- Jesus Cristo escolheu os Apóstolos de entre homens casados;
- Não é legitimo fazer coincidir o carisma do celibato dos sacerdotes com o carisma da castidade consagrada dos religiosos. Pode ter vocação para o ministério sacerdotal sem vocação para o celibato...;
- Se a Igreja admite pessoas casadas como diáconos permanentes, homens viúvos como sacerdotes e permite que pastores protestantes casados continuem a exercer o seu ministério quando se convertem ao catolicismo. Porque não o permite também aos padres que se casam?
- Se na Igreja Oriental Católica se admitem padres casados e celibatários...;
- Sem sacerdotes, os fiéis ficam privados dos sacramentos a que têm direito (Eucaristia)...;
- O padre celibatário é um padre só, roído pela solidão, um dos principais inimigos do sacerdote;
- O celibato é, quer do ponto de vista biológico quer psicológico, antinatural...;
- Muitos padres encontram-se em crise. Acabam por sair após escândalos...;
- A maior parte das pessoas são a favor da existência de padres casados;
- Hoje, mais do que nunca, dada a mentalidade do homem moderno, não se compreende o celibato. Mas tempo menos tempo ele cairá...;
- Há terras de missão, particularmente em África, onde é praticamente inconcebível o celibato...
segunda-feira, julho 04, 2011
CELIBATO OBRIGATÓRIO? Sim ou Não?
Argumentos a favor do celibato opcional:
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Não vejo que o celibato seja mesmo necessário para se ser padre.
ResponderEliminarAssim como não vejo que sacerdote só possa ser um ser masculino.
Embora saiba de muitos homens e mulheres que nunca casaram e nem por isso sejam menos saudáveis ou felizes.
Talvez assim estejam mais libertos para anunciar o Reino...
Pus link no meu Blog para o padre inquieto. http://vejaparacrer.blogspo.com
Saiu-me mal o link: http://vejaparacrer.blogspot.com de Ver para crer.
ResponderEliminarUm abraço e até breve.
M. V. P.
É verdade, o celibato não é absolutamente necesário para ser padre. Queria recordar~lhe o que dizia um grande cristão Marcel Légaut: "muitos padres sentir-se-iam muito melhor, teriam uma vida espiritual mais equilibrada e mais sadia, se fossem casados. A maior parte deles aceitaram o celibato, não o escolheram... ora, para a vida sexual, como para a vida intelectual, o sacrifício pelo sacrifício é um acto suicida". Não compreendo como é que a Igreja ainda não percebeu que não há mal nenhum em os padres poderem escolher!!!
ResponderEliminarum abraço.
Eu acho que o padre como qualquer ser humano deveria ter o direito de escolha. O celibato obrigatório é uma violência que, na maior parte dos casos cria problemas graves ao padre(a solidão mata!) e a vida social acaba por ser cerceada porque começam os ditos e os mexericos...
ResponderEliminarInfelizmente esta estupidez do celibato continua... será para preservar os bens da Igreja? Só pode! Uma coisa tão aberrante só deve servir para tapar qualquer coisa que implique perdas materiais porque espiritualmente o padre seria um homem mais feliz e equilibrado, na maior parte dos casos. Será medo de divórcios também? E daí? O padre e a sua esposa seriam pessoas normais...
Foi coisa que nunca compreendi e continuo a não compreender e a não aceitar. É uma aberração..
Conheço padres de várias Igrejas, com mulher e filhos, familias equilibradas e felizes.
Não consigo ver o porquê disto. Continuo a pensar que o argumento primordial deve ter tido base em qualquer coisa de muito material...
Ainda bem que existem padres como vós que se debruçam sobre temáticas sobre esta, mesmo indo contra o que é defendido por correntes mais conservadoras (leia-se, retrógradas) da Igreja, consubstanciadas na pessoa do próprio Papa Bento XVI...
ResponderEliminar(E como já adivinharam, sou contra o celibato...)
Coitado do Papa, eu gosto dele...
ResponderEliminarOlha Goldmundo ainda bem que gostas dele! Pode ser que o teu amor chegue até ele o torne melhor do que foi quando ainda não era Papa. Eu não consigo gostar dele e não acredito nele, o que ainda é pior! E depois dizes que eu inquieto os padres! Tu é que és provocador...:)rsss
ResponderEliminarSe ele provar que estou enganada, vou amá-lo perdidamente....
