Eu também desejo colaborar para que seja conhecida. Inclusive reservo a 2º parte para um próximo comentário. - Primeiro, porque muitos ecuministas e teólogos ficaram temerosos de retrocesso por causa das funções de Josef Ratzinger na Cúria Romana antes de sua eleição ao supremo pontificado. Agora com sua encíclica sobre o amor, Bento XVI retoma o ideal do Concilio Vaticano II e de João XXIII sobre a reforma da Igreja:
- Primeiro, fazer a luz de Cristo brilhar sobre a face da Igreja para que sua vida e seu testemunho evangélico iluminem o mundo. Assim os cristãos unidos a Cristo podem unir-se entre si para um testemunho comum.
- Segundo, é mentalidade comum que a essência da missão da Igreja é pregar a
Palavra de Deus e celebrar os Sacramentos. A caridade faz parte integrante da missão da Igreja, mas não pertence à sua essência. Diz textualmente a encíclica: “Para a Igreja, a caridade não é uma espécie de atividade de assistência social que se poderia mesmo deixar a outros, mas pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável da sua própria essência” (nº 25, a). Negativamente o Papa alemão argumenta: “Se na minha vida negligencio completamente a atenção ao outro, importando-me apenas com ser “piedoso” e cumprir os meus “deveres religiosos”, então definha também a relação com Deus. Neste caso, trata-se duma relação “correta”, mas sem amor”(nº 18).
- Passando já para a 2º parte da encíclica, Bento XVI desafia não só os indivíduos, mas a própria comunidade cristã: “A Igreja também enquanto comunidade deve praticar o amor” (nº 20). Talvez as comunidades possam incluir um item na contabilidade: “Serviço da caridade” ou “Cuidado de outrem”. Tudo culmina na Eucaristia, pois a Eucaristia arrasta-nos no ato oblativo de Jesus (nº13).
Num mundo de ódio, de violência, de guerra e de tantas discriminações, a encíclica sobre o amor lembra a ternura de Deus para com a humanidade e a prioridade do amor na missão da Igreja.














