Numa democracia, o voto não pode ser condicionado. Outrora, os regimes eram criticados (e bem) por as mulheres não poderem votar. Agora, pretende-se (e mal) que só as mulheres possam votar. Que coerência é esta? A decisão de ter (ou não ter) filhos não é só da mulher; é do casal. E deve ser tomada a montante, isto é, antes da concepção. A levar até ao fundo esta tese (o filho como propriedade da mãe), não faltará muito que apareça quem defenda que, até aos 18 anos (em que se atinge a maioridade), será lícito eliminar os filhos! Causa repugnância, mas o princípio é o mesmo. Importante é reflectir. Com serenidade. Sem recriminações. Mas com a maior consistência possível. Não apliquemos a uma questão como a vida o paradigma pós-moderno do «pensamento débil». O ser humano é capaz de mais. E de muito melhor. Happy new year!
O filho é um ser independente da mãe, apesar de estar ligado a ela através de um cordão umbilical enquanto permanece no ventre materno. Quem acha que só as mulheres é que podem votar é porque considera que "só a mulher é dona do seu corpo" e consequentemente pode fazer com o embrião ou feto o que quiser pois este só sobrevive por estar ligado à mãe. Ninguém discute este último facto. Todos sabemos que o embrião ou feto não sobrevive sem a mãe, mas também a criança de tenra idade não sobrevive se os pais não a alimentarem. É por isso que, se uma criança morrer por negligência dos pais, estes são responsabilizados criminalmente. Pelo mesmo princípio, a mulher grávida é dona do seu corpo, mas não o é do novo ser que traz no ventre, pois esse corpo não lhe pertence, embora tenha o dever (natural) de o acolher e de garantir o seu crescimento, pois foi também de livre vontade que aceitou que ele fosse gerado no seu seio.
António Rebelo (dirigente do CADC - www.cadc.pt - e mandatário do movimento "Aborto a Pedido? Não!" - www.abortonao.net.
Numa democracia, o voto não pode ser condicionado.
ResponderEliminarOutrora, os regimes eram criticados (e bem) por as mulheres não poderem votar. Agora, pretende-se (e mal) que só as mulheres possam votar. Que coerência é esta?
A decisão de ter (ou não ter) filhos não é só da mulher; é do casal. E deve ser tomada a montante, isto é, antes da concepção.
A levar até ao fundo esta tese (o filho como propriedade da mãe), não faltará muito que apareça quem defenda que, até aos 18 anos (em que se atinge a maioridade), será lícito eliminar os filhos!
Causa repugnância, mas o princípio é o mesmo.
Importante é reflectir. Com serenidade. Sem recriminações. Mas com a maior consistência possível.
Não apliquemos a uma questão como a vida o paradigma pós-moderno do «pensamento débil».
O ser humano é capaz de mais. E de muito melhor.
Happy new year!
O filho é um ser independente da mãe, apesar de estar ligado a ela através de um cordão umbilical enquanto permanece no ventre materno.
ResponderEliminarQuem acha que só as mulheres é que podem votar é porque considera que "só a mulher é dona do seu corpo" e consequentemente pode fazer com o embrião ou feto o que quiser pois este só sobrevive por estar ligado à mãe.
Ninguém discute este último facto.
Todos sabemos que o embrião ou feto não sobrevive sem a mãe, mas também a criança de tenra idade não sobrevive se os pais não a alimentarem. É por isso que, se uma criança morrer por negligência dos pais, estes são responsabilizados criminalmente.
Pelo mesmo princípio, a mulher grávida é dona do seu corpo, mas não o é do novo ser que traz no ventre, pois esse corpo não lhe pertence, embora tenha o dever (natural) de o acolher e de garantir o seu crescimento, pois foi também de livre vontade que aceitou que ele fosse gerado no seu seio.
António Rebelo (dirigente do CADC - www.cadc.pt - e mandatário do movimento "Aborto a Pedido? Não!" - www.abortonao.net.