Estranhas palavras para um cristão, querida Luz... :) POis olha, eu dele ainda não vi nada que desagradasse desde que é Papa... e andei a ler há meses, antes disso, os "Diálogos sobre a Fé", que eram a única coisa que estava publicada em português, ou quase... Experimenta! :)
ResponderEliminarOnde é que está aquela cena do S. Paulo (olha, eu a habituar-me ao "nosso tempo..." ;) ) quando diz algo como "uns dizem 'eu sou de Paulo', outros dizem 'eu sou de Apolo'... mas somos todos de Cristo!"
O celibato é uma questão de disciplina e moral, pelo que aceito que possa, em algumas circunstâncias, ser mudado.
ResponderEliminarA tradição "latina" (romana) da Igreja tem sido a favor do celibato. E este é o principal motivo para a manutenção do mesmo. As razões apontadas prendem-se com uma maior disponibilidade para se dedicar ao trabalho pastoral e uma (teórica) maior dedicação a Deus.
Há certos "círculos" aonde o celibato não tem sentido (o caso dos missionários, por exemplo), pura e simplesmente.
De qualquer forma, sou a favor da regulamentação que existe nas Igrejas Orientais: o casamento SÓ pode ocorrer antes da ordenação e o padre seria impossibilitado de ascender a Bispo.
Em relação à ordenação das mulheres, concordo em absoluto com o que disse JPII: Deus não deixou à Igreja a possibilidade de ordenar mulheres, nem por escritos (Bíblia) nem na Tradição. E visto que JPII elevou esta regra a dogma, a discussão acaba (e acabou) nessa altura.
o que é que achas do papel que Maria desempenhou junto do seu filho e depois junto dos Apóstolos? Ela esteve sempre presente nos momentos importantes da vida do Mestre e da própria Igreja que o seu Filho tinha formado. Não vamos pensar que temos já um dogma que não pode ser alterado mais tarde.
ResponderEliminarUm dogma, por definição, não pode ser alterado mais tarde.
ResponderEliminarQuanto ao papel de Maria, nunca foi de sacerdócio, foi antes um papel de apoio (que, aliás, é facilmente revisto no papel que as religiosas desempenham).
?! Elevou o quê a dogma? Quando, onde?!
ResponderEliminar"o papel de Maria foi o de apoio"... O próximo dogma, espero eu, será o da proclamação dela como corredentora do Universo.
Não se chega a um dogma "por dá cá aquela palha"!
ResponderEliminarUm Papa não pode proclamar um dogma "porque sim".
A "infalibilidade" não lhe dá essa possibilidade.
Para que um dogma seja proclamado, é necessário ouvir toda a Igreja (todos os bispos); e esse dogma tem de traduzir o SENTIR de toda a Igreja. O Papa teria de dizer que é "Fé da Igreja" (depois de consultada)que as mulheres não podem aceder ao sacerdócio.
Que eu saiba, a Igreja não foi consultada para dogma nenhum nestes últimos anos.
João Paulo II não proclamou "ex-cathedra" nenhum dogma.
Que o sentir pessoal de João Paulo II tenha sido o de que as mulheres não podem aceder ao sacerdócio, tudo bem. Mas isso não quer dizer que o tenha proclamado dogma. E, se porventura o fez, não o podia fazer. Portanto, não será válido.
E um dogma não é algo "estático", mas algo que está em constante evolução no campo da compreensão.
Padre Zé
Obrigado pelo esclarecimento, Padre Zé. Um abraço grande.
ResponderEliminar(Penso que um Concílio, em certas circunstâncias, também pode proclamar um dogma. Não apenas o Papa. Não é assim?)
Só queria voltar ao que o Carlos Duarte disse... (Padre Inquieto, desculpa estar sempre a mudar o assunto que trazes aqui... mas as coisas cruzam-se...)
