Aproxima-se a canonização do Santo Condestável. A sua é uma vida heróica e é reconhecida pela extensão da sua intercessão a toda a Igreja.
O grupo contestatário do costume fez ouvir a sua voz, amplificada por uma parte da comunicação social, ridicularizando o milagre, empobrecendo a figura do Santo e ofendendo a Igreja.
D. Carlos Azevedo responde a essas críticas num jornal de hoje. O artigo pode encontrar-se AQUI.
Fonte: Ubi Caritas
D.Carlos Azevedo que me perdoe, pois não pertenço a qualquer associação ateísta – sou católica convicta – nem sei sequer qual a extensão da maledicência da dita associação sobre a canonização de D. Nuno. Apenas quero dizer que os seus argumentos a favor das virtudes do Condestável são, para a gente comum, demasiado frágeis... Ora vejamos: “entrega total ao serviço da pátria, confiança absoluta em Deus, perdão, partilha, serviço aos pobres” até eu mesma pude testemunhar entre soldados de Portugal, que tombaram numa guerra já quase esquecida e que chegavam a deixar alimentos “abandonados”, para que as crianças do inimigo pudessem comer. E não eram desmesuradamente ricos, como D. Nuno, que abdicou de muito mas deixou a família rica e bem estabelecida (por casamento com D. Afonso, filho do rei, D. Beatriz, sua filha, entrou na Casa de Bragança). Esses que eu conheci, eram pobres como Jesus, e deixaram mães e mulheres pobres, filhos pequenos, à mercê de Deus. Mas são tão insignificantes , como símbolos de uma pátria, numa Europa que nesta hora necessita de se mostrar bem forte no seu cristianismo... Não servem... Quem os lembraria, pois, como santos? Compreende-se.
ResponderEliminarE a “devoção popular”? Se formos por aí, teremos de investigar a santidade do Dr. Sousa Martins, cuja estátua, em Lisboa, repleta de flores e agradecimentos todos os dias, sugere que cumpre todos os requisitos.
Quanto aos milagres... o que me impressiona é ainda ser necessário que ocorram como confirmação da santidade de alguém. Por exemplo, é espantoso ter sido necessário um milagre para confirmar a santidade de Madre Teresa de Calcutá, quando a vida dela, só por si, já é um milagre imenso da misericórdia de Deus em favor dos pobres – tão grande, pela Fé, pela Esperança e pelo Amor divino, foi a sua dimensão humana, em comparação com a do ser humano comum...
De resto, para mim, verdadeiramente “Santo é o Senhor”, Ele só, e só Ele pode ajuízar em Verdade. O julgamento humano, nesta como noutras causas, tem demasiados efeitos de luz-sombra, nem tudo é claro.
LMA
Belíssimo comentário o de esta pessoa anónima. 100% de acordo.
ResponderEliminarParabéns pela clareza e frontalidade.
Aquilino Ribeiro que nada tinha de religioso dizia que D.Nuno Álvares Pereira era um homem integro.
ResponderEliminarDessa massa se fazem os santos quer festejados em dia próprio ou no dia 1 de Novembro.
MJ