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domingo, abril 11, 2010

O progresso passa por prescindir do católico?

Que febre, que ímpeto!

Àqueles que menos importa o católico são esses precisamente que mais insistem em comentar. Não param. Devem andar muito aborrecidos com a sua vida ou sobra-lhes tempo ou deve-lhes compensar bastante a coisa.

O vitupério anti-católico prolifera, é o que mais se destaca nestes dias, é o que mais une toda esta banda mediocres semi-cultos. O tema é indiferente. O Papa ou as procissões de Semana Santa, dá igual. O católico molesta, incomoda, é uma fraude. E se diz algo és tu o que insultas. “Vamos a eles, vamos atacá-los onde mais lhes doi”.

Leis, ironias, blasfemias, preconceitos e sarcasmo. O desdém. E patadas ao mais sagrado.

É notável a preserverança destes senhores. Por outras causas já tinham desistido. Mas parece que é o único que têm para propor à sociedade, uma vida mediocre, sem ideais. A descomposição ideológica e a vida aburguesada deixaram-nos mergulhados no vazio de ideias. Para eles, o pecado é o único valor claro. Que poder, que afinco!
Os católicos -depois de tantos anos de imposições reacionárias- não sabem que o pecado não existe, que o que eles chamam pecado é a libertação definitiva, é o caminho do progresso. Finalmente, depois de tantos séculos de servidão e submissão, é necessário fazer entender às pessoas que a virtude coarta a liberdade do homem e a vulgaridade e a mediocridade torna-nos melhores. É urgente nivelar a sociedade por baixo. Assim, destilam amargura e soberba. E uma suposta e esotérica moral laica que pontifica e interpreta segundo convém. Proselitismo de propaganda. A cultura cristã não pega, é demasiado intransigente.
Ignoram todos homens e mulheres fizeram progredir a sociedade e destacam vincadamente o pecado de uns poucos. Será que as crianças abusadas pelo clero (3.000) ficaram mais marcadas do que as que o foram pelos agnósticos, ateus ou areligiosos? Para alcancarem os seus fins, ignoram deliberadamente os números (62.000) para se fixarem e realçarem o que lhes interessa! Não querem resolver o problema... Quantos processos a politicos, a desportistas, a médicos, a professores continuam em águas de bacalhau... São tão listos que nem se dão conta. Que gente tão profunda, tão séria e democrática!

6 comentários:

  1. O grande alarido que por aí vai por causa dos hipotéticos e dos provados, casos de pedofilia em que estão envolvidos padres católicos poderia parecer mais um ataque daqueles recorrentes que se fazem à Igreja de Roma, sobretudo desde que uns revolucionários em Paris deram em cortar cabeças a esmo.





    A extensão, organização e o alvo dos ataques leva, contudo, a que se deva prestar mais atenção ao fenómeno e em formas de actuação. A pedofilia é a desculpa, o objectivo a atingir é enlamear o Papa e com isso vibrar um golpe, eventualmente, mortal na Igreja de Cristo. A estratégia parece visar mais alto ainda: a vitória do laicismo sobre a religião. E não é contra o islamismo, o judaísmo, o cristianismo ou o budismo, que os laicistas empedernidos se viram, não, é contra o cristianismo. Porque será?





    Os laicistas não estão satisfeitos com a separação do Estado e das confissões religiosas; não pretendem o respeito e a harmonia entre as pessoas, modos de vida e crenças, não, o que eles querem é domínio absoluto e para isso não hesitam em abrir as guerras que julgarem necessárias. Ainda não é uma guerra no sentido literal do termo – com mortos e feridos – mas lá poderemos chegar.





    Como estão organizados os laicistas (que não os laicos…) e como se manifestam? Que organizações os representam? Eis perguntas que carecem de respostas explícitas. Os instigadores têm que passar a ter nomes, caras, identidade. Um dia um qualquer tribunal terá que apurar responsabilidades.

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  2. É razoável pedir desculpas colectivas?
    Eu não me sinto responsável, pela escravatura, pelos pecados da Inquisição, a expulsão dos Judeus, a revolta dos Albigenses ou o saque de Constantinopla. Já basta ter que herdar as consequências. Não há purismos históricos. Mais a mais, quando mais ninguém no mundo segue o exemplo do Papa e dos Católicos! Sim, ainda estou para ver um rabino ou um pregador muçulmano, pedir desculpa seja pelo que for e já agora algum membro da Maçonaria, por terem mandado o Luís XVI e a Maria Antonieta para a guilhotina!

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  3. Nesta questão existem muitas demagogias...
    É, por exemplo, curioso verificar que nenhuma preocupação existe em ponderar os casos de pedofilia, com o desregramento das relações, o relativismo moral, a pornografia, a propaganda explícita e descarada que passa nos “media”, cinema, etc. ~
    E os meios de comunicação social nem sequer afloram o facto de cerca de 80% dos casos de pedofilia registados, em geral, serem ocasionados por homossexuais…

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  4. Os laicistas radicais não se interessam mínimamente pela pederastia.
    Que chamem á responsabilidade o ateu Carrillo pelos cometidos contra a humanidade em Paracuellos es delito. Ainda que fosse chamado, como é ateu e de esquerda, não passa nada.
    O ateu Lula da Silva vive num país onde superabunda a pedofilia e o turismo sexual, e não faz nada. Processamo-lo? Ai não, é ateu.
    Castro têm em Cuba um negocio de prostituição de menores para financiar a ruina que é Cuba. Processamo-lo? Não, é ateu.

