Com todo o respeito, este é o caso típico de quem dá a resposta antes de fazer a pergunta. É nítido que João Carlos não quer que os padres evangelizem sobre a questão da vida. Como é óbvio, evangelizar tem dois momentos: denúncia e anúncio. Há uma coisa em que estou de acordo: a Igreja, de facto, é de todos e para todos. Mas a questão não é essa. A questão é saber se a Igreja é para tudo. A Igreja é para todos, mas não é para tudo. Para a cultura da morte não pode ser. Jamais.
A Igreja pode e deve falar de todo e qualquer problema. Elucidar, exortar, propôr soluções.
Toda a acção, problema, solução são intrinsecamente características defenidoras desse conceito a que chamamos humanidade em geral e que define cada pessoa em particular. A Moral, por conseguinte, como reguladora dos nossos comportamentos, abarca todos os aspectos da vida humana, sejam eles económicos, políticos, sociais, interpessoais.
A Igreja, porisso, mais do que outra qualquer instituição humana, tem a tarefa de conduzir a humanidade nos caminhos do Bem.
Tem graça... A Igreja tem realmente por missão conduzir a Humanidade pelos caminhos do bem... Mas será que quem prega nas Igrejas e procura "conduzir" os outros pratica aquilo que prega???
E porque é que os outros, aqueles que ouvem a pregação, hão-de ficar retidos e a vasculhar incessantemente se ele cumpre ou não o que prega?
Cumpramos nós, como seres racionais, que temos consciência do que devemos fazer ou não. A carneirada é que costuma ir atrás daquilo que os outros fazem.
Preocupemo-nos antes em cumprir os conselhos das Escrituras e imitar os bons exemplos, que também os há e muitos.
Admira-me tanto anonimato neste tipo de comentários. Faz-me pensar... Eu falei abertamente do IVG...Aborto é palavra muito dura para se dizer!! Acho que infelizmente nós os padres falamos demasiado deste assunto. Não devia ser necessário... quem vai à Igreja e nao respeita a vida nascente...tem pouco de humano e nada de cristão! Isto deveria ser taxativo. Mas também nao reconheco autoridade seja lá a quem for para impor temáticas aos sacerdotes! Noventa por cento dos que se queixam nem na Igreja entram!
A Igreja tem o dever de defender os valores da vida humana, porque esta é um dom de Deus.
A Igreja católica é de todos e para todos. Mais: nós somos todos Igreja. Mas quem são estes "todos"? Quem somos "nós"? Todos os que vivem em comunhão com a Igreja, isto é com os princípios evangélicos. Quem mata ou pensa que se pode matar impunemente está fora desta comunhão, isto é, não é Igreja (por muito que diga que é cristão - só o é de nome). Nem pode falar em nome de uma comunidade com a qual não se identifica e na qual não se integra plenamente.
Como diz S. Paulo, o corpo humano é templo do Espírito Santo. Matar um ser humano, por muito pequeno que seja, é destruir esse templo sagrado.
A comunidade científica ainda não teve a coragem de definir quando começa a vida humana, porque está ciente da inconsistência e debilidade de quaisquer argumentos que tentem justificar o início da vida numa fase posterior à da fusão das células progenitoras do pai e da mãe. Há muitos séculos atrás, muito antes da invenção da genética, já o Salmista sabia que a criança no ventre materno era um ser de Deus, criado e previsto por Deus:
Na verdade, Tu me tiraste do seio materno; puseste-me em segurança ao peito de minha mãe. Pertenço-te desde o ventre materno; desde o seio de minha mãe Tu és o meu Deus (Sl 22, 10-11)
Tu plasmaste as entranhas do meu ser e formaste-me no seio da minha mãe. Os Teus olhos viram-me em embrião (Sl 139, 13 e 16).
O próprio Deus o afirma a Jeremias:
Antes de te haver formado no ventre materno, já Eu te conhecia; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta das nações (Jr 1, 4-5).
Alguns políticos querem decidir que a vida humana só começa às 10 semanas. Qualquer dia decidem que começa aos 10 meses, aos 10 anos - é tudo uma questão de tempo e, aplicando a célebre teoria de Einstein, o tempo é relativo, logo tudo é relativo. Nesta absolutização tirânica do relativismo, A VIDA HUMANA É RELATIVA, logo podemos matar quem e quando bem nos apetecer, especialmente os indefesos, crianças, doentes e idosos. Sim, porque depois do aborto vem a eutanásia de doentes e idosos, os mesmos que HITLER chacinava em massa nos campos de Dachau e Sachsenhausen por serem elementos improdutivos na sociedade e esbanjadores de recursos financeiros e humanos. As SS hitlerianas traziam nas fardas uma caveira como distintivo. É esta cultura da morte, sancionada em Nuremberga como crime contra a Humanidade, que estamos a reintroduzir na Europa. A História repete-se, de forma mais "soft", i. e. dando menos nas vistas, mas mais mortífera. Ao pé disto, desta abominável matança de inocentes, o holocausto nazi não passa de um "fait divers".
