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segunda-feira, fevereiro 08, 2010

O que falta à Igreja é: pobreza, humildade, transparência, Caridade e diálogo.

Na minha opinião, solidamente modesta, o que falta à Igreja é: pobreza, humildade, transparência, Caridade e diálogo.
Todo este trabalho foi iniciado com João XXIII que associava a estas qualidades a qualidade do humor, que esta igreja sisuda e benta não sabe o que é. Paulo VI prosseguiu e João Paulo I, programava uma maior abertura na Igreja ou seja, por em prática as virtudes que acima referi. Infelizmente, já se começa a "assassinar" as crianças no ensino da Catequese - uma seca, diz a maioria.
O "trabalho" que se pede aos pequenos leigos é trabalho de artes manuais: cartazes, pinturas, frases bonitas.
A própria Celebração não é, regra geral, apropriada às crianças ou jovens; não há diálogo, não lhes é dada a importância que eles precisam, essa exclusividade de, mesmo pequenos, se afirmarem na comunidade.
Depois, o que interessa `Igreja com "patrão" é muitas comunhões, crismas, casamentos, e, num entremeio, pedir, mantendo a distância da escada superior do altar ao último banco da assembleia. Temos depois os que uma vez ordenados, fazem os retiros - obrigatórios -, mas não se reciclam. Noto que muitos leigos evoluem mais do que muitos padres e isso é óptimo.
Vivi dois grandes movimentos católicos em Lisboa ("Os novos escolhem Deus" e "Por um Mundo melhor")e encontrava nos desconhecidos ao meu lado a mesma febre, o mesmo empenho, a mesma comunhão.Vivia-se Igreja.
Hoje, e referindo apandemia Mariana, arrastam-se multidões.
Ficaram a saber mais da vida de Maria? Não.
Perceberam melhoros seus sentimentos, dores ou alegrias? Não.
Assimilaram a Sua mensagem que nos foi legada em vida? Não.
Quere-se uma igreja AOS MOLHOS eu, simplesmente, prefiro-A mais vazia.
Fonte: Tukakubana

9 comentários:

  1. O que falta à Igreja é a AUTO-ESTIMA de ser Igreja novamente! Hoje padres sentem vergonha de serem padres (por isso não trajam mais batina nem hábito talar); bispos procuram respostas no ecumenismo, fuçando solos inférteis das outras religiões procurando as "sementes do Verbo" que o Concílio garantiu que estavam plantadas lá. Aqui no Brasil a liturgia tornou-se uma apresentação barata repleta de emocionalismo, sem no entanto conter a evasão dos fiéis para as seitas ditas "neopentecostais"; antes, tal espiritualidade hibridamente "católica-protestante" incentiva a pobre ovelha confusa a buscar o redil dos mercenários.
    A Igreja que Jesus prometeu ser Eterna não rejuvenesceu a partir de João XXIII: ela envelheceu bruscamente, pois apegou-se ao modernismo mundano e agora precisa se reinventar o tempo todo para "acompanhar" o mundo, como ordenou o Concílio.
    Também prefiro a Igreja MAIS VAZIA, pois onde dois ou três estiverem reunidos em nome de Cristo, Ele aí estará. Se as grandes turbas querem uma Igreja que se adapte às suas conveniências mundanas, é bom que a procurem em outro lugar. Paz e Bem.

    Pedro Pelogia
    Santa Cruz do Rio Pardo/SP
    Brasil.

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  2. O que falta à Igreja são mais padres Melícias com reformas miseráveis de 7.000 euros. Isso sim!

