- a destruição de embriões,
- o recurso a dadores de esperma e de óvulos,
- as "barrigas de aluguer"
- a utilização destas técnicas por casais homossexuais.
A nota episcopal começa por defender que as técnicas de procriação medicamente assistida devem ser reservadas a casais heterossexuais, “para assegurar o dever ético de oferecer ao novo ser um homem como pai e uma mulher como mãe”. O documento não admite, por outro lado, o recurso a dadores de esperma e de óvulos “em virtude da grave dissociação entre paternidade genética e social”.
Para a CEP é essencial que a nova lei “não considere aceitável o recurso a mães portadoras”, considerando que o recurso às chamadas “barrigas de aluguer” atinge a "interacção profunda entre a criança e a mãe”. Os prelados lembram que experiências semelhantes noutros países têm gerado “muitas situações intoleráveis de conflito entre os pais biológicos e a mãe portadora, com enorme prejuízo para a criança a gerar”.
Um último ponto lembra que o embrião é “uma vida humana dotada de dignidade”, pelo que os Bispos consideram que as técnicas usadas devem evitar a existência de embriões excedentários, “mesmo destinados a uma segunda gravidez do casal”. “De nenhum modo estes embriões sejam utilizados para a investigação, enquanto vivos”, conclui o documento.
A nota não faz nenhuma referência a um eventual referendo, defendendo, pelo contrário, a “necessidade de uma lei que regule e estabeleça as fronteiras entre o cientificamente possível e o eticamente aceitável”. Os Bispos reconhecem, ainda, o “anseio sério” de muitos casais em solucionar o seu problema de infertilidade ou de esterilidade.
Fonte: www.ecclesia.pt
Infelizmente os problemas de procriação nos casais são cada vez mais frequentes e ainda bem que a ciência os pode ajudar. No entanto tem de haver alguns limites porque existe sempre aqueles cientistas que acima de tudo querem é lucro ou estudo sem olhar que nas suas mãos manipulam vida...
ResponderEliminarCaro (s) Padre(s) Inquieto(s).
ResponderEliminarA ligação entre biologia e social, biologia e espiritual... ui!
E há também o problema da ligação entre uma antropologia cristã e uma sociedade laica, mesmo com o cristianismo enquanto um dos seus elementos históricos e de sentido. Porque toda a ética pressupõe uma antropologia fundamental, e no caso laico, uma antropologia fundamental em que se revejam os diversos pontos de vista e cultura da multiculturalidade. Focar a antropologia cristã como se fosse universal, não é liquido…
Ui!
E a "dissociação entre paternidade genética e social" ser "grave" não porá um problema relativamente à adopção?... Ou aqui é uma questão de "mal menor"?...
Ui ui!
Abraços problematizantes.
A questão não é religiosa e a Conf. Episcopal não parece ser a entidade com mais competência para discutir o assunto. Nem parece ser capaz de fundamentar bem as suas posições (como o Vítor observa o argumento da dissociação também proibiria a adopção em geral). Mas enfim, na hierarquia já é habitual haver duas éticas: uma para a procriação assistida e outra para as outras situações.
ResponderEliminarContudo poderia ter estado pior. A Conf. Episcopal italiana fez muito pior no mesmo assunto, apelando à abstenção num referendo.
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