ResponderEliminar"O papel de Maria nunca foi de sacerdócio". Bem, a palavra "sacerdócio" tem um triplo sentido. O primeiro pertence por inteiro a Cristo, o Único Sacerdócio. Maria não partilha dele - ela não é Cristo - mas de todos os seres humanos é a mais próximo está desse mistério que dela nasceu. "gerar um filho" é muito mais do que "apoiar". O segundo sentido é o dos sacerdotes "padres"; o terceiro é do sacerdócio comum a todos os filhos de Deus. Desse ela participa tembém, e participa num primeiro lugar perfeitamente simbolizado pela sua presença silenciosa aos pés da Cruz. Oferecendo o seu sofrimento num grau de sintonia com o Sofredor que nunca mais será repetido. Mais uma vez, não se trata de "apoio". E depois sim, talvez ela fizesse um caldo quente quando Pedro ou João ou Judas estavam com febre. E a febre deve ter descido.
Um santo Domingo para todos :)
Padre Ze,
ResponderEliminarOrdinatio Sacerdotalis
Agora, podemos entrar num discussao legalista SE a proclamacao foi ex-cathedra ou nao (discussao, alias, que ainda por ai anda).
(Peco desculpa pela falta de acentuacao, teclado estrangeiro).
Olá, Carlos Duarte.
ResponderEliminarUma "Encíclica", uma "Exortação Apostólica", uma "Instrução Geral" e muitos outros Documentos da "Santa Sé", não são nem podem ser usados para proclamar dogmas.
Continuo na minha: se João Paulo II "proclamou" algum dogma na Ordinatio Sacerdotalis, não o podia ter feito. E, se isso aconteceu, podemos e devemos interrogar-nos sobre o silêncio dos teólogos (mas também sabemos que a grande parte deles foi silenciada pelo Cardeal Ratzinger)
Padre Zé
Mais... e, se isso aconteceu, onde estavam os canonistas? Muita gente foi silenciada!!!
ResponderEliminarPadre Zé
Caro Padre Zé,
ResponderEliminar(Agora com um teclado decente!)
Exactamente devido à formula utilizada (uma carta apostólica) ser dúbia, ainda se discute se é ou não uma proclamação ex-cathedra, estando a CdF "entupida" com pedidos de esclarecimento. De qualquer forma, parece-me claro que tão cedo esse assunto não vem ao de cima nem me parece que ele mereça a importância e mediatização que tem tido.
A Igreja é uma instituição bimilenar e, como tal, tem de ter uma perspectiva de longo prazo e não de curto e as decisões devem ser ponderadas e não ao sabor da corrente. A verdade é que não existe um único precedente, quer na Bíblia quer na Tradição para a ordenação de mulheres (com uma excepção e já lá vou). Temos de deixar de olhar tudo por um prisma de falso igualitarismo, em que homens e mulheres são apresentados como tendo as mesmas capacidades. Isso é falso. Cada um dos sexos tem a sua missão neste mundo e elas são e têm de ser diferentes.
A excepção que me referia atrás é a existência de mulheres diáconos (S. Paulo ordenou pelo menos uma). Apesar de esta tradição ter sido abandonada pela Igreja Católica, ainda persiste em algumas Igrejas Ortodoxas e, na minha opinião, faz todo o sentido, principalmente no trabalho missionário.
Veremos...
vinci,
ResponderEliminarÉ preciso distinguir entre discípulos e seguidores. Díscipulos eram doze, todos homens, e esses doze apenas ordenaram homens. Seguidores eram centenas, milhares, e eram homens e mulheres.
Dos discípulos saíram os sacerdotes (e a hierarquia da Igreja), dos seguidores os leigos. E o que acontecia há 2000 anos mantém-se agora.
Carlos Duarte,
ResponderEliminarnão está a confundir discípulos e apóstolos?
E sabe que sobre os doze, há quem aponte para a simbologia do número? Doze, como as doze tribos de Israel? Isto para significar que o seguimento de Jesus é para todos. Porque, o que é verdadeiramente é o seguimento de Jesus. Os diferentes ministérios são na ordem do serviço. E como diz são Paulo, todos são importantes, não existem uns menos dignos que outros. E há luz da modernidade, de tudo o que o saber humano conseguiu, não podemos distinguir o acesso a algum ministério, em função do sexo.
Leia a propósito uma reflexão em: terradaalegria.blogspot.com
M. Conceicao
M. Conceição,
ResponderEliminarNão, estava a tornar os termos equivalentes. A definição de "apóstolos" apenas surgiu após a morte de Jesus Cristo, quando este enviou os doze para pregar o evangelho (daí o nome "apóstolo"). De qualquer maneira, a sua definição é de facto mais correcta para o que se está a tratar.