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  3. Tornamo-nos em uma organização rica, poderosa e influente. Proferimos palavras bonitas e lógicas, fazemos suntuosas celebrações, novamente voltam-se a usar batinas e casulas belamente adornadas, porém nossa ação religiosa, que antes era motivada pelos ventos do Espírito soprados amorosamente no Concílio Vaticano II, e aqui na América Latina nos Sínodos de Puebla e Medelín, revela-se pouco fraterna e justa com aqueles que dela mais precisam. Nossas catequeses voltam a se tornar formalistas e áridas, cheias de dogmatismo e doutrinarismo, ao passo que vazias de amor e respeito ao próximo. Tanto que o neotradicionalismo que volta a nos invadir vê na ação ecumênica um mal, posto que nos desafia a compreender e acolher aquele que crê e vive sua fé de forma distinta do modo como o fazemos, o que o neoconservadorismo não admite, uma vez que requer que nos desarmemos de nossos preconceitos e saíamos de nossa zona de conforto para encontrarmos nossos irmãos e nossas irmãs que, apesar de professarem outras crenças, são também filhos e filhas do mesmo Deus, que todos cultuamos, que merecem nosso respeito e afeição. A "i"greja que expulsa ou não se importa com o outro que lhe é diverso, não é digna deste nome. Resgatemos nossa dignidade antes que as sombras funestas dos tempos medievais voltem a nos assombrar.

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  4. Respondendo mais uma vez ao título deste artigo, o que falta à Igreja é uma DEFINIÇÃO. A Igreja hoje funciona num "meio a meio", querendo agradar a gregos e troianos, e por fim não agrada a nenhum deles.
    Cristo quer o quente ou o frio: o morno, vomitará!
    Não adianta o clero doutrinar consistentemente os fiéis na catequese, e realizar no altar uma Liturgia antropocêntrica modernista; o contrário é igualmente ineficaz: uma liturgia piedosa e solenizada, e uma catequese relativista. O clero (não digo a Igreja, pois esta é eterna) precisa decidir-se: ou recoloca Deus no centro, tendo o homem que se adequar a Ele e sua Lei, ou coloca o homem no centro adequando a Igreja e o próprio Deus (como se isto fosse possível) ao homem.

    Oh, funestos tempos medievais, QUE FOI O TEMPO EM QUE CHOVEU SANTOS NA IGREJA! Das personalidades severas de Gregório Magno e Ambrósio até os risonhos Francisco, Antonio e Clara! Ai, terrível Idade Média, que povoou o mundo de santos e santas, coisa que a doce modernidade ecumênica não faz...

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  5. Ainda bem que "choveram santos" para apagar um pouco as fogueiras em que muitos homens e mulheres foram queimados devido à intransigência do poder papal sustentado por um dogmatismo e um doutrinarismo pérfidos e desumanos, os quais consideravam como hereges todos aqueles que ousavam discordar da Igreja, como São Giordano Bruno e quase-São Galileu Galilei. Logo, não é uma questão de tirar Deus do centro da vida cristã, mas trazer para junto d'Ele também a pessoa humana (homem e mulher), pois assim o fez o Cristo: estive com fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, estava nu e me vestiste, encontrava-me encarcerado e me visitaste. O que se coloca aqui não é a dessacralização da fé, mas sim a sacralização da vida humana, o ver no outro o rosto de Jesus. Para tanto, a Igreja deve se despir de seu formalismo e abandonar posicionamentos que menosprezam aqueles que lhe são diferentes. Ao invés de querer a todos corrigir com sua moral, urge aplicar essa mesma moral em seu interior, a fim de que, a exemplo do citado São Francisco de Assis (perseguido pela Igreja Medieval), romper com a riqueza e o dinastismo que a impregnam e a maculam, distanciando-a da comunidade humilde e fraterna de irmãos e irmãs cujo testemunho encontramos nos primórdios do cristianismo.

