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domingo, maio 01, 2011

Vocações: a falência anunciada das mega-organizações

As recentes pesquisas das ciências sociais descobriram uma forte tendência das muito bem sucedidas mega-organizações em negar os seus próprios dados, assim como dados externos, quando lhe é sugerida a necessidade de mudança e adaptação (General Motors, IBM, Sears...).

A dinâmica de negação está também presente nalgumas das reacções da Igreja a questões dificieis, como por exemplo, o envelhecimento do clero, paróquias sem sacerdotes residentes, condutas impróprias, infelicidade e desmotivação... talvez alguma vaidade narcisista ou algum saudosismo faça com que os dados não sejam encarados de frente.

A crise de vocações, mesmo perante os dados da própria Igreja, é atribuída a uma falha de recrutamento e a uma falta de oração pelas vocações. O "envelhecimento" dos sacerdotes é posto de lado com medo de soluções que possam vir a alterar as antigas tradições e disciplinas da Igreja.

É notória a escassez de reflexões teológicas sérias entre os lideres da Igreja sobre a carência de vocações para o sacerdócio e a vida consagrada. Em vez disso, são discutidas estratégias para um recrutamento mais eficiente por parte dos directores dos secretariados das vocações, enquanto os católicos são instados a orar pelo surgimento de mais vocações. Por mais importantes que sejam estas iniciativas, elas desviam-nos facilmente da difícil reflexão criativa e analítica exigida pela situação presente.

Deus não estará a quer falar-nos através da escassez de vocações?!!! Porque não o queremos escutar?

3 comentários:

  1. Pergunto-me senão devo eu próprio alistar-me nesse recrutamento, mesmo sendo feliz naquilo que faço. Movo-me na dúvida se terei vocação. Ainda não fui capaz de dizer a mim mesmo, atendendo ás exigências de Cristo, que devo seguir caminho, sem ouro nem prata, só com o Espírito de Deus.

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  2. Também me tenho questionado... Muito.

    Quando Deus me provoca, é difícil não perguntar: Que queres Tu de mim, Senhor?

    Mas esta provocação está a ser mais forte que qualquer outra. É difícil saber qual o rumo a seguir. Ainda por cima quando pertenço a uma geração que gosta de ter certezas. :/

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  3. A Igreja enfia cada vez a cabeça na areia e distancia-se de Deus,pois não anda atenta ao sinais do tempo.
    As Igrejas estão cada vez mais vazias de jovens...a pastoral juvenil na maioria das dioceses é insípida e ineficaz.A Igreja nem com os grandes movimentos juvenis católicos, anda atenta e preguiça de os acompanhar. Aliás há muitos sacerdotes que ignoram os jovens...Não se convençam que é só com o "hapening" das JMJ que vamos lá...
    Colhe-se o que semeia...
    Talvez Deus queira em breve,mostrar novos caminhos...

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