É óbvio, e concordo em absoluto consigo, que todos são importantes. As missões é que são diferentes e devem ser entendidas como tal. Tentar "modernizar" uma mensagem que se quer eterna é que está mal. Pode-se (e deve-se) modernizar os MEIOS, mas a mensagem e os ensinamentos e preceitos base da mesma não.
Desculpem lá, Carlos Duarte e P.e Zé. Sou jurista, e a imprecisão faz-me imensa confusão. Preferia pôr a questão ao contrário: o que é que pode levar alguém a pensar que (a proclamação de) um dogma pode estar implícita numa Carta, ou Exortação, ou coisa que o valha? Não havia já uma encíclica de Paulo VI, "sacerdotalis celibatus"? Então e essa ainda não era dogma?! Carlos, podes dar indicações mais concretas??
ResponderEliminarObrigado.
Bravo Maria da Conceição,
ResponderEliminarDisseste tudo o que eu gostaria de ter dito!
Recuso completamente a descriminação!
Esta Igreja, que dura há 2.000 anos ou muda porque aceita e compreende ou......vai viver em grandes dificuldades que aliás já estão à vista. Não há bases para descriminação e as mulheres continuarão em todos os campos a provar isso.Quem é que tem medo de quem?E de quê?
"À luz de tudo o que o saber humano conseguiu" até hoje, Conceição, a igreja é completamente inútil. Basta a frase de Kant, "não faças aos outros o que nao quiseres que te façam a ti.
ResponderEliminarPara que a Igreja faça sentido (com homens, mulheres ou ouriços-cacheiros, não é esse o ponto) é necessária também a abertura para o Mistério. Com a confiança e a abertura à obediência que ele implica.
Vamos levar o teu raciocínio, Luz, às ultimas consequências: Deus criou Maria sem pecado original. A mim não. Olha, um deus discriminador. Deus, mudas ou bato-te.
Percebi bem o teu argumento?
(beijinho grande)
Ó Vinci, andas um pouco amargurado.
ResponderEliminarAté acredito que tenhas razões contra a Igreja, no seu todo ou algumas pessoas em particular, mas seria mais fácil entendermo-nos se falasses de outro modo.
Aqui, ninguém, é "superior" a ninguém. Pelo menos aqui, não precisamos de violências verbais para dizermos o que queremos, nem muito menos ofendermo-nos uns aos outros.
Tens comentado com alguma frequência, acho que precisas de te fazer "ouvir", mas por favor, sê mais objectivo e mais calmo nas intervenções.
M. Conceicao
Ó "Vinci" tenho visto os teus comentários. Por vezes, penso que tens alguma pedra no sapato. Já agora, dizes que não devemos acreditar nisto e naquilo porque pode ser inventado. Mas se bem me lembro tu tens citado autores para afirmares o que pensas?!!! Não devias repensar os teus comentários. Não se pode ser coerente quando se é incoerente. Se pões em duvida tudo, mesmo aquilo que a história, a arquiologia, os filosofos do tempo de Cristo confirmar, porque é que havemos de acreditar nos autores que tu citas e penso que tu também não conheceste?!!!
ResponderEliminarNa minha opinião, acho que é a lei da igreja...mais anti- natural!!! pois se dizem para o povo de Deus: CRESCEI E MULTIPLICAI-VOS...asseguram que o amor deve ser vivido em casal, que todo o ser humano precisa de carinho, atenção e também amor carnal, porque é que isso tudo é vedado ao Padre?!... será que o padre não é humano????
ResponderEliminarComo pode um padre, fazer uma homilia, tanto na missa, como em baptizados, a explicar o funcionamento que deve ter uma familia...se não tem experiência nem vivência com sua mulher e filhos?!!!
Está mais que na hora dos senhores do VATICANO, acabarem com esta hipocrisia, de dizer que os padres são santos e abrirem a porta da decência...sabendo que a maioria dos sacerdotes não cumpre esta lei...castradora!!!
Papa Bento XVII, faça o que já devia ter sido feito há sèculos...deixe o povo de Deus - OS SEUS PADRes - terem uma palavra a dizer...e se quiserem deixar de ser celibatários...vai ver como a Sua(Nossa) Igreja, se enche de bons sacerdotes, felizes, humanos e muito mais dedicados aos dons de DEUS, do que os que por lá andam agora,...que andam fugindo por escusos caminhos...para não serem tratados...pela inquisição de ROMA!!!