    Na ONU sentam-se os filopedofilos da ILGA. Não os processamos, porque são progressistas.
    Há um partido na Holanda defensor da pedofilia. Detemos os seus membros? Não, são progressistas.

    O porta-voz do partido os Verdes no parlamento Europeu foi acusado de pedofilia. Os Verdes devem indeminizar as vítimas. Aí não, é de esquerda.

    Nos Estados Unidos há 5% professores acusados de pedofilia, e às vezes resolve-se o caso movendo os professores de uma escola para outra. Julgamos o Obama? Ai não, é progressistas.

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  5. Não é possível servir a dois senhores ao mesmo tempo... O Nosso não pode aprovar casamentos que o não são, matanças de inocentes, por nascer, já velhos ou muito doentes... Tem servos falíveis e imodestos? Infelizmente sim; a história da Igreja é a história dos homens. Mas também tem heróis e santos, muitos conhecidos e muitíssimos anónimos - tantos que nem se podem contar, ao contrário dos prevaricadores.
    Cristo incomoda como sempre incomodou? Claro, está vivo e continua entre nós, APESAR DE TUDO...

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  6. que sabemos, em termos de conhecimento psiquiátrico, sobre o tema?


    1 - Sabemos que os homens celibatários - solteiros, viúvos e divorciados apresentam mais patologia psiquiátrica, maior risco de suicídio e, globalmente, piores índices de saúde do que os homens casados. Os milhares de estudos comparativos e meta-análises sobre as várias dimensões da saúde mental e bem-estar psicológico corroboram este dado - os homens celibatários têm, em regra, mais patologia psiquiátrica que os homens casados.
    Por outro lado, o suporte social, afectivo, emocional fornecido pela relação de conjugalidade estável está directamente relacionada com níveis mais elevados de saúde mental e bem-estar psicológico dos indivíduos do sexo masculino, mesmo se controlarmos outras variáveis ( como o status socioeconómico ou os estilos de vida).

    2 - Sabemos também que a maior parte das pessoas que apresentam comportamentos parafílicos, nomeadamente pedofilia, são homens. A questão de género aqui não é discipienda. Os comportmentos parafílicos, sobretudo os mais graves e violentos, como práticas sadomasoquistas, homicídios e torturas sexuais e abuso sexual de menores são feitos, maioritariamente por homens.
    E sobretudo por homens celibatários, ou seja, homens estruturalmente incapazes de ter uma relação adulta sexual satisfatória, e que, por isso mesmo, não conseguem manter uma relação estável de conjugalidade.


    Estes são os dados científicos que a investigação da psiquiatria, psicologia, e as ciências forense de uma forma geral revelam.


    3 - Uma "profissão" que tenha como pressuposto de "recrutamento" a condição ser homem ( risco acrescido) em situação de celibato compulsivo ( risco acrescido) aumenta consideravelmte a possibilidade de atrair para as suas "hostes" homens com graves perturbações psiquiátricas ou com alterações graves da personalidade/ sexualidade.
    O sacerdócio seria uma fuga para homens com uma sexualidade desviante ou mal resolvida, ou, algo bem mais sinistro, uma hipótese de certos predadores sexuais terem fácil acesso a vítimas com garantia de protecção ou impunidade dado pela instituição.
    Por outro lado o celibato compulsivo em homens normais numa instituição que cultiva a misoginia e impõe coercivamente o celibato, pode levar a que indivíduos aparentemente normais, tendam a exprimir as suas pulsões sexuais com as pessoas mais vulneráveis que "têm á mão", o que explicaria muitas situações de efebofilia ou abuso de meninas e adolescentes por padres, bastante prevalente.
    Mesmo a questão da maior prevalência da homossexualidade dentro das instituições da igreja pode ser explicada por isto - a repressão sexual continuada e a misoginia instituída levam a outras formas da sexualidade se exprimir alternativamente. Os comportamentos homossexuais são também mais prevalentes noutras instituições totais, onde se "misturam " coercitivamente homens em idade sexual activa sem possibilidades de terem relações sexuais com mulheres - prisões, conventos, colégios internos de rapazes, quartéis, orfanatos.
    Por tudo isto, não é de admirar que exista, dentro do clero, maior incidência de patologia psiquiátrica e desvios ou transtornos da sexualidade, incluindo o abuso sexual do que na população em geral.


    Um forma óbvia de reduzir o problema do risco da pedofilia clerical era abrir o sacerdócio às mulheres, visto existir uma forte correlação entre pertencer ao sexo masculino e presença de comportamemtos parafílicos. Mais subtil ainda, mas não menos eficaz seria acabar com uma cultura larvar de misoginia dentro das instituições clericais. Se as mulheres estivessem mais presentes e fossem mais valorizadas dentro da igreja, com um estatuto de autonomia e coordenação, incluindo o acesso ao sacramento da ordem, tenho a certeza absoluta que os casos pontuais teriam sido referenciados e resolvidos prontamente.
    Outra forma óbvia de reduzir os riscos da pedofilia clerical (e outras perturbações psiquiátricas e comportamentais) é acabar com a imposição do celibato.

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