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domingo, abril 30, 2006

Fraternitas quer ser uma consciência crítica da Igreja Existem em Portugal cerca 600 padres dispensados do ministério ordenado

“Queremos ser uma consciência crítica de tudo o que nós fazemos e em Igreja se faz” mas “não uma consciência contestatária” – disse Vasco Fernandes, presidente do movimento Fraternitas.
O XIII encontro deste movimento de padres dispensados do ministério pretende ajudar os participantes (cerca de seis dezenas) a reflectir sobre a “relação entre Fraternitas e Igreja institucional” e “Que movimento queremos ser?” – sublinhou este responsável. E adianta: “sem agressividade queremos assumir um papel crítico sobre aquilo que nós e os nossos irmãos fazemos”.
Fundado há 10 anos pelo Con. Filipe Figueiredo, o presidente do Fraternitas referiu que “muitos de nós não nos sentimos desaproveitados”. Apesar de alguns “não estarem bem inseridos” porque “temos bispos que estão mais reticentes quanto ao nosso papel” – adiantou.
Existem em Portugal cerca de 600 padres dispensados do ministério.
A Associação Fraternitas é constituída por padres dispensados do ministério sacerdotal e conta, actualmente, com cerca de 100 sócios. José Sampaio Ferreira é um dos membros desta associação e recordou os tempos da sua juventude: “quando era criança tinha de ir à missa ao Domingo senão era pecado mortal”. O medo desapareceu e os que vão é porque querem encontrar-se “com Deus e com os irmãos”. Apesar deste encontro é “muito triste estarmos na igreja e não nos interessarmos por quem está ao lado”. E adianta: “não há comunhão”.
Aos membros da Associação Fraternitas foi pedido para que exerçam “o seu ministério de cristãos” e que saibam “ler os acontecimentos e factos de hoje” – disse José Sampaio.
Em relação ao papel da mulher na Igreja, este elemento da direcção da Fraternitas sublinhou que as “mulheres não podem estar num plano secundário”. E exemplifica: “tanto na Universidade como noutras actividades elas dominam”. Portanto, as mulheres podem “ser testemunhas vivas do cristianismo autêntico” e “não há direito nenhum de serem colocadas de lado”. Como padre casado, José Sampaio considera que esta realidade “está melhor” porque “a Fraternitas contribuiu para isso”. Mas recorda acontecimentos passados: as nossas mulheres quando resolveram “casar connosco eram estupores” porque “desencaminharam os padres”. A situação melhorou mas ainda “existem alguns que acham que nós somos uns falhados”.
Algumas paróquias aproveitam os padres dispensados do seu ministério sacerdotal mas – lamenta José Sampaio – “não há razão de ordenarem diáconos permanentes à pressa e ponham de lado o potencial imenso que têm em nós”.
Fonte: Ecclesia
O que achas da ideia de aproveitar os padres dispensados do seu ministério sacerdotal?

8 comentários:

  1. Penso que dependerá das pessoas envolvidas e da sua vontade de participar. Conheço casos de sacerdotes nessas condiçöes que säo elementos fundamentais nas suas comunidades.Parece-me normal e desejável que essa integraçäo se faça.

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  2. Bem...nem se pergunta, se devem ou não ser aproveitados...eu acho que nunca deviam ter sido dispensados!!!
    Que me desculpe quem não estiver de acordo, mas acho uma aberração, esta dos sacerdotes católicos não puderem escolher, como querem fazer a sua vida pessoal...
    São seres hiumanos iguais a todos, com as mesmas necessidades e carências, como todos nós, porque razão têm que viver numa obrigação, que ninguém sabe, se JESUS CRISTO, alguma vez os teria obrigado a levar esta vida de abstinência?!
    Acho uma afronta à estabilidade emocional, um sacerdote não ter o direito de escolha...ainda bem que este movimento está em marcha...
    Que os senhores da IGREJA...saibam aproveitar esta gente de bem, que com as suas familias bonitas podem dar um testemunho muito mais veridico, do que aqueles, que nunca constituiram um lar...
    Bem vindos sejam, com as suas respectivas mulheres, que também darão concerteza o seu grande contributo!

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  3. Acho que todos, homens e mulheres estamos bem conscientes que isto é um verdadeiro "pecado"! Diria mesmo uma aberração, em pleno sec.XXI manter homens e mulheres nestes dramas.
    Todos temos direitos e os sacerdotes não deviam ser excepção e as mulheres também não.

    Enfim! Manda quem pode e obedece quem continua a ter coragem...

    Claro que não estou de acordo com o estado das coisas e acho as interrogações do post são muito pertinentes, pois nunca deveriam ter sido excluidos.

    São diferentes dos das outras Igrejas que são casados e com filhos?
    Porquê isto a não ser para salvaguardar o património da Igreja?

    A castidade(???) traz algum valor espiritual acrescentado???

    Um homem ou uma mulher realizada em todos os campos não será muito mais feliz e portanto mais apto a compreender melhor os demais?

    Desculpem lá as minhas interrogações, pois entrei hoje por aqui a dentro e vi a discussão desta situação que sempre me confundiu e com a qual nunca estive de acordo.

    Abraço a todos,

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  4. Questões importantes e pertinentes, com pouco espaço para serem respondidas aqui.
    Eu acho simplesmente que na Igreja há lugar para todos, mas também não podemos todos ocupar o mesmo lugar.
    Respeitando esta máxima todos teremos a ganhar com a inclusão e a perder com a exclusão. Mas isso pode dizer-se de tantas outras situações como divorciados casados, por exemplo.
    Felismente a misericórdia de Deus é infinita. Por enquanto a nossa...
    Um abraço

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  5. Concordo, aliás conheço padres que não são casados mas tem muito menos vocação do que aqueles que por amor deixaram o sacerdócio e casaram: a minha questão "qual é o problema de serem casados?" Amam menos Deus? Tem menos tempo para as comunidades? Que dizer dos leigos que são casados, com filhos, empregados, catequistas, menbros do grupo A ou B ,resposáveis disto ou daquilo da Igreja...

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  6. Prece-me bem!
    Afinal continuamos todos unidos pela edificação do Reino de Deus!

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  7. Acho que é um desperdício e uma injustiça a Igreja agir para com estes homens como tem feito. Sei que não é fácil manter um celibato obrigatório e ao mesmo tempo reintegrar estes padres casados no seu ministério mas também não vejo qualquer esforço em aproveitá-los.
    Conheço alguns e sei do que falo.

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  8. Nem a abarriga é de dez semanas nem o feto é de dez semanas.
    pelo menso catorze...
    Que demagogia!

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