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segunda-feira, janeiro 01, 2007

"a pedido da mulher"

"No referendo só as mulheres deveriam votar.
Elas é que decidem se querem ou não ter filhos e de quem os querem ter".


???

2 comentários:

  1. Numa democracia, o voto não pode ser condicionado.
    Outrora, os regimes eram criticados (e bem) por as mulheres não poderem votar. Agora, pretende-se (e mal) que só as mulheres possam votar. Que coerência é esta?
    A decisão de ter (ou não ter) filhos não é só da mulher; é do casal. E deve ser tomada a montante, isto é, antes da concepção.
    A levar até ao fundo esta tese (o filho como propriedade da mãe), não faltará muito que apareça quem defenda que, até aos 18 anos (em que se atinge a maioridade), será lícito eliminar os filhos!
    Causa repugnância, mas o princípio é o mesmo.
    Importante é reflectir. Com serenidade. Sem recriminações. Mas com a maior consistência possível.
    Não apliquemos a uma questão como a vida o paradigma pós-moderno do «pensamento débil».
    O ser humano é capaz de mais. E de muito melhor.
    Happy new year!

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  2. O filho é um ser independente da mãe, apesar de estar ligado a ela através de um cordão umbilical enquanto permanece no ventre materno.
    Quem acha que só as mulheres é que podem votar é porque considera que "só a mulher é dona do seu corpo" e consequentemente pode fazer com o embrião ou feto o que quiser pois este só sobrevive por estar ligado à mãe.
    Ninguém discute este último facto.
    Todos sabemos que o embrião ou feto não sobrevive sem a mãe, mas também a criança de tenra idade não sobrevive se os pais não a alimentarem. É por isso que, se uma criança morrer por negligência dos pais, estes são responsabilizados criminalmente.
    Pelo mesmo princípio, a mulher grávida é dona do seu corpo, mas não o é do novo ser que traz no ventre, pois esse corpo não lhe pertence, embora tenha o dever (natural) de o acolher e de garantir o seu crescimento, pois foi também de livre vontade que aceitou que ele fosse gerado no seu seio.

    António Rebelo (dirigente do CADC - www.cadc.pt - e mandatário do movimento "Aborto a Pedido? Não!" - www.abortonao.net.

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