A Igreja Católica está a equacionar a fusão de paróquias para colmatar a falta de padres. Trata-se de uma autêntica revolução administrativa que pode levar à diminuição para cerca de um terço das mais de 4300 paróquias existentes no País.
Os bispos têm consciência do envelhecimento do clero, já que os sacerdotes que morrem são mais do dobro daqueles que se ordenam. Mesmo assim, 2007 pode ser um ano mais fértil para a Igreja Católica em Portugal, já que, lá para o mês de Julho, vão ser ordenados 41 novos padres, contra os 37 que receberem no Verão passado o Sexto Sacramento da Santa Igreja.
Os bispos têm consciência do envelhecimento do clero, já que os sacerdotes que morrem são mais do dobro daqueles que se ordenam. Mesmo assim, 2007 pode ser um ano mais fértil para a Igreja Católica em Portugal, já que, lá para o mês de Julho, vão ser ordenados 41 novos padres, contra os 37 que receberem no Verão passado o Sexto Sacramento da Santa Igreja.
Ainda que não seja claramente admitido, a verdade é que a tendência passa pela união prática de duas, três ou até quatro paróquias, consoante a dimensão territorial e populacional, de modo a que as celebrações sacramentais, nomeadamente a missa de domingo, sejam “melhores e mais participadas”.
Para já não se fala no encerramento de igrejas, mas é possível que, a breve prazo, muitas delas passem a ter apenas celebrações litúrgicas, presididas por leigos ou diáconos permanentes, e muito raramente missa celebrada por um padre.
“O grande problema com que nos deparamos é que os sacerdotes que morrem são sempre mais do dobro dos que se ordenam e, por isso, o número de padres diocesanos tem diminuído de forma tão drástica nos últimos tempos em Portugal”, disse D. Jorge Ortiga .
Mais de metade dos padres diocesanos portugueses tem idade superior a 60 anos. Por isso, “os leigos, diáconos ou não, vão ter cada vez maior preponderância nos serviços da Igreja, como a catequese e a celebração da palavra”.
Fonte: Correio da Manhã
Concordas com a solução?
Parece ser essa a solução viável.
ResponderEliminarMas, nas grandes cidades e suas periferias, onde a população cresce a um ritmo assustador, não se vislumbra como essa redução possa trazer benefícios.
Nas aldeias, sobretudo nas mais recuadas, onde a densidade populacional vai decrescendo e é maioritariamente idosa, a diminuição de Paróquias passa por ser a solução. Contudo, tem de se ter em conta que nesses meios não há transportes públicos com assiduidade e transportes particulares não me parece que os tenham, por forma a que as pessoas se desloquem a outras Paróquias.
E o que é isso da "celebração da palavra"?
É ir à Igreja sem Missa para ouvir apenas alguém ler um excerto dos Evangelhos?
Eu dizia: "Não, obrigada. Para isso, fico em casa, bem recostada no sofá, ou à noite, bem confortável na cama, a ler a Bíblia.
Cada pessoa, em si mesma, é única e vale por si mesmo, e tem o mesmo direito aos Sacramentos, estando só, ou num pequeno grupo ou fazendo parte duma grande multidão.
REDUZIR MUITO BEM! MAS AS PESSOAS TEM CULPA DA VISÃO MEDIEVAL DOS BISPOS! AS DISTANCIAS NÃO DIZEM NADA! QUEREM POR OS MINISTROS EXTRAORDINARIOS A CELEBRAR MISSAS! SE SÃO CASADOS PODEM PORQUE O PADRE QUE É CASADO NÃO PODE? É PENA QUE SÓ INTERESSE OS PEDITORIOS NA MISSA E NÃO AS PESSOAS. O PECADO É MAIS IMPORTANTE QUE A PESSOA.
ResponderEliminarConcordo, em princípio, com a redução do número de paróquias, embora anteveja que não seja assunto pacífico nem fácil. A reacção das pessoas sentir-se-á com o costumado desafio: "Mudamos de religião!"
ResponderEliminar1º No interior existem paróquias pequeninas, muitas nem aos 50 fogos chegam!!!