O celibato dos padres inquieta a Igreja...mas há outras coisas que inquietam os paroquianos(especialmente os que se interessam mesmo pelos assuntos espirituais)e que Roma tirou das sagradas escrituras e que diz respeito à reencarnação...não acham que é tempo de repor no lugar donde foi tirado, o assunto que diz respeito à reencarnação. que Jesus nos legou? e que por medos e outros interesses de alguém que não queria voltar noutra vida como escrava...impôs a retirada desse conceito das sagradas escrituras?!
ResponderEliminarÉ tempo de ROMA repôr no devido lugar...essa verdade DIVINA!!!Papa Bento XVII, seja corajoso...reponha a verdade durante o seu papado... e terá dado um passo de gigante no seu caminho para a LUZ!!!
Celibato não é dogma. Pode ser modificada tal regra a qualquer momento, embora eu acredite que jamais vai acontecer, o que considero um erro.
ResponderEliminarA imposição do celibato é anti-bíblica. São Paulo disse que é aconselhável que se mantenham solteiros e castos. Contudo, o próprio também diz que "é melhor casar do que arder de desejo". Ler 1 Cor 7,1-8 e 1 Tim 4,1-5.
Abraços a todos
Em minha opinião o celibato dos padres foi decretado pelos homens, portanto devia acabar, e os padres poderem casar.Sou ex-seminarista e só não fui padre porque decidi constituir família.Outros vícios os padres conservam como é o caso do tabaco, bem pior para a saúde deles e dos outros.
ResponderEliminarRazões para manter o celibato como obrigatório:
ResponderEliminar1. O celibato é a manifestação externa de um amor total, com um coração indiviso, e manifestação de uma entrega sem limites a Jesus e à Igreja. Não é, portanto, um "não poder fazer" algo contra a castidade plena, mas sim um "poder não fazer" por amor a Jesus. E isto muda tudo, porque, desta perspectiva, o celibato não é um fardo, mas um dom: o dom de amar a Jesus inteiramente, manifestado numa doação total de corpo e alma.
2. Isto não diminui em nada o valor do matrimónio e da vida daqueles que seguem uma vocação diferente. Deus não dá duas vocações à mesma pessoa, nem dá uma vocação "hibrida": para Deus, tanto é santo o caminho daqueles que seguem o matrimónio, como o caminho daqueles que seguem o sacerdócio e a vida consagrada. Mas a cada pessoa, Deus concede uma só vocação. E essa vocação deve ser vivida plenamente, sem limites e pondo nela todo o corpo e toda a alma.
3. Ainda que os Apóstolos e, em geral, os Santos sejam propostos, pela Igreja, como modelo para todos os cristãos, só o são porque nos ensinam a imitar a Cristo. O único modelo, em sentido absoluto, para todos os baptizados, é Jesus Cristo. No caso dos sacerdotes, o celibato deveria nascer do desejo de imitar a Cristo, Unico e Sumo Sacerdote, do qual todos os sacerdotes são imagem visível. Aquilo que queria dizer é que o modelo do sacerdote é Cristo e os Apóstolos só são modelos enquanto apontam para o exemplo do Mestre.
4. Cristo viveu o celibato, não por ser obrigatório, mas porque foi o modo como Ele quis passar por esta terra. Será que Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, viveu "roído pela solidão", numa vida "anti natural"? É verdade que Jesus passou por momentos de solidão, mas não serviram esses momentos para se oferecer como vítima de expiação ao Pai pela salvação dos homens e mulheres que lhe foram confiados? E isso tornou-o infeliz, ou foi uma ocasião para se abandonar ainda mais inteiramente à vontade salvadora do Pai?
O facto de Jesus ter escolhido homens casados como Apóstolos só aparentemente é um argumento a favor do celibato opcional.
ResponderEliminarEm primeiro lugar, porque entre os Apóstolos também havia, pelo menos, um celibatário.
