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domingo, agosto 24, 2008

Metade dos casamentos terminam com divórcio

Geração canguru: contraem matrimónio mais tarde e separam-se mais rapidamente

O presidente da República vetou esta semana a nova Lei do Divórcio. A sociedade ficou em polvorosa. A geração que já tem idade legal para casar, opta ou por não o fazer, ou por adiar o compromisso. Mas há em Portugal quem se case e quem se divorcie ainda antes dos 30 anos.

Quase um em cada dois casamentos celebrados em Portugal resultam em divórcio (!!!). Assim ditam os números disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e referentes a 2006, ano em que se celebraram 23.935 divórcios.

No resto dos 26 países da União Europeia (UE), as taxas não são mais animadoras: todos os anos há 170 mil divórcios, um total de 340 mil cidadãos comunitários divorciados. 20% são divórcios entre casais formados por pessoas de nacionalidades diferentes, sendo a legislação distinta nos vários países comunitários e não havendo muitas vezes um consenso nestas disputas.

A média da duração destas uniões é actualmente de 14 anos e meio. Para a psicóloga Ana Queiroz, "antigamente havia menos divórcios, porque havia dependência económica. Também no pós- 25 de Abril houve um 'boom' de divórcios, porque passaram a ser reconhecidos", contextualiza.

Mas são cada vez mais os que se afastam desta média e que estão casados por muito menos tempo. Alguns apenas durante uns meses. Este fenómeno é recorrente na chamada geração canguru, uma faixa etária situada entre os 25 e os 35 anos, nascidos nas décadas de 70 e 80, e que, ao contrário dos seus pais, pretendem prolongar ao máximo a estadia em casa dos progenitores e adiar a vida adulta.

Esta é aliás uma das causas do divórcio: "Há um erro educacional, o facto da adolescência ser altamente prolongada contamina todo o processo para a frente. Consequentemente, à primeira contrariedade, separam-se".

Segundo o padre Borga, o número de divórcios é "uma surpresa para a Igreja, mas um sinal da sociedade actual e uma ameaça ao núcleo estruturante de uma sociedade: a família".

A facilidade com que se pode pedir o divórcio pode encerrar alguns perigos. Actualmente um divórcio simples (sem bens ou filhos) e por mútuo consentimento pode ser iniciado através da internet, num processo que demora entre quatro a 20 minutos.

Os danos colaterais do divórcio não se limitam a factores emocionais. Um terço do crédito malparado em Portugal corresponde a dívidas relacionadas com divórcios, num total de 800 milhões de euros incobráveis.

"Há um grande abismo entre o 'esta è a minha cruz' que as avós aguentavam e o 'eu não estou para aturar isto' das netas" , denuncia Ana Queiroz. O padre Borga também concorda que " há muitas pessoas que formalizam a relação e se comprometem com coisas para as quais não estão preparadas". Queiroz chama-lhe "a pressão: quem não casa até aos 30/35 tem defeito, logo, o melhor é casar rápido e estas coisas nunca costumam dar bons resultados".

A Igreja Católica tem adoptado uma nova postura: "As pessoas, por serem divorciadas, não são excomungadas. Há lugar para elas. Aliás, a religião e a fé ajudam nestes processos violentos. Os ricos dão-se ao luxo de ir aos psicólogos, os pobres vêm falar com o padre".

O sofrimento da destruição conjugal é agravado socialmente: "A mulher divorciada é rejeitada, está sozinha e carente, é uma ameaça para a mulher casada. O homem divorciado é um coitado, toda a gente o convida para jantar".
CATARINA FERREIRA in JN.
Ainda quer facilitar o divórcio...
Alguns gostam de estar sempre à frente na asneira... em vez de reflectirem nestes números e nesta realidade, em vez de defenderem os que continuam casados e querem estar casados, procuram incentivá-los a divorciá-los... O que é que o Estado tem feito pelas famílias?!!!
O facilitismo será a solução?

10 comentários:

  1. Como?! "A mulher divorciada é rejeitada, está sozinha e carente, é uma ameaça para a mulher casada. O homem divorciado é um coitado, toda a gente o convida para jantar".

    Tenho várias colegas divorciadas e não vejo nada disto. Ameça a casamento só se este não estiver bem. Tanto faz casadas, solteiras, divorciadas ou viúvas pode acontecer. Tudo depende da formaçãop moral de cada um.

    Sou solteira, sossegada, de bem com a vida e sem que imaginasse ou tivesse feito para, o marido duma amiga de infância achou que eu poderia ser uma bela companhia. Fiquei para morrer!!!

    O pessoal tem é que parar para pensar e reformular a forma atrapalhada como tomam decisões fundamentais.

    Namorem em vez de andarem às compras!!!