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  6. Luís Montfor24 fevereiro, 2010

    Parte 1: Auto estima e orgulho pela história Medieval? Pois vejamos: ao adotar o estilo de organização do estado romano, os costumes do poder temporal contaminaram os procedimentos cristãos. Vigílio, o embaixador papal, em Constantinopla, era um aristocrata. Tratou de cair nas graças do poder na corte da Imperatriz Teodora, obtendo dela apoio para sua candidatura ao papado. Munido de sacos de dinheiro, oferecidos por Teodora para o suborno, apressou-se a Roma. Mas chegou tarde. O rei Teodato esvaziara qualquer candidatura imperial, forçando a indicação de Silvério(536-537), o filho do Papa Sto. Hormisda(514-523). Vigílio não se conformou com a eleição de Silvério. Em 536, o General Belisário foi escolhido por Justiniano para ser governador de Roma. Antonina, sua mulher era grande amiga e confidente de Teodora. Juntando-se a Vigílio, prendeu o Papa Silvério e o deportou para uma aldeia da Anatólia. O clero elegeu Vigílio como papa (537–595). Silvério foi enviado a um segundo exílio na Ilha de Palmaria, onde viria a morrer, poucos meses depois, de desnutrição. E assim, um papa, filho de papa, foi assassinado por outro papa. A partir de Adriano II(867-872), privado do apoio do império, o papado se converteu em possessão de grandes famílias romanas, uma rampa de acesso ao poder local. Um terço dos papas eleitos entre 872 e 1012 morreu em circunstâncias suspeitas: Estevão VI(896–897) estrangulado; Leão V(939–942) assassinado pelo sucessor Sérgio III(904–911); João X(914–928) asfixiado; Estevão VIII(939-942) horrivelmente mutilado. A maioria destes homens foi levada ao poder pela influência de famílias poderosas. João X, um dos poucos pontífices da época a se opor ao domínio aristocrático, foi destituído e depois assassinado pelos que o haviam indicado. A figura chave, tanto na indicação como na deposição de João X, foi a poderosa matrona Marózia Theophylact. Ela também indicou Leão VI(928) e Estevão VII (918-931) e foi amante de Sérgio III, de quem teve um filho ilegítimo, que viria a ser o Papa João XI, também indicado por ela. O domínio das famílias importantes tornou impossível qualquer verdadeira iniciativa ou consistência papal. Otaviano foi eleito papa com o nome de João XII(955-964) com a idade de dezoito anos. E morreria aos 27 anos, supostamente de ataque quando se achava na cama, nos braços de uma mulher casada. O papa João XIX(1024-1032), filho do Conde de Túsculo, num só dia e graças ao suborno, elevara-se da condição de leigo à de papa. Bonifácio VIII(1294-1303) sucedeu Celestino V, que havia renunciado. Manteve encarcerado seu antecessor (com 85 anos) em condições miseráveis, até sua morte aos noventa anos. Bonifácio era um homem misterioso, soberbo, ambicioso e cruel. Foi ele que declarou o primeiro jubileu em 1300, quando milhares de peregrinos convergiram para Roma, em busca de indulgências, fato que muito contribuiu para aumentar o prestígio do papado e o centralismo espiritual de Roma e para enriquecer as basílicas da cidade. Seus inimigos o acusaram de sodomia, descrita em detalhes em imagens constrangedoras. Inocêncio VIII(1484–1492) fomentou a rebelião em Nápolis e aliou-se à família governante de Florença, os Médici, pelo mero expediente de casar seu filho ilegítimo, Franceschetto, com uma filha de Lorenzo, o Magnífico. Essa nota dinástica converteu-se num verdadeiro concerto no pontificado do sucessor de Inocêncio, Rodrigo Bórgia, o Papa Alexandre VI(1492–1503), pai pelo menos de nove filhos ilegítimos. Considerado atraente pelas mulheres teve uma sucessão de amantes, com as quais vivia às claras. Como Papa, valeu-se, sistematicamente, do casamento dos filhos para selar alianças com uma série de príncipes. Também alienou grandes extensões de terras papais, onde criou ducados independentes para os filhos, inspirando o tratado político, “O Príncipe”, de Maquiavel

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  7. Luís Montfor24 fevereiro, 2010