Doentes terminais e idosos, preparem-se para que a sociedade, cansada dos recursos financeiros e humanos que gasta convosco, vos eutanasie! Ai daquele que cair doente! Será logo eutanasiado.
Reduzindo tudo a uma lógica financeira, como tem acontecido recentemente, "eutanasiar idosos" significa um rendimento adicional para o Estado: o idoso deixa de "esbanjar" o orçamento do Ministério da Saúde; por outro lado, resulta numa poupança para o Ministério do Trabalho e da Segurança Social, pois o Estado não precisa de lhe pagar mais pensões (e a Caixa Nacional de Pensões carece tanto de um alívio orçamental, para não ir à falência). Desculpem-me a crueza destas observações, mas esta é a lógica dos defensores da morte. É este o "Brave New World" (o Admirável Mundo Novo) que nos espera se cedermos à cultura da morte.
Por tudo isto, o cristão deve votar NÃO ao aborto e, se tiver consciência, tem o dever de denunciar onde quer que seja, sobretudo nos púlpitos.
António Rebelo (dirigente do CADC - www.cadc.pt - e mandatário do movimento "Aborto a Pedido? Não!" - www.abortonao.net.
Os padres devem falar do aborto nas missas? Não só os padres, mas todo o povo de Deus, toda a Igreja, todas as pessoas de boa vontade, crentes ou não! Se a Igreja não dedende a vida, para que serve? Será apenas um embuste! A "verdade na caridade", mas com o risco do martírio...
Com todo o respeito, este é o caso típico de quem dá a resposta antes de fazer a pergunta.
ResponderEliminarÉ nítido que João Carlos não quer que os padres evangelizem sobre a questão da vida.
Como é óbvio, evangelizar tem dois momentos: denúncia e anúncio.
Há uma coisa em que estou de acordo: a Igreja, de facto, é de todos e para todos.
Mas a questão não é essa. A questão é saber se a Igreja é para tudo.
A Igreja é para todos, mas não é para tudo. Para a cultura da morte não pode ser. Jamais.
A Igreja pode e deve falar de todo e qualquer problema. Elucidar, exortar, propôr soluções.
ResponderEliminarToda a acção, problema, solução são intrinsecamente características defenidoras desse conceito a que chamamos humanidade em geral e que define cada pessoa em particular.
A Moral, por conseguinte, como reguladora dos nossos comportamentos, abarca todos os aspectos da vida humana, sejam eles económicos, políticos, sociais, interpessoais.
A Igreja, porisso, mais do que outra qualquer instituição humana, tem a tarefa de conduzir a humanidade nos caminhos do Bem.
Tem graça... A Igreja tem realmente por missão conduzir a Humanidade pelos caminhos do bem... Mas será que quem prega nas Igrejas e procura "conduzir" os outros pratica aquilo que prega???
ResponderEliminarQuem nao respeita a vida humana... tem pouco de humano e nada de cristão disse http://tocarlos.blogspot.com
ResponderEliminarA Igreja deve elucidar as pessoas, não vejo qualquer problema em se falar da VIDA nas Missas!!
ResponderEliminarTudo de bom!!!
:))
Anónimo III
ResponderEliminarE porque é que os outros, aqueles que ouvem a pregação, hão-de ficar retidos e a vasculhar incessantemente se ele cumpre ou não o que prega?
Cumpramos nós, como seres racionais, que temos consciência do que devemos fazer ou não.
A carneirada é que costuma ir atrás daquilo que os outros fazem.
Preocupemo-nos antes em cumprir os conselhos das Escrituras e imitar os bons exemplos, que também os há e muitos.
Admira-me tanto anonimato neste tipo de comentários. Faz-me pensar...
ResponderEliminarEu falei abertamente do IVG...Aborto é palavra muito dura para se dizer!!
Acho que infelizmente nós os padres falamos demasiado deste assunto. Não devia ser necessário... quem vai à Igreja e nao respeita a vida nascente...tem pouco de humano e nada de cristão! Isto deveria ser taxativo.
Mas também nao reconheco autoridade seja lá a quem for para impor temáticas aos sacerdotes! Noventa por cento dos que se queixam nem na Igreja entram!
Sr Padre Tó Carlos,
ResponderEliminarNo espaço bloguista, segundo a minha opinião, pouco importa se se põe nome, verdadeiro ou falso, pseudónimo, ou coisa nenhuma.