2º Não há sacerdotes - o problema dos padres casados não depende dos bispos portugueses, mas da Igreja universal - e os que há estão sobrecarregados, sem tempo nem disponibilidade para celebrar calma e serenamente, andando aos sábados e domingos numa roda viva. Como pode o sacerdote ter disponibilidade interior para dar tempo ao tempo de uma celebração eucarística condigna? Como pode atender bem as pessoas?
3. É sempre o mesmo problema. Para ir à Câmara, à Junta, às Finanças, etc, as pessoas podem sempre... Para ir à Igreja... não podem, estão velhas, estão doentes, não têm carro...
4. É sempre possível, nos locais onde não possa haver Eucaristia e as distâncias ou outras circuntâncias o justifiquem, existir a CELEBRAÇÃO DA PALAVRA, presidida por um Diácono (onde os houver) ou por um leigo devidadamente autorizado. Claro que a Celebração da Palavra não é a mesma coisa que a Missa. Sejamos claros. Mas na Celebração da Palavra também o povo de Deus se reune, canta, reza, louva o seu Senhor, ouve a Palavra, a medita e participa do Sagrado Banquete pela comunhão.
5. Quando é que os leigos tomam consciência de que são IGREJA??? Quando é que assumem em plenitude a sua missão laical? Para quando uma Igreja menos clerical e muito mais povo de Deus?
Este é um problema delicado!!!
ResponderEliminarFaltam padres... Talvez esteja na hora da Igreja reflectir e colocar a questão: "Porque não ordenar mulheres?" Talvez esta fosse uma boa solução, já que não existe nenhuma fundamentação teológica para o facto de isto não ser possível!
É só uma pequena achega!
"Mas na Celebração da Palavra também o povo de Deus se reune, canta, reza, louva o seu Senhor, ouve a Palavra, a medita e participa do Sagrado Banquete pela comunhão".
ResponderEliminarEntão, já não entendo nada.
Qual é a diferença da Missa? É pegar no Cálice e na Hóstia, no momento da Consagração?
Se um leigo pode fazer tudo aquilo (na Celebração da Palavra), então também pode celebrar Missa. Se pode pegar no cálice e dar a Comunhão, também podia fazer o resto.
E confessar, porque não?
A pouco e pouco lá chegaremos.
Permitam-me que clarifique... Deus chega aos outros através de cada um nós... por isso na Celebração da Palavra Deus também está presente e não é a mesma coisa que ficar em casa sentado no sofá a ler a Biblia.
ResponderEliminarNa celebraçao celebramos comumUnião, em casa não, na celebração comungamos Jesus sacramentado, em casa não.
A grande diferença e única da Eucaristia para a Celebração é que na primeira revivemos a última ceia na parte da consagraçao e na celebração temos de a reviver em nossos corações...
Peço desculpa se disse alguma barbaridade, mas é o que sinto e o que vivo.
Tudo bem que as pessoas das aldeias quando têm de ir à vila/cidade mais próxima tratar de assuntos têm transportes, mas ao domingo - Dia do Senhor - os mesmos são inexistentes.
Me desculpe a intromissão e a ignorancia.
ResponderEliminarEstamos vivendo momentos dificeis, como a igreja primitiva viveu na questão da circucisão. Circuncidar ou não os novos cristão.Um grupo defendia a ideia e outro era contrario.
O fato é que a fé deve ser difundida e Jesus deve ser anunciando e vivido no meio de nós.
O Vaticano precisa acordar e achar em preve uma solução para a falta de padres na igreja.
A celebração da Palavra por ministro leigo nao é uma mini missa, nao substitui a missa, mas é uma alternativa para a comunidade crista refletir a palavra de Deus e se alimentar da Eucaristia - consagrada anteriormente por um padre.
O caminho deve ser da liberação do celibato e autorização da ordenação de homens casados e posteriormente de mulheres - este ultimo será mais complicado entrar na cabeça machista da igreja.
Com a ordenação de homens casados teremos em pouco tempo um acrescimo de aproximadamente de 90% de padres na igreja, que sabe um por comunidade.
Caso esta discussão nao ocorra, estamos na eminincia de que todos os fieis abandonem a igreja catolica e passem a frequentar igrejas evangelicas.É uma dura realidade mas corremos este risco pela falta de padres para orientar os fieis.