    Parte 2: Leão X(1513-1521) tinha apenas 37 anos quando foi eleito papa. Em 1517, dominou o colégio de cardeais com 31 novas nomeações. No mundo cristão havia muitas pessoas piedosas revoltadas com estas práticas e já tinham sido muitos os protestos contra o abuso das indulgências. No começo do Século XII, os novos papas passaram a ser coroados com um barrete característico e uma tiara de ouro. Conforme a “Doação de Constantino”, esse barrete ou tiara simbolizava sua senhoria no ocidente. Havia dois poderes de fato, “duas espadas”, a espiritual e a temporal. Para Bernardo [de Claraval], o poder do papado, tratava-se de uma prerrogativa espiritual, não temporal e ele deplorava a pompa e os negócios seculares que cercavam o pontífice. Pedro, disse ele a Eugênio III (1145-1153), jamais saiu em procissão, adornado de jóias e seda, nem se fez coroar com ouro, nem montou um cavalo branco, nem se rodeou de cavaleiros, neste aspecto vós sois sucessores não de Pedro, mas de Constantino. Clemente VII dizia que deveria ser sucedido por Alessandro Farnese. De fato isto ocorreu e ele adotou o nome de Paulo III(1534-1549). Primeiro nobre romano a ser eleito desde Martinho V, Paulo era um claro produto da antiga corrupção. Sua carreira eclesiástica teve um ótimo começo porque sua irmã Giulia fora a última amante de Alexandre VI. Quando cardeal, teve também uma amante que lhe deu quatro filhos. Ademais construiu para si, na Via Giulia, um dos mais luxuosos palácios de Roma, um tesouro de arte e opulência. Seus primeiros cardeais foram seus dois netos adolescentes e subtraiu para os filhos gordos bocados dos estados papais. Júlio II(1550–1555) foi o sucessor de Paulo III, um homem tão mundano como Paulo, mas que não tinha nada de sua grandeza. Indignou até mesmo os romanos, ao promover a cardeal seu amestrador de macacos, um adolescente chamado Innocenzo, depois de fazer com que seu irmão o adotasse. O rapaz, que em nada correspondia ao nome que tinha, fora recolhido nas ruas de Parma. Era evidente que o Papa o adorava e tudo levava a crer que Innocenzo era na verdade seu filho bastardo. Pio IV(1559-1565) era pai de três filhos ilegítimos. Sua carreira de funcionário papal deslanchou quando seu irmão se casou com uma parente de Paulo III. Em sendo Papa, ele mesmo foi um pródigo benfeitor de seus numerosos parentes. Gregório XIII(1572- 1585), ex-professor de direito, fez de seu filho bastardo governador de Castel San`Ângelo. Sabemos que Jesus Cristo e Pedro não tinham nem onde reclinar a cabeça e não fizeram nenhuma aliança com os poderes políticos e religiosos de seu tempo. No entanto, há aqueles que aqui escrevem e que desejam que a Igreja recupere sua auto-estima e retorne aos “santos” tempos medievais, os quais, de bom mesmo, produziram poucos como Francisco de Assis, cuja proposta de Igreja fundada em uma comunidade simples e fraterna foi repelida pelos “santos” de Roma. Igreja: finque os pés no chão da realidade de seu tempo, se faça humilde e responda aos anseios dos pequenos deste mundo. O passado medieval que fique, de vez, no esquecimento.

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  8. Ao sr. Luís Montfor: sua opinião sobre a Idade Média, além de obscura, é extremamente limitada, prezado senhor. O Medievo não se limitou à Corte Papal, nem aos limites urbanos de Roma. O período medieval assinalou o crescimento da Igreja de Cristo e sua expansão pelo território europeu, africano e asiático que, justamente por isso, foi chamado de CRISTANDADE.

