Enquanto na ecologia se defende a natureza e se pretende limitar a acção humana para proteger as coisas como estão, nos costumes diz-se que a liberdade humana é absoluta, que não existem regras naturais e se deve aceitar tudo, mesmo o mais aberrante.
Existe aqui uma contradição evidente. O ser humano, que quer ser muito natural na defesa do ambiente, é totalmente artificial quando se trata de si próprio. As mulheres e os homens contemporâneos, que se afirmam como obedecendo aos valores naturais e respeitando as outras espécies, exigem liberdade absoluta nos seus costumes pessoais sem respeitar qualquer norma.
Quem melhor identificou e lidou com esta contradição foi o Papa João Paulo II, ao criar em 1991 o conceito de «ecologia humana». Foi na encíclica Centesimus Annus, que, pela primeira vez este conceito tomou forma. O Papa pretendia dizer que a lógica dos movimentos de defesa do ambiente devia ser estendida da natureza física às outras dimensões da vida humana. Em particular a defesa da família deveria ser deduzida directamente da atitude ecológica.
O Papa Bento XVI tem regressado várias vezes a este conceito. Na sua última encíclica, Caritas in Veritate, o Pontífice volta a referir o tema, mostrando a íntima relação causal que se verifica entre os dois problemas centrais da era do Génesis.
A Igreja sente o seu peso de responsabilidade pela criação e deve fazer valer esta responsabilidade também em público. Ao fazê-lo, não tem apenas de defender a terra, a água e o ar como dons da criação que pertencem a todos, mas deve sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo. Requer-se uma espécie de ecologia do homem, entendida no justo sentido. De facto, a degradação da natureza está estreitamente ligada à cultura que molda a convivência humana: quando a «ecologia humana» é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental. Tal como as virtudes humanas são intercomunicantes, de modo que o enfraquecimento de uma põe em risco também as outras, assim também o sistema ecológico se rege sobre o respeito de um projecto que se refere tanto à sã convivência em sociedade como ao bom relacionamento com a natureza. CiV 51
Existe aqui uma contradição evidente. O ser humano, que quer ser muito natural na defesa do ambiente, é totalmente artificial quando se trata de si próprio. As mulheres e os homens contemporâneos, que se afirmam como obedecendo aos valores naturais e respeitando as outras espécies, exigem liberdade absoluta nos seus costumes pessoais sem respeitar qualquer norma.
Quem melhor identificou e lidou com esta contradição foi o Papa João Paulo II, ao criar em 1991 o conceito de «ecologia humana». Foi na encíclica Centesimus Annus, que, pela primeira vez este conceito tomou forma. O Papa pretendia dizer que a lógica dos movimentos de defesa do ambiente devia ser estendida da natureza física às outras dimensões da vida humana. Em particular a defesa da família deveria ser deduzida directamente da atitude ecológica.
O Papa Bento XVI tem regressado várias vezes a este conceito. Na sua última encíclica, Caritas in Veritate, o Pontífice volta a referir o tema, mostrando a íntima relação causal que se verifica entre os dois problemas centrais da era do Génesis.
A Igreja sente o seu peso de responsabilidade pela criação e deve fazer valer esta responsabilidade também em público. Ao fazê-lo, não tem apenas de defender a terra, a água e o ar como dons da criação que pertencem a todos, mas deve sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo. Requer-se uma espécie de ecologia do homem, entendida no justo sentido. De facto, a degradação da natureza está estreitamente ligada à cultura que molda a convivência humana: quando a «ecologia humana» é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental. Tal como as virtudes humanas são intercomunicantes, de modo que o enfraquecimento de uma põe em risco também as outras, assim também o sistema ecológico se rege sobre o respeito de um projecto que se refere tanto à sã convivência em sociedade como ao bom relacionamento com a natureza. CiV 51
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