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quarta-feira, julho 06, 2011

Razões para manter o celibato como obrigatório

1. O celibato é a manifestação externa de um amor total, com um coração indiviso, e manifestação de uma entrega sem limites a Jesus e à Igreja. Não é, portanto, um "não poder fazer" algo contra a castidade plena, mas sim um "poder não fazer" por amor a Jesus. E isto muda tudo, porque, desta perspectiva, o celibato não é um fardo, mas um dom: o dom de amar a Jesus inteiramente, manifestado numa doação total de corpo e alma.

2. Isto não diminui em nada o valor do matrimónio e da vida daqueles que seguem uma vocação diferente. Deus não dá duas vocações à mesma pessoa, nem dá uma vocação "hibrida": para Deus, tanto é santo o caminho daqueles que seguem o matrimónio, como o caminho daqueles que seguem o sacerdócio e a vida consagrada. Mas a cada pessoa, Deus concede uma só vocação. E essa vocação deve ser vivida plenamente, sem limites e pondo nela todo o corpo e toda a alma.

3. Ainda que os Apóstolos e, em geral, os Santos sejam propostos, pela Igreja, como modelo para todos os cristãos, só o são porque nos ensinam a imitar a Cristo. O único modelo, em sentido absoluto, para todos os baptizados, é Jesus Cristo. No caso dos sacerdotes, o celibato deveria nascer do desejo de imitar a Cristo, Unico e Sumo Sacerdote, do qual todos os sacerdotes são imagem visível. Aquilo que queria dizer é que o modelo do sacerdote é Cristo e os Apóstolos só são modelos enquanto apontam para o exemplo do Mestre.

4. Cristo viveu o celibato, não por ser obrigatório, mas porque foi o modo como Ele quis passar por esta terra. Será que Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, viveu "roído pela solidão", numa vida "anti natural"? É verdade que Jesus passou por momentos de solidão, mas não serviram esses momentos para se oferecer como vítima de expiação ao Pai pela salvação dos homens e mulheres que lhe foram confiados? E isso tornou-o infeliz, ou foi uma ocasião para se abandonar ainda mais inteiramente à vontade salvadora do Pai?

Enviado por JP

9 comentários:

  1. "Deus não dá duas vocações à mesma pessoa, nem dá uma vocação "hibrida". Mas temos dentro da nossa Igreja, por exemplo, 600 sacerdotes da Igreja libanesa que foram chamados ao matrimónio e ao casamento. É uma vocação "hibrida"?

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  2. "Ainda que os Apóstolos e, em geral, os Santos sejam propostos, pela Igreja, como modelo para todos os cristãos, só o são porque nos ensinam a imitar a Cristo". Há santos na Igreja maronita que foram sacerdotes e casados e que a Igreja propõe como modelos para todos os cristãos!

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  3. O celibato e o sacerdócio são dois carismas diferentes, mas ligados entre si por razões de conveniência:

    Este ponto é o alvo da maioria das críticas contra a obrigatoriedade do celibato para os presbíteros. No entanto, o ministério presbiteral e o celibato são duas vocações, ou dois carismas diferentes. Apesar de não haver nenhuma fundamentação teológica que justifique a ligação entre ambos, contudo estão associados. Mas não unicamente por uma imposição legal, fruto de uma lei canónica. Se esta aconteceu, foi por uma descoberta progressiva histórico-cristológico-escatológica. Por que não afirmar que esta descoberta é fruto da iluminação divina, agindo na vida da Igreja?

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  4. "Deus não dá duas vocações à mesma pessoa"

    Desculpe meu caro colega, não estou de acordo com a sua afirmação.
    Diga-me então:
    Nós somos homens com sentimentos?
    Porque não amar uma mulher se esse sentimento é mais forte do que o sacerdócio?
    È correcto viver uma vida de pecado?, como nós sabemos, colegas que vivem com enredos complicados?

    È grave querer confundir sentimentos.

    Eu até não quero pensar no sentimento carnal, mas sim, num sentimento puro e sincero de entrega de amor a uma mulher.

    Não sei se pesa o factor idade?se quentões de educação?ou até mesmo de fé?

    Temos de encarar como uma realidade!!!!!!

    Também acredito que não haverá qualquer tipo de movimento histórico que alterer tais pensamentos....
    Repare é um assunto constantemente abordado nos meio de comunicação social, por teolegos, psicologos e sociologos e....tudo volta à estaca zero.

    Acredito sim, serão cada vez mais os escandâlos!!!!

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  5. "Deus não dá duas vocações à mesma pessoa"??? Não?
    Eu não tenho essa certeza!

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  6. Um texto lamentável, que confunde tudo e que luta contra a história, onde também está o Espírito de Deus. Para lá do conteúdo, este texto revela um problema de forma. Arroga uma superioridade incompaginável com a humilidade de Jesus. Há muitos que aceitam o celibato como uma condição para serem ordenados, não como uma vocação em si. Eu respeito imenso o dom do celibato. Mas até por ser dom, creio que não deve aparecer como lei. Quem não se sentir chamado ao celibato, mas sentir o chamamamento ao sacerdócio, deverá ser impedido?
    Se o Matrimónio é sacramento, haverá algum problema em que se articule com outro sacramento?
    Na serenidade do discernimento, tudo será decidido.
    Escusava-se era de fazer sofrer tanta gente.

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  7. Bom dia,

    "Deus não dá duas vocações à mesma pessoa"

    A maior parte dos sacerdotes critica pois nunca lhe foi dada a oportunidade de se conhecer...O que faz falar é a insignificância caracteristica de mentes tacanhas, que reduzidas à sua insignifica nunca conseguiram ver a Luz mas falar de Deus e Jesus Cristo como de se o conhecessem.

    O facto de ser sacerdote nada tem a ver, no meu entender com a dedicação e amor a uma mulher.

    Estou totalmente de acordo com o último colega.

    Escusava-se não, está a fazer muita gente sofrer.

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  8. Corrijo

    ...que reduzidas à sua insignificância...

    não

    ...que reduzidas à sua insignifica...

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  9. "Deus não dá 2 vocações a uma mesma pessoa". Porém ao primeiro Papa, São Pedro, Ele deu as 2 vocações. Será que se enganou? E até o século XI, se não em engano, Deus continuou, por engano, dando duas vocações a uma mesma pessoa? Pois até esse século haviam padres casados. Será que a promessa do celibato é tão santa assim? Será que celibato representa castidade, para a maioria dos sacerdotes? Ahhh! Quanta coisa precisa ser revista com verdade, sem falso moralismo ...

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