    Você descreveu com tintas bem vivas (mas nem tanto) as depravações sexuais-financeiras de alguns papas e da triste corte dos lombardos e da Família Teofilato, que negociava a Coroa Papal do século IX. O sr. pulou a profunda reforma moral na Igreja e no clero feita por Gregório VII (Hildebrando) no século seguinte. O sr. citou com proposital exagero a venda das indulgências - uma mentira fenomenal dos "estoriadores" pós-iluministas, visto que jamais houve venda de indulgências, mas CONCESSÃO DE INDULGÊNCIAS aos nobres e cidadãos que contribuíram para a construção da Basílica de São Pedro. Quem desse dinheiro para a obra pontifícia, recebia a indulgência, mas a Reforma rebelde e mais tarde a "estoriografia" iluminista-marxista transformaram isso em açoite para fustigar a Igreja.

    Não basta um artigo num blogue para falar do legado medieval à Igreja e à humanidade. Nem uma biblioteca bastaria. A "Igreja medieval" inventou a escola, a universidade (jamais os gregos), a difusão do saber (na academia grega os discípulos eram vinculados a juramento de morte para não "espalharem" o conhecimento), o sistema público de saúde (as Santas Casas, os leprosários, os asilos), o sistema judiciário (a Inquisição) e mais do que tudo a CARIDADE para com os pequenos, os pobres, os inválidos, que no paganismo eram desprezados ou mortos.
    Hoje, quando detectados pelos modernos aparelhos de ultrassom no útero materno, são MORTOS imediatamente...

    Lendo atentamente seu douto "post", vendo seu bombardeio aéreo contra a História da Santa Igreja, o sr. faz vôo rasante sobre o Concílio de Trento (a Contra-Reforma Católica) e sobre as majestosas figuras de Paulo IV e São Pio V, que acataram 41 das 95 sugestões do heresiarca Lutero e reformaram a disciplina do clero, a Liturgia (no espírito da Tradição, evidentemente!) e o Catecismo. Não quis o Sacrossanto Concílio de Trento AGRADAR a nova religião inventada na Alemanha nem aos PODERES POLÍTICOS dos Principados que a sustentavam, no entanto. Reafirmaram a identidade católica (hoje posta em cheque), mantiveram a Inquisição e condenaram mais uma vez a falaciosa "liberdade religiosa".

    Já no conciliábulo de Paulo VI, Hahner e Bugnini, o clero moderno preferiu amarrar a Igreja ao MUNDO, e o resultado disso foi o seu declínio: a queda nas vocações, a diminuição dos fiéis, a expansão das seitas.
    João XXIII disse que estava "abrindo a janela para o ar fresco do mundo". O Fundador desta Igreja dissera: "O meu Reino NÃO É DESTE MUNDO"...

    Sem dúvida, o clero dos tempos de antanho era briguento, barulhento, ignorante, mandão e folclórico, mas conseguiu manter intacto o Depositum Fidei desde a época dos Apóstolos. Um Alexandre VI adúltero, promíscuo, manipulador e arrogante já ajustou as contas com Deus pelos suas infrações ao 6º Mandamento, mas ele não foi pior que um Papa Paulo VI celibatário e jejuador, que jogou a Igreja numa tremenda crise jamais vista antes.

    Igreja: finque os pés no chão, contemplando as coisas santas no alto, pois só assim se farão santos! Reafirme-se como a única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo, assim como o próprio Cristo afirmou ser Deus diante dos embasbacados fariseus. Não seja uma Igreja "de pobres", seja uma IGREJA DE TODOS, pois sempre haverão pobres e ricos. Assim, este tempo de trevas em que vivemos, tempo em que se discute se é lícito matar a criatura no ventre materno, passará como passa um dia nublado. Salve Maria!

    Pedro Pelogia
    Santa Cruz do Rio Pardo/SP, Brasil.

