Estão os padres, hoje em dia, submetidos a toda a espécie de pressão. Desde as críticas que lhes chegam de fora até aos equívocos que denunciam a partir de dentro, tudo lhes é cobrado e arremessado. Na verdade, raro é o dia em que a comunicação social não aponta o seu olhar de lince na direcção de um sacerdote.
Pega-se numa situação, já suficientemente distorcida por quem a sopra.
Ouvem-se duas ou três vozes mais exaltadas, habilmente descritas como representando o
sentir do “povo”.
Dos visados pode ser que colham “as razões”.
Só que dificilmente se lhes reconhecerá “razão”.
Resultado: haja o que houver, o padre é sempre “o culpado”.
Não digo que se vote ao desprezo este tipo de crítica. Todavia, está muito longe de ser a que mais nos deve preocupar. Aliás, há críticas que deveriam ser lidas como elogios e elogios que deveriam ser lidos como críticas. De qualquer modo, não é o aplauso que nos há-de mover. Não é o protesto que nos há-de condicionar. É somente o Evangelho que nos há-de nortear.
Se repararmos bem, a bitola das apreciações em torno dos padres incide mais sobre a função do que sobre a missão. O que fazem assume mais importância do que o que são.
O que é o padre? Um gestor de recursos? Um executivo e um tarefeiro? Um prestador de serviços? Um mero líder, por sinal cada vez mais contestado? E o que é a Igreja? Uma ONG? Uma simples organização benemérita? Não está em causa a promoção da solidariedade, mas que lugar é dado ao anúncio de Cristo?
O pior é que este perfil tende a ser progressivamente assimilado. Porque uma coisa é haver Igreja e outra coisa é ser Igreja. Como uma coisa é haver sacerdotes e outra coisa é viver o sacerdócio. De resto, este nem sequer é um problema de agora. Já S. Gregório Magno o detectou no século VI. «O mundo - lamentava - ainda está cheio de sacerdotes, mas são poucos os que encontramos a trabalhar na messe do Senhor».
Certamente com o melhor dos propósitos, desdobramo-nos em mil e uma actividades não discernindo até que ponto elas possam, ou não, estar em sintonia, com o ministério que abraçamos. Acontece que, a páginas tantas, “somos arrastados para assuntos profanos, o que não corresponde às exigências da missão sacerdotal”.
É claro que a Igreja tem de intervir socialmente. No entanto, a quem cabe, em primeira instância, assegurar esta presença? Será ao padre? Ou não será ao leigo? Não se pertence à Igreja desde o Baptismo?
De facto, é sumamente perturbador ver como se confunde presença eclesial com presença ministerial. Regra geral, as pessoas só dão conta da Igreja se virem um padre ou um bispo à sua frente: Sucede que a Igreja é formada não apenas pelos bispos e pelos padres, mas pela totalidade dos seus membros.
Nem todos são chamados a fazer o mesmo. Qual é o carisma do padre? Oração e pregação (Act 6,4). Não será este um desígnio suficientemente forte para nos mobilizar por completo e para nos ocupar por inteiro?
Pega-se numa situação, já suficientemente distorcida por quem a sopra.
Ouvem-se duas ou três vozes mais exaltadas, habilmente descritas como representando o
sentir do “povo”.
Dos visados pode ser que colham “as razões”.
Só que dificilmente se lhes reconhecerá “razão”.
Resultado: haja o que houver, o padre é sempre “o culpado”.
Não digo que se vote ao desprezo este tipo de crítica. Todavia, está muito longe de ser a que mais nos deve preocupar. Aliás, há críticas que deveriam ser lidas como elogios e elogios que deveriam ser lidos como críticas. De qualquer modo, não é o aplauso que nos há-de mover. Não é o protesto que nos há-de condicionar. É somente o Evangelho que nos há-de nortear.
Se repararmos bem, a bitola das apreciações em torno dos padres incide mais sobre a função do que sobre a missão. O que fazem assume mais importância do que o que são.
O que é o padre? Um gestor de recursos? Um executivo e um tarefeiro? Um prestador de serviços? Um mero líder, por sinal cada vez mais contestado? E o que é a Igreja? Uma ONG? Uma simples organização benemérita? Não está em causa a promoção da solidariedade, mas que lugar é dado ao anúncio de Cristo?
O pior é que este perfil tende a ser progressivamente assimilado. Porque uma coisa é haver Igreja e outra coisa é ser Igreja. Como uma coisa é haver sacerdotes e outra coisa é viver o sacerdócio.
Certamente com o melhor dos propósitos, desdobramo-nos em mil e uma actividades não discernindo até que ponto elas possam, ou não, estar em sintonia, com o ministério que abraçamos. Acontece que, a páginas tantas, “somos arrastados para assuntos profanos, o que não corresponde às exigências da missão sacerdotal”.
É claro que a Igreja tem de intervir socialmente. No entanto, a quem cabe, em primeira instância, assegurar esta presença? Será ao padre? Ou não será ao leigo? Não se pertence à Igreja desde o Baptismo?
De facto, é sumamente perturbador ver como se confunde presença eclesial com presença ministerial. Regra geral, as pessoas só dão conta da Igreja se virem um padre ou um bispo à sua frente: Sucede que a Igreja é formada não apenas pelos bispos e pelos padres, mas pela totalidade dos seus membros.
Nem todos são chamados a fazer o mesmo. Qual é o carisma do padre? Oração e pregação (Act 6,4). Não será este um desígnio suficientemente forte para nos mobilizar por completo e para nos ocupar por inteiro?
Sim, sim, sim. Gostei muito deste texto, Padre. Oração e pregação... não tinha visto isso. É uma alegria vir aqui.
ResponderEliminarEu não gostei nada. Graças a Deus que somos todos diferentes. Porque é que o padre deveria ter só oração e pregação? Servir não é oração? Na minha opinião, desculpem lá ó amigos, mas o padre deve estar com a sua comunidade, viver as alegrias e as tristezas com ela. O padre não deve ser uma entidade acima do comum dos homens, longe deles a orar e a pregar. Se for assim, afasta tudo e todos mais dia menos dia.Já terminou o tempo da pregação e oração todos fazemos. Já ninguém quer padres desses!
ResponderEliminarOs que nao querem mais pregação podem sempre ir ... pregar para outra freguesia, Luis. Os que querem é que nao tem para onde ir.
ResponderEliminar"Para onde iríamos, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna". Mas claro, essas palavras foram ditas antes de sermos 'adultos'.
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