Na maior parte dos casos, ninguém conhece ninguém.
Mas se o sr. Padre Inquieto preferir, eu posso já, pela parte que me toca, arranjar um nome qualquer para me referir.
A Igreja tem o dever de defender os valores da vida humana, porque esta é um dom de Deus.
ResponderEliminarA Igreja católica é de todos e para todos. Mais: nós somos todos Igreja. Mas quem são estes "todos"? Quem somos "nós"? Todos os que vivem em comunhão com a Igreja, isto é com os princípios evangélicos. Quem mata ou pensa que se pode matar impunemente está fora desta comunhão, isto é, não é Igreja (por muito que diga que é cristão - só o é de nome). Nem pode falar em nome de uma comunidade com a qual não se identifica e na qual não se integra plenamente.
Como diz S. Paulo, o corpo humano é templo do Espírito Santo. Matar um ser humano, por muito pequeno que seja, é destruir esse templo sagrado.
A comunidade científica ainda não teve a coragem de definir quando começa a vida humana, porque está ciente da inconsistência e debilidade de quaisquer argumentos que tentem justificar o início da vida numa fase posterior à da fusão das células progenitoras do pai e da mãe. Há muitos séculos atrás, muito antes da invenção da genética, já o Salmista sabia que a criança no ventre materno era um ser de Deus, criado e previsto por Deus:
Na verdade, Tu me tiraste do seio materno; puseste-me em segurança ao peito de minha mãe. Pertenço-te desde o ventre materno; desde o seio de minha mãe Tu és o meu Deus (Sl 22, 10-11)
Tu plasmaste as entranhas do meu ser e formaste-me no seio da minha mãe. Os Teus olhos viram-me em embrião (Sl 139, 13 e 16).
O próprio Deus o afirma a Jeremias:
Antes de te haver formado no ventre materno, já Eu te conhecia; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta das nações (Jr 1, 4-5).
Alguns políticos querem decidir que a vida humana só começa às 10 semanas. Qualquer dia decidem que começa aos 10 meses, aos 10 anos - é tudo uma questão de tempo e, aplicando a célebre teoria de Einstein, o tempo é relativo, logo tudo é relativo.
Nesta absolutização tirânica do relativismo, A VIDA HUMANA É RELATIVA, logo podemos matar quem e quando bem nos apetecer, especialmente os indefesos, crianças, doentes e idosos.
Sim, porque depois do aborto vem a eutanásia de doentes e idosos, os mesmos que HITLER chacinava em massa nos campos de Dachau e Sachsenhausen por serem elementos improdutivos na sociedade e esbanjadores de recursos financeiros e humanos.
As SS hitlerianas traziam nas fardas uma caveira como distintivo. É esta cultura da morte, sancionada em Nuremberga como crime contra a Humanidade, que estamos a reintroduzir na Europa. A História repete-se, de forma mais "soft", i. e. dando menos nas vistas, mas mais mortífera. Ao pé disto, desta abominável matança de inocentes, o holocausto nazi não passa de um "fait divers".
Doentes terminais e idosos, preparem-se para que a sociedade, cansada dos recursos financeiros e humanos que gasta convosco, vos eutanasie! Ai daquele que cair doente! Será logo eutanasiado.
Reduzindo tudo a uma lógica financeira, como tem acontecido recentemente, "eutanasiar idosos" significa um rendimento adicional para o Estado: o idoso deixa de "esbanjar" o orçamento do Ministério da Saúde; por outro lado, resulta numa poupança para o Ministério do Trabalho e da Segurança Social, pois o Estado não precisa de lhe pagar mais pensões (e a Caixa Nacional de Pensões carece tanto de um alívio orçamental, para não ir à falência). Desculpem-me a crueza destas observações, mas esta é a lógica dos defensores da morte. É este o "Brave New World" (o Admirável Mundo Novo) que nos espera se cedermos à cultura da morte.
Por tudo isto, o cristão deve votar NÃO ao aborto e, se tiver consciência, tem o dever de denunciar onde quer que seja, sobretudo nos púlpitos.
António Rebelo (dirigente do CADC - www.cadc.pt - e mandatário do movimento "Aborto a Pedido? Não!" - www.abortonao.net.
Os padres devem falar do aborto nas missas?
ResponderEliminarNão só os padres, mas todo o povo de Deus, toda a Igreja, todas as pessoas de boa vontade, crentes ou não!
Se a Igreja não dedende a vida, para que serve? Será apenas um embuste!
A "verdade na caridade", mas com o risco do martírio...
queria dizer: "mesmo com o risco do martírio..."
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