Falando na Missa “in Coena Domini” de Quinta-feira Santa, na Basílica de São João de Latrão, o Papa explicou a passagem do Evangelho de João em que Jesus diz: “Vós estais limpos, mas não todos”. Segundo o Papa, esta passagem aponta para “o obscuro mistério da recusa, que com a experiência de Judas se torna presente e que, na Quinta-feira Santa, dia em que o Senhor faz dom de si mesmo, nos deve fazer reflectir”.
“O amor do Senhor não tem limites, mas o homem pode colocar-lhe um limite”, apontou.
Para Bento XVI, aquilo que torna o homem “imundo” é a recusa do amor, “não querer ser amado e não amar”. “A soberba de quem crê não ter necessidade de nenhuma purificação fecha-o à bondade salvadora de Deus. Esta soberba não quer confessar nem reconhecer que temos necessidade de purificação”, referiu.
Assim, prosseguiu o Papa, “em Judas vemos a natureza desta recusa ainda mais claramente”. “Ele (Judas) julga Jesus segundo as categorias do poder e do sucesso: para ele, só o poder e o sucesso são realidade, o amor não conta. E ele é avarento: o dinheiro é mais importante do que a comunhão com Jesus, mais importante do que Deus e o seu amor”, precisou.
Bento XVI considera que Judas acaba por fazer “jogo duplo, rompendo com a verdade” e perdendo o sentido da “verdade suprema”, de Deus.
“Desta maneira, ele (Judas) endurece-se, torna-se incapaz da conversão, do confiante regresso do filho pródigo, e fica com a vida destruída”, concluiu.
O que achas da polémica gerada á volta do EVANGELHO DE JUDAS?
Tive a oportunidade de ver o documentário da National Geographic. Doloroso foi saber que o manuscrito esteve guardado anos e anos no cofre de um banco sem os necessários cuidados de acondicionamento, o que ia originando a sua destruição total. Quando a ganância se mistura com a ignorância...
ResponderEliminarA polémica tem vários efluentes:
- a forma mediática e apelativa como a tradução do manuscrito foi divulgada (a popularidade da revista em causa; a altura da edição, em vésperas de Semana Santa; o título empregue - "O Evangelho perdido");
- a associação e colagem ao fenómeno "Código Da Vinci" (a especulação em torno dos relatos apócrifos; a "denúncia", com "provas", de que os evangelhos canónicos falsificaram a História; a tese da conspiração de silêncio, a partir de Ireneu de Lyon);
- o interesse pela figura do Jesus histórico, que continua a mobilizar os especialistas (da "Third Quest"), e que transborda para a opinião pública de um modo inevitavelmente simplista e superficial.
Resumindo: o Evangelho de Judas nada nos diz de relevante sobre a figura de Jesus ou de Judas (tirando essa possibilidade de ver/imaginar a relação entre os dois com outros olhos); mas tem um grande valor para a compreensão dos grupos cristãos primitivos, nomeadamente aqueles que seguiram o caminho gnóstico. Entretanto, a polémica irá persistir: afinal, era isso mesmo o que o redactor procurava, há 1800 anos atrás, quando o intitulou "Evangelho de Judas"...
Acho, antes de mais, aquilo que sempre achei e em que frequentemente insisto: é mais uma acha p'rá fogueira por parte daqueles que querem a todo o custo, fazer desacreditar o cristianismo, inventando histórias do arco da velha, porque apenas lhes interessa um mundo laico, materialista, económico, consumista, sexista, etc., onde não existam barreiras de ordem moral, para se poder dar livre curso a uma liberdade que promove os instintos e desejos mais debochados e egoistas.
ResponderEliminarTodos os Evangelhos são unânimes ao relatarem os factos da morte de Cristo e da traição de Judas.
Pensemos com simplicidade: devemos acreditar mais nos teóricos actuais, após 2000 anos, que pensam tudo saber e, com soberba e vaidade, fazem interpretações falaciosas, ou devemos acreditar nos verdadeiros contemporâneos e discípulos de Cristo, que com Ele viveram e presenciaram tais factos?
Se Judas fosse mandado por Cristo para O condenar à Cruz, então, porque se sentiu ele depois desesperado e se suicidou?
Porque se vendeu ele, então, por 30 moedas?
Porque se referiu anteriormente, que um deles era um diabo?
Enfim, como vivemos numa época cujos valores estão completamente invertidos, não é de admirar que agora Judas passe de traidor a herói.
(Contin...)
ResponderEliminarCristo, Ele próprio, diz na Ùltima Ceia que será "traído" - por aquele que meter a mão no prato, etc., etc.
Está escrito no Evangelho: "Virão os falsos profetas..." não será mesmo isso?
ResponderEliminarGostei do termo "Padres inquietos" sempre deve ter existido esse tipo de padre, agora com a internet então ficou melhor ainda. Mas caros amigos, não sei ate que ponto vai a inquietudes de vocês, mas o que posso falar sobre o Evangelho de Judas é que ele chegou numa boa hora, pena que estejam faltando linhas e mais linhas, o que atrapalha o entendimento, quero que tanto vocês, como a todos que visitam esse Blog, que um numero bastante razoavel de pessoas ja sabiam da existencia e do proprio conteudo do citado evangelho, de modo que foi uma benção para essas pessoas o trabalho que a national Geografic fez,colocando para o mundo verdades que alguns tentaram esconder. Não esqueçamos que temos também os Evangelhos de Tiago, Bartolomeu, de Maria Madalena e outros que a Igreja não reconhece, mas não importa, o importante é que estamos caminhando para o conhecimento da Verdade que nosso Amado Mestre Jesus tanto quis trasmitir para nós a dois mil atrás e foi sufocada pela materialidade dominante. Deculpem o desabafo, mas é muito bom falar isso depois de dois mil anos de boca fechada. ë uma pena que a maioria das pessoas não entender nada do que esta escrito alí, mas quem sabe não acabem dsespertando. Quantos a vocês "Padres inquietos" continue suas inquietudes, ja é um grande começo para sair desde adormecimento.Finalizando, digo que não importa quem escreveu o evangelho de judas e sim a verdade que ele contém.
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