"Estatística Anuário da Igreja revela menos 10 mil baptimos desde 2000 e mostra a existência de muito menos ordenações, com a média de uma para cada dois padres que morrem"
- "Atingimos os níveis mais baixos desde os anos 70. Há uma crise sobre o ministério da Igreja e sobre a forma como as comunidades cristãs podem ser animadas", lamenta [D. Carlos Azevedo, secretário da C.E.P.]. A crise estende-se à vocação sacerdotal. De 2000 a 2003, o número de sacerdotes baixou de 3159 para 3029 menos 130. A estatística revela que por cada dois padres que morrem, apenas um é ordenado. Em 2003, por exemplo, morreram 80 padres e foram ordenados 37. Os seminaristas de filosofia e teologia também são menos."
- "O anuário revela, ainda, e contudo, que 91,52% da população portuguesa diz professar a fé católica. Relativamente a isto, D. Carlos é peremptório "são muito católicos, mas pouco cristãos". "Ser católico não é só ser baptizado ou ir à missa. É uma exigência de vida, é seguir os evangelhos, é ser generoso. É ter consciência de que o que é pedido nem sempre é natural, ou seja, que exige conversão".
- Sobre o futuro, tem uma perspectiva optimista "A Igreja talvez tenha menos gente, mas mais consciente", remata."
Jornal de Notícias, 11/03/2006
Queremos agradar a Deus e ao Diabo. Por isso não somos o que deveriamos ser.
ResponderEliminar"A Igreja talvez tenha menos gente, mas mais consciente".
ResponderEliminarEsta frase, mil vezes repetida, soa-me sempre a fantasia de quem näo quer olhar para as coisas com olhos de ver.
A igreja tem menos gente. Parágrafo.
Isto é grave? Näo forçosamente. Tem, até, aspectos positivos.
Mas isto significa que os que ficam säo mais conscientes? Näo. Pode até significar uma perigosa deriva em direcçäo ao fundamentalismo. Que já se nota, e bem, em certos meios.
Que säo precisos cristäos melhor formados e mais conscientes? Pois. Mas isso é uma necessidade de sempre.
Não querendo plagiar o Manel, faço minhas as palavras dele.
ResponderEliminarTenho pena que o D. Carlos Azevedo, um bispo que se destaca do "conjunto", também adira a esta frase feita.
Não andássemos todos à nora com o que é "ser igreja", no mundo, hoje,e não eram precisos estes paninhos quentes.
Ainda ontem, comentava com uma jovem, o meu incómodo por ter de ouvir alguém todo contente porque agora temos um PR católico e logo ela ma retruquiu:"Não lhe conheço nenhumas políticas sociais de relevância".
Pois é...velhinhas católicas, ainda se excitam com estas coisas dos católicos praticantes, mas cada vez mais existem pessoas a quem isso não diz nada. O mal é delas?
Ou é de uma prática religiosa que não se traduz em compromisso de vida?
O azar é esta operação de downsizing estar a acontecer sem planeamento nem controlo...
ResponderEliminarPorisso, é que, sempre que me perguntam se sou católica, respondo logo: "eu sou cristã". O resto, para mim, são apenas nomes e Instituições, meros (embora com a sua importância relativa, espacio-temporal) acessórios exteriores.
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