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segunda-feira, março 20, 2006

Poligamia? Sim ou Não?

Nos Estados Unidos, as reivindicações dos lobbies gay deram uma oportunidade aos partidá¡rios da poligamia. Muitos deles agrupam-se agora em torno de um movimento intitulado por Big Love (um amor amplo) e pedem exactamente o mesmo que os homossexuais: o direito a casar com quem quiserem. Mesmo que seja uma legião.
Para o colunista Charles Krauthammer, isto até tem bastante lógica. Afinal de contas, se o matrimónio tradicional se define como a união de duas pessoas de sexo contrário e assim como dizem os activistas gay a exigência do sexo oposto não é mais que um prejui­zo, uma discriminação e uma negação arbitrária do direito a escolher a forma de amar, então a restrição do número (união entre duas pessoas) é uma arbitrariedade, uma discriminação e uma negação da autonomia individual semelhante.
Este tipo de argumentação deixa furiosos os activistas gay que estão renitentes em partilhar a sua posição com os polí­gamos. De facto, houve até quem tentasse demarcar-se através de uma pirueta lingui­stica. Assim, Andrew Sullivan, um conhecido activista da causa gay, qualifica a poligamia como uma diversão que nada tem a ver com a homossexualidade. A poligamia, diz Sullivan, é uma mera actividade, a homossexualidade, pelo contrário, é um estado intri­nseco que ocupa um nível mais profundo da consciência humana.
A esta distinção de Sullivan, responde Krauthammer, que não se ajusta quando nos deparamos com encontro de um trio de lésbicas. Deve um activista gay qualificar essa relação como uma mera actividade ou como uma expressão autêntica de amor interpessoal? O que não se pode fazer é mudar a regra básica de um homem com uma mulher e obstruir as reivindicações de outros grupos que também pedem um tratamento igual.

23 comentários:

  1. Caros amigos, abierta la puerta, negada la ley natural, la naturaleza de las cosas... todo es posible y queda a merced de mi capricho.
    Me permito un consejo: no caminen por este sendero. Ya hay bastante confusión como para que demos más. Edifiquen sólidamente. .e parece.
    Un fortísimo abrazo

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  2. A diferença entre poligamia e casamento homossexual está na simetria dos papéis: pode legislar-se um casamento homossexual em que ambos têm os mesmos direitos e deveres mas seria muito mais complicado legislar um casamento polígamo em que ambos tenham os mesmos direitos e deveres.

    Não me parece que seja por aqui que se vai inviabilizar o casamento homossexual.

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  3. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  4. Sim... e assim sucessivamente até ao casamento entre homem e espinafre...
    Esse argumento de que a seguir a uma coisa vem inevitavelmente outra até ao dilúvio final é um bocado pobre, näo é?
    Säo coisas diferentes. Ponto.

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  5. Queria dizer a todos que esta noticia não é minha, mas é um debate que está a acontecer nos EUA. A pergunta que Charles Krauthammer faz é se os que defendem a poligamia tem direito a um tratamento igual ou não?

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  6. Deve permitir-se um tipo de casamento em que a mulher promete obediência e fidelidade ao homem mas o homem não promete nada à mulher?

    Podem multiplicar-se as questões deste tipo. Todas podem ser discutidas.

    No casamento homossexual discute-se se o sexo é motivo de discriminação aceitável ou não. Nos casamentos assimétricos e poligâmicos discute-se se se deve instituir uma relação entre duas (ou mais) pessoas em que uma tem mais direitos e menos deveres que a outra.

    Dito de outro modo: o casamento homossexual está muito mais próximo do casamento heterossexual do que o casamento poligâmico.

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  7. Este mundo cada vez está mais louco!
    Lutou-se para acabar com a poligamia e agora quereriam reinstalá-la?
    A verdade é que a poligamia secreta subsiste e provavelmente cada vez mais, mas até este ponto...só de loucos mesmo...

    Coisas do arco da velha mesmo!

    Nas sociedades ocidentais, isso é inconcebível e não me parece que valha a pena preocuparmo-nos com isso pois, de certeza as mulheres não vão querer tal coisa.

    Cruzes credo!

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  8. Isto está a aquecer. Vamos ver onde vai parar...

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  9. Casar com dois ou três homens?!
    Já me custa a aturar um...