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  9. Pedro Pelogia07 março, 2010

    Ao Sr. Júnior:

    Pelas estórias acima, imaginam as mentes mais desapegadas da história com H que no período medieval houve uma fogueira em cada esquina da Europa! Este ódio do passado e da tradição católicas obscurece de tal forma o entendimento que os entusiastas da era moderna (esta sim, uma época de trevas onde pontificam a ONU e os Illuminatti) não podem conceber que a Inquisição católica gestou, entre outros benefícios, o sistema jurídico que opera hoje no Estado Democrático de Direito. O bom mesmo seria estudar o tema "Inquisição" através de bons livros (isto é, descomprometidos com ideologias esquerdizantes) e documentação da época, pois a maioria das pessoas estudam a Inquisição através de Hollywood. Pensam que a Inquisição católica foi aquela retratada nos filmes, em que o acusado depois de cinco perguntas no tribunal já era conduzido à masmorra e torturado, e na manhã seguinte queimado. Um processo inquisitorial não era coisa assim tão simples: era mais burocrático que prático, e tramitava por ANOS, como se arrastou o processo de Galileu Galilei, que "chutou" a teoria heliocêntrica para impor sua pretensa superioridade intelectual sobre Tycho-Brahe, Copérnico e Kepler, sem no entanto conseguir provar o que defendia. A Santa Inquisição procedeu com Galileu da mesma maneira como procedia com todo espertinho que tinha idéias "novas" e corria a espalhá-las em atitude de auto-glorificação: DESAFIOU-O intelectualmente. São Roberto Belarmino, inquisidor no caso, encarnava o saber científico da época e fez com que Galileu retrocedesse por vergonhosa falta de argumentos. Há que se lembrar também que Galileu negava que a Terra girava em torno de si mesma, o que ficou provado posteriormente: não acreditava no movimento de Rotação da Terra, defendido e ensinado pelos "obscuros" educadores jesuítas! A teoria heliocêntrica também não é absolutamente verdadeira, pois Galileu afirmou que o Sol é o centro do universo. Ora, o universo físico não tem centro...

    A "sacralização da vida humana" é um problema gnóstico. Nem mesmo as sandálias de Moisés foram sacralizadas: ele teve que descalçá-las para pisar a "terra sagrada" ao redor da sarça ardente. O Concílio Vaticano II amaziou a fé católica com a Gnose e o panteísmo decorrente da mesma. Assim, tudo passou a ser "sagrado", até mesmo os shows que se realizam no altar e as músicas irreverentes que o embalam passaram a ser "sacros".

    São Francisco de Assis perseguido pela "Igreja medieval"? De onde foi tirado tal absurdo? Penso que do texto onde consta que Giordano Bruno e Galileu são "santos"... Nem São Francisco, nem Clara de Assis, nem Domingos de Gusmão, nem nenhuma das ordens mendicantes jamais criticou a "riqueza" da Igreja Romana. Para eles a pobreza foi uma opção, e viveram verdadeiramente a "pobreza do Evangelho" para o crescimento espiritual, não a pobreza herética dos "spiritualli" (um cisma corrupto dentro da Ordem Franciscana) e nem a pobreza herética dos teólogos filocomunistas latino-americanos da tal "Teologia da Libertação".
    Quanto a Igreja ter que "abandonar posicionamentos que menosprezam aqueles que lhes são diferentes" é algo muito amplo. A Igreja não tem posicionamentos - tem a verdade legada pelos ensinamentos de Cristo. Acaso o cidadão almeja que a Igreja passe a aceitar as "verdades" dos pagãos e dos não-batizados, relativizando a fé? Quem detém a verdade e quem é o único Caminho, Verdade e Vida? Cristo ou Maomé? Cristo ou Buda? Cristo ou Shamkaryacharya?
    É por isso que os fariseus quiseram a morte de Jesus: Ele não foi ecumênico! Este Jesus teve a "petulância" de proclamar-se o ÚNICO CAMINHO, VERDADE E VIDA, e não deu espaço para interpretações. Que Jesus intolerante, meu Deus!
    Os fariseus modernos novamente não aceitam a Jesus como Senhor e Salvador exclusivo, assim como os fariseus de Israel daquele tempo.

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