus frutos nas urnas, mas a realidade, os factos, os dados conhecidos demonstram que, depois das verdades absolutas que exprimiam os defensores do Sim, só lhes resta o silêncio.

8 comentários:

  1. a solução é a religião.já viram algum padre... magro?

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  2. Ainda há aborto clandestino (e até "caseiro"), mas estou certo que baixou muito com a nova lei.
    Ainda há muito a fazer a nível de informação e de esclarecimento. É preciso educação sexual nas escolas e em casa. Infelizmente há casos de reincidência (mulheres que abortam mais do que uma vez num curto espaço de tempo).

    Não sei o que diz quando fala das "vantagens de prevenir", mas espero que seja relativo à contracepção (pílula, preservativo, D.I.U., etc...). Mais vale prevenir que remediar, é verdade.

    Essa questão das meninas na Índia e China é cultural. Prende-se com motivos de ordem conjugal (o dote de um casamento tem de ser pago pelos pais da noiva, na índia) e até "laboral" (um rapaz é mais forte do que uma rapariga, em teoria).

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  3. O referendo liberalizou, de facto, a pratica do aborto. Pior do que isso, diminui a sua gravidade. O aborto passou a ser encarado como um "direito" (que estranho direito!), e como uma garantia (pago com o dinheiro dos contribuintes, com consultas feitas em poucos dias para que o prazo não passe...).

    À pergunta "Quantas mulheres fizeram mais do que um aborto?" (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=318090), não há resposta. Porquê? É lamentável que se verifique a reincidência (este é um caso triste: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=277577&idselect=10&idCanal=10&p=200), e que não se ponha em prática uma verdadeira Educação para a Sexualidade e a Afectividade, com a presença de todos os educadores. Os pais também têm de fazer parte deste processo. Sem eles, tudo falhará. As políticas de Educação Sexual na Inglaterra provam-no.

    Ao contrário do que se dizia, o aborto não veio melhorar o país, não veio trazer mais dignidade e muito menos veio acabar com o aborto clandestino. O aborto clandestino continua, muito além das 10 semanas, sem que se faça rigorosamente nada contra isso.

    Era uma pura mentira dizer-se que éramos todos contra o aborto. As iniciativas do "sim" são claramente a favor do aborto ou de soluções à pressão, tipo distribuir "kit contraceptivo" nas escolas (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1319657&idCanal=62), ou lançar folhetos sobre a prática do aborto (http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=5632&Itemid=28).

    A diferença entre quem defendeu o "Sim" e o "Não" é muito diferente!

    Os movimentos no "não" não pararam (http://algarvepelavida.blogspot.com/2008/02/movimentos-do-no-no-pararam.html), e continuarão a lutar com todos os meios de que forem capazes para esta luta desigual, dado que o aborto é fortemente apoiado pelo Estado português.

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  4. Para se acabar com o aborto clandestino há que garantir que TODAS as mulheres, independentemente da sua condição financeira e que não queiram ter a criança o possam fazer em condições dignas. O aborto é um direito.

    Os abortos, legais ou não, existem quer queiramos quer não. E não é pelo facto de ser proibido que as mulheres se vão demover de ter uma criança que não desejam. Acho que se fosse mulher preferia ir uns tempos para a prisão a ter uma criança indesejada.

    Os movimentos do SIM vão ao fundo do problema (saúde pública e dignidade das mulheres)e não podem ser considerados apologistas da IVG pois não andam por aí a incentivar à sua prática. Que eu saiba a distribuição de informação e de contraceptivos não são um incentivo à IVG.

    Esta nova lei garantiu uma solução digna para os muitos dramas que se veêm por aí, mas ainda há muito a fazer em matéria de educação sexual e aconselhamento.
    O aborto clandestino não acabou mas foi atenuado. Mantém-se para casos após as 10 semanas. Mas sem esta lei teriam que acrescentar a esses casos cerca de doze mil (estimativa anual dos legais) por ano.

    Os movimentos do NÃO não podiam parar em nome da sua seriedade.
    Aplaudo a criação de locais de apoio a mulheres grávidas com poucos recursos, e estou certo que demovem algumas mulheres (maioritariamente que querem ter a criança mas não têm condições para) da prática da IVG, contribuindo para uma diminuição das estatísticas do aborto.

    Duvido que esta lei volte atrás, a menos que queiram que volte o aborto clandestino em força.

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  5. Testemunho de quem sofreu um aborto na primeira pessoa:

    Gianna Jessen

    «Eu fui abortada!Depoimento de uma sobrevivente ao aborto»

    http://www.juntospelavida.org/sobreviv.html

    http://news.bbc.co.uk/2/hi/health/4500022.stm

    http://en.wikipedia.org/wiki/Gianna_Jessen

    http://www.giannajessen.com/

    É isto que se quer? Não, o aborto não é um direito. Um aborto é apenas o começo do pior que o Ocidente é capaz de produzir [os outros já nos seguem os passos...]. As crianças de hoje, adultos de amanhã, poderão vir a compreender o pior que isso significa. Compreenderão tão bem a lição que lhes estamos a dar, que acabarão por fazer coisas extraordinárias (horríveis!), em nome da piedade e dos direitos... Que voltas que isto anda a dar...

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  6. O caso Gianna Jensen (já tinha lido sobre) é reportado para uma IVG realizada aos SETE MESES E MEIO, idade superior ao qual se dão muitos casos de parto prematuro com sobrevivência da criança. Comparar este caso aos casos em que se aborta antes das 10 semanas é demagógico.

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  7. O caso de Gianna Jensen prova aquilo que não se quer ver: que a um "embrião" e a um "feto" lhe bastam crescer. É triste que se ache que às 10 semanas não há nada!

    E depois das 10 semanas?

    Gostava de lembrar que a lei que foi aprovada veio arranjar graves problemas:

    - todas as mulheres que abortarem depois das 10 semanas estão automaticamente fora da lei e são punidas pelo acto de abortamento. Qual é a diferença entre 10 semanas e 10 semanas e um dia? Nenhuma. Por isso, os movimentos pela Vida lutam para que as mulheres não abortem, seja lá em que altura for;

    - os homens não têm "poder" absolutamente nenhum sobre os seus filhos até às 10 semanas...

    Quantos terão tido um filho e não souberam?

    O que vale é que ainda há gente que luta pela Vida. De facto, ao "sim" só resta o silêncio, quanto ao apoio às mulheres para que não abortem. Nem se paga taxa para abortar...

    Quantas injustiças... são só mais algumas que vamos aguentando.

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  8. Os movimentos pela vida não podem de maneira nenhuma permitir o aborto seja em que situação for, entre violação e mal-formação do feto. Uma violação, uma malformação, etc são uma vida igual às outras.

    E mais... Se uma IVG corresponde a tirar uma vida porque é que, COERENTEMENTE, não andam na praça pública a defender a equiparação a assassínio a nível de código penal? (penas passam de 3 anos no máximo para um máximo de 25)

    A questão das 10 semanas foi muito atacada pelos movimentos do NÃO durante a campanha mas, mais uma vez, peço para sugerirem uma data.

    Quanto à questão dos homens é muito simples. É muito bonito isso dos que "terão tido um filho e não souberam" mas não nos esqueçamos dos que "fizeram um filho e não quiseram assumir a responsabilidade e abandonam a mulher". Como é a mulher que o carrega tem todo o direito a dispor dele como quiser. Um homem nem a pode obrigar a abortar nem a ter a criança contra a sua vontade.

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