A Igreja portuguesa está a perder uma média de 54 padres por ano. Nas últimas três décadas, morreram 2474 sacerdotes e ordenaram-se apenas 1097. Juntando aos que faleceram os cerca de 140 que, desde 1980, desistiram do ministério sacerdotal, verifica-se que há hoje em Portugal menos 1517 padres do que há 30 anos.
"É algo que nos preocupa e que vai exigir muito das nossas forças. O facto de não se conseguir o chamado ‘ritmo de substituição’, ou seja, de os que morrem serem mais de o dobro dos que se ordenam, está a causar-nos problemas, que se vão agravando com o correr dos anos", disse D. Jorge Ortiga.
E o problema é que, para além do clero português estar bastante envelhecido, com uma média etária próxima dos 60 anos, as matrículas de alunos nos seminários têm decrescido muito nos últimos anos.
"É algo que nos preocupa e que vai exigir muito das nossas forças. O facto de não se conseguir o chamado ‘ritmo de substituição’, ou seja, de os que morrem serem mais de o dobro dos que se ordenam, está a causar-nos problemas, que se vão agravando com o correr dos anos", disse D. Jorge Ortiga.
E o problema é que, para além do clero português estar bastante envelhecido, com uma média etária próxima dos 60 anos, as matrículas de alunos nos seminários têm decrescido muito nos últimos anos.
Na abertura da Semana das Vocações, o reitor do seminário de Braga, padre Vítor Novais, diz que "a descristianização, o ambiente das famílias e as solicitações exteriores não são favoráveis à ida para o seminário".
D. António Vitalino, bispo de Beja, diz que a Igreja, "que já teve fartura de padres, tem de se habituar a viver na dificuldade, porque não se prevê que os próximos anos tragam boas novas na área das vocações".
D. António Vitalino, bispo de Beja, diz que a Igreja, "que já teve fartura de padres, tem de se habituar a viver na dificuldade, porque não se prevê que os próximos anos tragam boas novas na área das vocações".
Fonte: Secundino Cunha in Correio da Manhã
As crises, ao longo da história, foram sempre muito enriquecedoras. Foi quando o a Igreja mais se refontalizou, foram momentos purificadores. Porque não ver aí a acção do Espirito Santo? Pode não ser mau haver menos padres... desde que não se continue a procurar e a pensar a Igreja com os esquemas antigos... talvez seja o momento para dar importância ao essencial porque já não existem padres para o secundário...
Nada tenho contra os Diáconos permanentes, antes pelo contrário. Mas deixo uma questão: não será que agora estamos a apostar neles porque faltam sacerdotes? Não será uma maneira de adiar a questões?!!!
A aposta nos diáconos permanentes, como sucedâneo dos presbíteros vai criar problemas de identidade e missão nos diáconos e nos presbíteros. A maioria dos cristãos não distingue um diácono de um padre. Os diáconos não não padres em miniatura ou um rebuçado que se dá às comunidades na falta de melhor.
ResponderEliminarEu,pessoalmente, estou convicto que haverá da parte do Vaticano o reforço da identidade do presbítero, um último suspiro, para um paradigma de Igreja que já não funciona. O reforço passará por "obrigar" os sacerdotes ao uso do cabeção e limitar os "movimentos" dos leigos. A ver vamos...
Nem a falta de emprego que se vê resolve o problema.
ResponderEliminarIsto dá que pensar...
E menos não sei quantas crianças e jovens em relação aos séculos passados.
ResponderEliminarO problema da falta de padres não se prende apenas com a crise de vocações.
É também um problema conjuntural de outra ordem: tem a ver com a descida da natalidade da época actual.
Logo, se há menos crianças e jovens (até nas Escolas se nota, porisso, muitas Básicas têm fechado), logo também haverá menos jovens nos Seminários, menos padres. Certo?
A única forma de se ajuizar, correctamente, se há ou não crise de vocações, é fazer as contas em termos de percentagem: em 100, quantos vão agora e quantos iam há um século.