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  10. A liberdade nunca chega... Qual será o limite? O da imaginação?...

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  11. Até onde nos vai levar esta moralidade libertina?
    Decerto a nada de bom...

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  12. O que é "esta moralidade libertina"?

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  13. Como diz o nosso espanhol "caminante" abriu-se a porta. É tão só isso.
    A partir daqui, tudo é possível e sem solução de retorno; tal como quando se abre uma comporta e a enxurrada não mais para.
    Mas como eu sou aquela que comentam gostar de uma boa teoria da conspiração (uma, não: várias, muitas), continuo a afirmar que tudo tem a ver com a novíssima Ordem Mundial: sem Religiões, sem Moral - pura liberdade, dizem os paspalhos dos politiqueiros maçónicos e de outras confrarias, pretendentes ao trono mundial, únicos deuses na Terra e sem Deus no Céu.

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  14. Nas relações heterossexuais clama-se porque as pessoas vivem as relações mas não querem assumir compromissos sérios. Quando um casal homossexual quer assumir um compromisso sério perante a sociedade, clama-se imoralidade. Qual é o padrão moral aqui?

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  15. Já era tempo de o sexo deixar de ser considerado pecado, ponto final.

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  16. CA,
    na questão da homossexualidade, deve estar em causa a relação em si e não a sua assumpção perante a sociedade. A sua prática, por si só, é imoral e ponto final. Vai contra os desígnios de Deus e da própria Natureza, chamem-lhe aberração ou doença, tanto faz.
    E se for de facto doença, como pretendem agora que o seja, então, deve ser combatida e sanada, tal como fazemos com qualquer outra doença. Ninguém gosta de estar doente.

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  17. Caro anonymous

    Se pensa que a homossexualidade é imoral está à vontade para não a praticar.

    Quanto aos desígnios da Natureza, é claro que a homossexualidade está nesses desígnios: o fenómeno é persistente em todas as civilizações e épocas, mesmo quando é violentamente reprimido.

    Quanto aos desígnios de Deus, o caro anonymous deve estar certamente bem informado para ter tanta certeza; pessoalmente gosto de avaliar as coisas pelos frutos e o que verifico é que o amor homossexual pode ser tão positivo como o amor heterossexual; o desejo de assumir um compromisso é para mim mais um sinal positivo.

    Quanto a ser uma doença, tudo depende do que se chama doença. Até há bem pouco tempo as crianças precisavam de se curar de uma "doença" chamada ser canhoto, ainda que para isso ficassem doentes. Pessoalmente acho que a homofobia é uma doença que causa graves prejuízos à sociedade, mas em geral os doentes não querem admitir que precisam de tratamento.

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  18. Caro CA,
    se é verdadeiramente cristão e as Mensagens Evangélicas lhe dizem verdadeiramente alguma coisa de positivo, deve saber o que lá se refere em relação à homossexualidade. A minha certeza é apenas a que dimana desse Livro Sagrado.
    Quanto a ser doença, olhe são os defensores da homossexualidade que assim a defeniram.
    E acredite que não sou homofóbica, pois tenho amigos homossexuais, a quem prezo muito, mas não tenho os olhos fechados, nem gosto de viver segundo os meus interesses pessoais e opiniões afectivas. Assim como ninguém, amigos ou familiares tem de me proteger e apoiar nos meus erros, assim também (embora não tenha que o fazer directamente, na cara de ninguém), não tenho que pactuar com os erros dos outros.
    Uma coisa é compreender, outra é aplaudir.

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  19. Cara anónima

    Quanto aos livros sagrados, se os interpretarmos à letra, podemos tirar de lá muita coisa. Desde que as mulheres devem obedecer aos maridos até preceitos alimentares. Daí que o critério do Amor e a avaliação pelos frutos sejam para mim importantes.

    "Quanto a ser doença, olhe são os defensores da homossexualidade que assim a defeniram."

    Quem? Quando? Onde?

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  20. Em nenhum dos 4 Evangalhos encontro alguma condenação da homossexualidade

    Alberto Aires

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  21. Apenas para chamar a atenção para uma nova série televisiva americana, "Big Love", que retrata a vida de uma família poligâmica. O tema começa mesmo a estar em cima da mesa...
    Pedro

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