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quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Nota Pastoral sobre o casamento (CEP): “Para casos diferentes, soluções diferentes”

“A Igreja deve manter que a família e o casamento são instituições que não são substituíveis por outro tipo de associação”.

“Mais do que falar do casamento entre pessoas do mesmo sexo, fala em proteger a família e o casamento”.

“A Igreja acolhe no seu seio todas as pessoas”, incluindo os homossexuais, e condena “toda a discriminação”. “A família não é aquilo que nós queremos que seja”, porque é “constituída pela união de amor entre um homem e uma mulher”.

“Qualquer outro tipo de união ou de associação terá o seu enquadramento legal”, mas não como “alternativas” que possam ser "equiparadas" à família tradicional ou ao casamento.

“Para casos diferentes, soluções diferentes”.

“Podem ser certamente pessoas de um coração extremamente bondoso”, mas “não têm condições básicas para acolher uma criança que com o crescimento verificará em que ‘família’ e ‘casamento’ se encontra”.

“Mais do que manifestar-nos contra, manifestamo-nos a favor da genuína família que não pode ser senão heterossexual”.

Porque é que os políticos insistem num tema que irá "dividir os portugueses", num momento de crise em que existem "outras prioridades".

O Estado “certamente poderá encontrar o esquema legal que achar, mas não em detrimento da família e do casamento”.

“Quem propõe isto não quer ameaçar ninguém, mas é uma falácia, é um engano. É acenar com uma bandeira facilitista”.

“Não sei se de direita ou de esquerda, mas acho que de vanguarda desfocada e que leva para um caminho errado, antropologicamente errado”.
“O que estamos a dizer às gerações que estão atrás de nós?
Que sejam o que quiserem?
Que escolham num menu de identidades aquilo que querem ser?”.
Fonte: Agencia ecclesia

3 comentários:

  1. “O que estamos a dizer às gerações que estão atrás de nós?"

    Esta pergunta deveriam os Senhores Bispos fazer a si mesmos de si mesmos e da sua acção pastoral no presente...

    Que Igreja estão a querer construir??

    “Mais do que manifestar-nos contra, manifestamo-nos a favor da genuína família que não pode ser senão heterossexual”...

    Quem falou em família??
    Nós - EU QUE SOU CATÓLICO E HOMOSSEXUAL - só queremos o direito a ter os mesmos DIREITOS SOCIAIS que têm qualquer outro Cidadão português e num mundo civilizado.

    O ESTADO não é guardião de uma qualquer moral ou concepção antropológica com fundamentos religiosos... o ESTADO é e deve ser LAICO, ou seja, tratar todos os Cidadãos de igual para igual, sem qualquer discriminação por razões de género, raça, opção política ou orientação sexual...

    “A Igreja acolhe no seu seio todas as pessoas”, incluindo os homossexuais, e condena “toda a discriminação”.

    MENTIRA!!!
    A IGREJA discrima.
    Senão:
    - Porque é que os Homens que apresentam uma orientação sexual 'desordenada', dizem os documentos romanos, NÃO PODEM ser Padres??
    - Porque é que um jovem que esteja no Seminário e seja indiciado por ser Homossexual é 'convidado a sair'??
    - Porque é que um PADRE que seja 'descoberto' por ser homossexual é 'aconselhado' a sair, ou pelo menos, a 'curar-se'??

    A IGREJA em Portugal prepara-se para instaurar um clima de PERSEGUIÇÃO moral aos Homossexuais...
    Só lamento que aqueles que mais poderiam contribuir para um verdadeiro 'aggiornamento' da Hierarquia nesta questão, vão PACTUAR silenciosamente com esta 'caça às bruxas': os PADRES E OS BISPOS DE HOJE QUE TAMBÉM SÃO HOMOSSEXUAIS!!

    Pergunto-vos:
    Que Igreja querem deixar para as gerações vindouras??

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  2. Pois é, meu caro, mas a considerarmos os textos da Bíblia como sendo sagrados, i.é, expressão da vontade de Deus, ou expurgamos deles aquilo que nos incomoda, negando essa vontade expressa, ou somos forçados a não os considerar sagrados, passando a interpretá-los à luz da evolução dos tempos. Porque assim está escrito:
    "O homem que se deita com outro homem como se fosse uma mulher, ambos cometeram uma abominação..." (Levítico, 20,13).

    Pessoalmente, nada me incomoda na homossexualidade e tenho amigos e amigas com essa orientação, embora alguns tentem "não ser praticantes" ("Há os que se fazem a si mesmos eunucos por amor do Pai", como disse o Mestre).
    Mas nada pode impedir a Igreja de dar orientações aos seus membros de acordo com os princípios doutrinais em que se baseia.
    Agora, quem quer segue, quem não quer... pensará duas vezes.

    Concordo consigo: o Estado deve ser laico e não discriminar os cidadãos em função do género, raça, religião ou orientação sexual - está na Constituição. E o casamento (palavra relacionada com "acasalamento", o que pressupõe união macho-fêmea) poderá ser um simples acto civil.
    Mais uma vez acho que aqui se trata de "dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".

    LMA

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  3. Primeira visita a este blog.
    Cheguei aqui pelo blog "Confessionário dum Padre" e dou por bem empregue a minha curiosidade.

    Permitam-me expôr uma parte da minha opinião sobre o assunto do post, sob a forma de pequenas conclusões.

    1.Sou uma pessoa religiosa, mediadamente culto, tradicionalmente baptizado, autodidacta e racional.
    2. Não concordo com a orientação da Igreja Católica Romana em numerosas questões, por considerar que lhes faltam fundamentos que as legitimem.
    3. Sou heterosexual, não discrimino os homosexuais, nem discrimino crentes de outras religiões.
    4. Não concordo com a posição da Igreja no tocante aos homosexuais, não pelos motivos apresentados no comentário anterior, mas pelo facto, para mim sem dúvida um ponto de ruptura, de a Igreja não abdicar do celibato dos padres.

    Acredito que a Igreja, esta ou qualquer outra, é aquilo que os crentes quiserem que ela seja. Isto não significa voltar a adorar bezerros de ouro ou orgias romanas. Significa sim que o espírito humano alimenta-se de respostas, para as quais se apressa a construir novas perguntas.
    A Igreja actual está refém de um pensamento medieval, onde assumia o papel, muito merecido, de lanterna na escuridão.
    Neste século XXI, a claridade dos dias ofusca o brilho amarelado da lanterna da Igreja.
    Mais, a realidade é mais perceptível e lógica pela claridade dos dias actuais do que pelo amarelado da luz da lanterna, que distorce as cores e formas.

    Não há nada de errado no facto da Igreja ser a lanterna no meio da escuridão. Mas neste presente, a Igreja terá que substituir a sua velha lanterna de azeite por outra, mais actual, que projecte mais e melhor luz sobre a escuridão.

    Obrigado.
    O comentário saiu-me mais longo do que esperava.

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