Em segundo lugar, porque o facto de serem casados antes de Jesus os chamar, não quer dizer que não tenham vivido plenamente o celibato depois de começarem a seguir Jesus: "E eles, deixando tudo, seguiram Jesus" (Mt 4, 21). Neste caso, o argumento funciona a favor do celibato obrigatório: depois de seguirem Jesus, passaram a viver o celibato, segundo atesta a tradição da Igreja e todos os relatos, apostólicos e apócrifos, da Igreja nascente.
as respostas estão todas aqui: http://bit.ly/fS5Hm
A questão do celibato não é algo que o Papa ou qualquer um de nós possamos mudar. É revelação do próprio Cristo. Ele foi célibe. O padre é "Alther Christus". Houve padres casados? Sim, claro. Mas a Igreja Latina, assistida pelo Espírito, que continua sempre a acompanhá-la, chegou à conclusão de que era necessário o celibato, até porque praticamente todos os padres optavam por não casar. Foi no concílio de Elvira logo no século III, que a Igreja decidiu esta disciplina, mas como consequência de premissas teológicas. O padre é aquele que tem a Igreja como esposa, tal como Cristo; é sinal do Reino dos Céus, sim, aquele Reino, onde nem eles se casam nem elas se dão em casamento; é o pastor todo entregue às suas ovelhas, e não particularmente a um grupo de pessoas: "Fiz-me tudo para todos..." O celibato é, hoje até mais que nunca, um sinal do amor de Deus pela Humanidade, que deseja salvar! O papa Bento XVI tem abordado abundantemente a questão... pena que alguns "católicos de trazer por casa" não dêem mais atenção àquele que esse Espírito que guia a Igreja escolheu para Sucessor de Pedro e Vigário de Cristo...
ResponderEliminarComo advogada, faço a seguinte comparação e fico um tanto intrigada: a Bíblia, livro sagrado, seria como uma Constituição Federal, porém uma CF sagrada, pois foi inspirada pelo Espírito Santo, e o nosso código canônico, seria uma lei complementar, importante, mas abaixo da constituição, pois existe em função daquela e não pode contrariá-la em seus princípios e regras estabelecidas pelo próprio Deus (nossa fé). Ora se em 1Tim. 3,2;5 estabelece “É preciso, porém, que o epíscopo seja irrepreensível, esposo de uma única mulher, sóbrio, cheio de bom senso, simples no vestir, hospitaleiro, competente no ensino”; “Pois se alguém não sabe governar bem a própria casa, como cuidará da Igreja de Deus?” e o Cân. 277 §1º diz que “os clérigos são obrigados a observar a continência perfeita e perpétua por causa do Reino dos céus; por isso são obrigados ao celibato”. Uma regra está contrariando a outra e nesse caso a norma inferior deve ser revogada, pois é inconstitucional, por ferir a norma principal, a mais elevada, a sagrada e perfeita. Concluo que o cân.277 é inconstitucional e se alguém assim não entender eu pergunto o que tem mais importância e o que deve reger a vida de um cristão, a Bíblia Sagrada ou o Código Canônico? O código canônico existe, tem a sua importância e valor, mas deve estar em função da nossa Bíblia, da Palavra de Deus, do livro mais antigo, da nossa tradição cristã, e, a regra que assim não proceder deve ser, por prudência, anulada.
