Uma guerra é um assunto sério, normalmente gerido por profissionais com objectivos estratégicos claros e com controlo de forças no terreno.
E depois há os amadores, sempre dispostos a lutar por um ideal. O tipo mais interessante de amador é o pacifista. Sempre a lutar pela paz, por vezes dizendo-se defensor dos fracos e oprimidos, alega que não está por nenhum dos lado. Até pode ser verdade, mas na prática o pacifista contribui sempre para o esforço de guerra do lado que estiver na defensiva.
Um amador, especialmente o pacifista amador, é o alvo fácil da manipulação dos profissionais da propaganda. Qualquer exibição de cadáveres, qualquer anúncio de vítimas civis (infelizmente são quase sempre mulheres e crianças, os civis homens nunca morrem), serve para atiçar os ânimos do pacifista. Aliás, não há sangue que ferva mais depressa do que o sangue dos gandhis modernos.
No presente conflito, a causa da paz, na sua versão mais comum (há excepções, por exemplo as intervenções de Bento XVI) serve a causa do Hezbollah porque os protestos dos pacifistas premeiam o uso de escudos humanos e limitam as opções tácticas dos israelitas. Resulta disto que aqueles que dizem que estão contra a guerra e não a favor do Hezbollah até podem estar a ser sinceros, mas se estão fazem o papel de idiotas úteis, porque as suas acções reforçam a posição do Hezbollah.
Qual a tua opinião sobre esta guerra?
Porque as acções dos pacifistas reforçam as posições do Hezbollah, se vê claramente que o autor deste texto reforça as posições dos fortes e poderosos de Israel e da América.
ResponderEliminarNão sendo eu parte de nenhuma dessa Organizações pacifistas que agora abundam pelo mundo, cujos intentos, é certo, não são assim tão claros e beneméritos como pretendem mostrar, contudo, não deixo de estar, muitas vezes, - embora por razões e ideais diferentes - do lado deles.
O meu sangue também ferve depressa, e sinto-me profundamente revoltada contra a prepotência e a injustiça dos mais fortes e poderosos contra os que, sendo fracos e pobres, não têm muitos meios para se defenderem.
É assim que aparece o terrorismo, porque "quem não tem cão caça com gato" e só há terroristas porque há carrascos, prepotentes despóticos e ambiciosos que desejam dominar o mundo pela força, amordaçam países e povos, expoliam, subjugam, humilham e votam à pobreza, retirando-lhes toda a esperança. E com ousadia blasfemam Deus, querendo mostrar à opinião pública que é em nome da Religião que muitas guerras acontecem, mas é antes em nome do Diabo, do lado de quem estão, do dinheiro e do poder; e que é em nome da paz que matam terroristas, sendo eles os verdadeiros e primeiros terroristas - porque criaram estas contendas.
Desde 1948, quando os judeus invadiram a Terra Santa, com a ajuda do poderio britânico e americano, é que o terrorismo islâmico foi emergindo. Mas os palestinianos, que vivem encurralados numa faixa de Gaza, em campos de concentração, sem água, sem trabalho, sem esperança nem alento e em desespero, porque amarram à cinta uma bomba e se fazem explodir, são terroristas; os outros, os bons, que possuem armas de destruição massiva (América e Israel), atiram bombas do alto, nos seus potentes aviões, e matam indiscriminadamente, são anjinhos vindos do céu!!! Israel tem as cadeias cheias de jovens palestinianos; os palestinianos raptam um ou dois israelitas e estes se sentem no direito de destruir um país inteiro. E ainda gozam com a nossa cara ao recusar despudoradamente uns dias de cessar-fogo.
Depois, há os que nunca estão de lado nenhum, ou seja, que constantemente apelam à paz de ambos os lados, mas o fazem sem vigor nem convicção, como o Papa e a ONU, e mais parece "para inglês ver" e para calar a voz mundial da indignação. Bem se viu como a América tratou a ONU aquando da invasão do Iraque (desculpem, mas estou indignada): cagou simplesmente p'ra ela.
Mas, em todo o caso, a Europa vive refém da América, sua libertadora, na II guerra mundial. E não há nada mais triste do que quando nos sentimos atados de pés e mãos e sempre de espinha dobrada face ao nosso benfeitor, que nos atirou uma códea de pão, num momento de grande necessidade, não por caridade e altruismo, mas por interesse mesquinho, cobrando-nos constantemente com a pata em cima de nós.
Se toda esta algazarra no Mundo não é a III Guerra Mundial, Deus nos livre, como será ela então!
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