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  2. Já agora, conheço mais gente casada só e coitada (para usar a palavra) do que solteiros(as)

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  3. Tudo depende do ponto de vista em que cada um se insere, em uma das duas situações: para um ateu, uma vez que a Bíblia não faz sentido, porque para eles Deus não existe, o casamento deve existir enquanto não for uma tortura. A partir daí, têm todo o direito de se separarem.
    Para um crente, os ditames do Evangelho, quanto a essa matéria, deviam ser sagrados, mas a maioria casa inconscientemente e o que dizem no momento da cerimónia é letra morta no dia-a-dia.

    Apesar disto, ter Fé não nos impede de deixarmos de ter Esperança - que pode bem morrer mesmo enquanto há vida.
    Viver num Inferno à espera que Deus me recompense? Eu só conheço este Mundo e nada sei quanto ao Outro, do qual ninguém me garante que não vá, na mesma, parar ao Inferno.
    Assim, vou fugindo dos Infernos desta vida, como o Diabo foge da Cruz.

    Quanto a agilizar os procedimentos do divórcio, até acho bem, desde que devidamente assegurado o bem-estar dos filhos que, a mais das vezes, são um joguete e uma bola de ping-pong, para aqueles casais que levam uma eternidade a divorciarem-se, porque pretendem sómente vingar-se e degladiarem-se um ao outro.

    Enquanto a mulher foi submissa, espezinhada e mártir do homem machista, a Igreja nunca se preocupou em abrir as páginas do Evangelho e fazer entrar pelos ohos dentro do homem, que a mulher é tão digna perante Deus como ele, que o respeito e a dignidade devem ser recíprocos e que, no que toca à fidelidade, não só é a mulher infiel que é adúltera, mas também o homem infiel (quase todos ou todos o são) é adúltero e reprovável a Deus.

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  4. Mesquinho é o cativeiro de um amor mortal.

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  5. Casamentos bem sucedidos são os dos padres, não vi até hoje um só divorciado.
    Pena que sejam estes seres assexuados que querem fazer dançar todos a sua velha musica.
    Atualizem-se porra! mais vale uma mulher divosciada feliz que casada a aturar um ditadorseco só para seguir os preceitos de quem é retrógrado e contra o casamento, contra o casamento sim, pois recusam-se a casar e vêm ditar regras acerca daquilo que não sabem nem conhecem por experiência.
    As pessoas também se fartam das nossas petulâncias sabiam?

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  6. I beg your pardon?! Seres assexuados?!

    Desculpe lá mas deve andar distraída! É que para se ser padre não é preciso andar de batina e mesmo muitos desses não me parece andarem sem dar umas quecas!

    Desculpe padre irrequieto mas é o que eu acho e acho que fazem muito bem! Continuem para bingo e não se esqueçam de serem sempre uns cavalheiros s.f.f.!

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  7. Realmente, cego é quem não quer ver...
    É um artigo do Jornal de Noticias, não tem nada a ver com a Igreja ou com os padres...
    É um artigo que põe a nu o futuro da sociedade (50 % divorciam-se), da chamada geração de canguru, avessa compromissos livremente assumidos...
    E se reparem nos testemunhos apresentados pelo JN o divórcio não traz necessariamente a felicidade... Quem se preocupa com aquele que não se quer divorciar e com a sua felicidade...
    Será o divórcio a solução para todos os casos ou mais um problema a acrescentar a todos os outros problemas?

    Quanto aos padres... que pena as pessoas manifestarem tanta ignorância e ódio... Já agora na Igreja Católica de rito Oriental há padres casados... Eles então poderão falar do assunto ou não?
    Os padres não podem falar dos casamentos nem dos casais, mas os ateus, os divorciados, os casais já podem falar da vida dos padres?!!!
    Haja paciência...

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  8. Não sei o que é que o facilitismo está a fazer neste texto. Não podemos dizer que o divórcio é uma situação de facilitismo. Permanecer num casamento onde já não existe compromisso é muito mais. Todos os casamentos são vividos em verdade? Ou como em tantas coisas na vida o que importa é a imagem que se dá?

    Seria mais correcto dizer que se deve viver em verdade - seja como casado, solteiro, separado, divorciado, celibatário. Seria esse o discurso que eu gostava de ouvir da parte da Igreja.
    Tudo o resto é poeira para os olhos. Expõem-se, dessa forma, a alguns comentários que já aqui escreveram.

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  9. A culpa é da pílula! Começam a tomar antes de conhecerem o moço, depois mudam de marca e mudam de rapaz.

    Estão a ver porque a Igreja sempre se opôs à pastilha?! A Igreja sabe muito, aos pouquitos a ciência vai-lhes dando razão!

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  10. É triste que os umanos façam vida de animais não se respeitem a eles proprios nos divorcios que sofre são as crianças os adultos estão sempre no bem bom os filhos de divorciados uma grade maioria viram drogados depois da droga vem a prostituição o robo pais sofram tambem um bucadinho sejam submissos um ao outro para bem dos vossos filhos que quando adultos compreendem muitas situaçõs mas em criança os vossos actos menos refletidos são elas que sofrem.

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