ResponderEliminarO problema é bem maior. A questão do celibato masculino dos padres como disciplina obrigatório foi muito tardio na história do cristianismo. Não antes do Concílio de Elvira, como recomendação local, no século VI, apenas válido para Ocidente. Na Idade Média, o ideal de cristão "perfeito" tornou-se, por razões difíceis de resumir aqui, no monge cristão, com os seus três votos por excelência e como sinal de antecipação do Reino, tal qual o é toda vida monástica que é proposta como proposta para todos e todas as cristãs. Na linguagem e prática comum eram conhecidas as famílias e mulheres dos padres (as barregãs, por exemplo), apesar das tentativas da reforma gregoriana de impor o ideal monástico aos presbíteros, isto é aos ministros ordenados e, em especial, aos bispos. Razões económicas relativas á consideração das heranças e da definição do património eclesial não foram alheias a esta questão. Foi o Concílio de Trento, no século XVI, e já em reacção contra outras tendências cristãs, que tenta nova disciplina férrea contra o casamento dos padres. Mas, como lembra a tradição viva da Igreja, redita no II CONCÍLIO DO VATICANO, Sacerdote, Profeta e Rei só Deus e todo seu povo, o povo de Deus. O padre ou presbítero, como crrrectamente se deverá dizer e nunca sacerdote, é apenas o ministro ordenado para exercer uma função na Igreja, uma espécie de ancião, presidente da comunidade na celebração dos sacramentos. No resto, todo o cristão é chamado a ser santo e a participar desse povo de Deus, dando testemunho da vida nova em Jesus vivo e vivendo à maneira de Jesus, O Cristo, de quem apenas conhecemos os anos da infância e da vida pública. Por isso é que a questão está há muito teologicamente resolvida pelas outras Igrejas cristãs, na ortodoxa e mesmo nas chamadas Igrejas protestantes, embora muitas delas não professem a ideia/dogma do ministério ordenado. A questão do acesso das mulheres tem que ser visto também a esta luz, com toda a carga negativa que as mulheres tiveram em sociedades patriarcais. Ainda assim, Jesus indicou o caminho. A seu lado teve sempre mulheres como discípulas, junto à cruz estiveram mulheres, nos relatos da resssurreição são das primeiras a vê-Lo ressuscitado, as primeiras comuniddades tiveram mulheres ao seu serviço, como o indicam as Cartas de S. Paulo, sendo que a estruturação dos ministérios em três e paulatinamente reservada a homens (diáconos, presbíteros e bipos) data só do século II e foi uma esciolha do tempo, segundo as condições do tempo. Há muito boa leitura teológica a fazer. Roma é que parece que parou no que se escreveu até ao século XIX:... como se o tempo voltassse para traz. Pena foi o Cardeal Patriarca não ter tido a coragem de reafirmar o que sempre dissse e escreveu como teólogo, bastando-lhe agora reconhecer que esta questão é também e entes de mais pastoral, por isso os bispos têm obrigação de se pronunciar. Seguramnete não é uma questão dogmática. E acolher o ensinamento de Bento XVI, de acordo, tanbém faz parte da função de pastor que quer unir, mas não se queira tapar o sol com a peneira de meaças disciplinares. A menos que a Igreja Católica Apostólica Romana, a que também pertenço se queira tornar numa nova seita do século XXI.
ResponderEliminarQuerer ver só na figura isolada do padre no altar a figura de Jesus é uma aberração. Contraria todos os ensinamentos de Jesus e o ensino da própria Igreja Católica Apostólica Romana. Para o crente, Jesus está no mais pequeno, no frágil, no doente, no que sofre, em suma, no pobre, no justo injustiçado. No altar, o padre apenas preside a uma celebração que é "feita" por toda a comunidade e o CORPO e SANGUE DE JESUS CRISTO está no pão e vinho consagrado, que deixou de ser pão e vinho para ser presença transubstancial, que permanece em adoração no sacrário, por isso. Dizer que o padre é naquele momento a imagem de Jesus é "blasfémia". Ele é apenas, à maneira da tradição judaica, o que preside à refeição pascal, a que JESUS deu para todo sempre um significado novo, eucarístico, de acção de graças. O sacrifício do animal usado na Páscoa judaica, tal como com Abraão, o sacrifício do homem, já não é necessário. Deus afasta-o para todo o sempre. Como dizia um antigo padre da Igreja, a imagem de DEus é o homem de pé. Para as comuniddaes cristãs, como Jesus ensinou, basta o pão e o vinho, sinal da vida e do trabalho de todos os homens e mulheres, com as suas alegrias e tristezas, com os seus sofrimentos e angústias, com tudo o que transportam de verdadeiramente humano que o podem aproximar do divino, sacralizada ana acção liturgica que é a eucarístia no seu todo. Não são só os gestos e as palavras do padre que operam a mudança do pão em corpo e do vinho em sangue; é a presença, os gestos , as palavras, a presença de toda a comunidade que celebra a nova páscoa e anuncia a ressureeição do Senhor. Porque se cada um não acreditar vã é a presença do padre. A menos que se considere o padre como uma espécie de mágico ou xamã que diz umas palavras e, por magia, tudo se transforma. Mas aí, não é seguramente figura de Cristo, pois nem Jesus quis que fosse revelada a todos a sua dimensão plena, durante o tempo da sua vida pública. E por isso, Jesus disse também, quando dois ou três (não falou em padres) se reunirem em meu nome eu estarei no mewio de vós. Os presbíteros, padres e madres, devem der homens e mulheres de serviço às comunidades e não o inverso.
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