1. O celibato é a manifestação externa de um amor total, com um coração indiviso, e manifestação de uma entrega sem limites a Jesus e à Igreja. Não é, portanto, um "não poder fazer" algo contra a castidade plena, mas sim um "poder não fazer" por amor a Jesus. E isto muda tudo, porque, desta perspectiva, o celibato não é um fardo, mas um dom: o dom de amar a Jesus inteiramente, manifestado numa doação total de corpo e alma.
2. Isto não diminui em nada o valor do matrimónio e da vida daqueles que seguem uma vocação diferente. Deus não dá duas vocações à mesma pessoa, nem dá uma vocação "hibrida": para Deus, tanto é santo o caminho daqueles que seguem o matrimónio, como o caminho daqueles que seguem o sacerdócio e a vida consagrada. Mas a cada pessoa, Deus concede uma só vocação. E essa vocação deve ser vivida plenamente, sem limites e pondo nela todo o corpo e toda a alma.
3. Ainda que os Apóstolos e, em geral, os Santos sejam propostos, pela Igreja, como modelo para todos os cristãos, só o são porque nos ensinam a imitar a Cristo. O único modelo, em sentido absoluto, para todos os baptizados, é Jesus Cristo. No caso dos sacerdotes, o celibato deveria nascer do desejo de imitar a Cristo, Unico e Sumo Sacerdote, do qual todos os sacerdotes são imagem visível. Aquilo que queria dizer é que o modelo do sacerdote é Cristo e os Apóstolos só são modelos enquanto apontam para o exemplo do Mestre.
4. Cristo viveu o celibato, não por ser obrigatório, mas porque foi o modo como Ele quis passar por esta terra. Será que Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, viveu "roído pela solidão", numa vida "anti natural"? É verdade que Jesus passou por momentos de solidão, mas não serviram esses momentos para se oferecer como vítima de expiação ao Pai pela salvação dos homens e mulheres que lhe foram confiados? E isso tornou-o infeliz, ou foi uma ocasião para se abandonar ainda mais inteiramente à vontade salvadora do Pai?
Enviado por JP
Enviado por JP
"Deus não dá duas vocações à mesma pessoa, nem dá uma vocação "hibrida". Mas temos dentro da nossa Igreja, por exemplo, 600 sacerdotes da Igreja libanesa que foram chamados ao matrimónio e ao casamento. É uma vocação "hibrida"?
ResponderEliminar"Ainda que os Apóstolos e, em geral, os Santos sejam propostos, pela Igreja, como modelo para todos os cristãos, só o são porque nos ensinam a imitar a Cristo". Há santos na Igreja maronita que foram sacerdotes e casados e que a Igreja propõe como modelos para todos os cristãos!
ResponderEliminarO celibato e o sacerdócio são dois carismas diferentes, mas ligados entre si por razões de conveniência:
ResponderEliminarEste ponto é o alvo da maioria das críticas contra a obrigatoriedade do celibato para os presbíteros. No entanto, o ministério presbiteral e o celibato são duas vocações, ou dois carismas diferentes. Apesar de não haver nenhuma fundamentação teológica que justifique a ligação entre ambos, contudo estão associados. Mas não unicamente por uma imposição legal, fruto de uma lei canónica. Se esta aconteceu, foi por uma descoberta progressiva histórico-cristológico-escatológica. Por que não afirmar que esta descoberta é fruto da iluminação divina, agindo na vida da Igreja?
"Deus não dá duas vocações à mesma pessoa"
ResponderEliminarDesculpe meu caro colega, não estou de acordo com a sua afirmação.
Diga-me então:
Nós somos homens com sentimentos?
Porque não amar uma mulher se esse sentimento é mais forte do que o sacerdócio?
È correcto viver uma vida de pecado?, como nós sabemos, colegas que vivem com enredos complicados?
È grave querer confundir sentimentos.
Eu até não quero pensar no sentimento carnal, mas sim, num sentimento puro e sincero de entrega de amor a uma mulher.
Não sei se pesa o factor idade?se quentões de educação?ou até mesmo de fé?
Temos de encarar como uma realidade!!!!!!
Também acredito que não haverá qualquer tipo de movimento histórico que alterer tais pensamentos....
Repare é um assunto constantemente abordado nos meio de comunicação social, por teolegos, psicologos e sociologos e....tudo volta à estaca zero.
Acredito sim, serão cada vez mais os escandâlos!!!!
"Deus não dá duas vocações à mesma pessoa"??? Não?
ResponderEliminarEu não tenho essa certeza!
Um texto lamentável, que confunde tudo e que luta contra a história, onde também está o Espírito de Deus. Para lá do conteúdo, este texto revela um problema de forma. Arroga uma superioridade incompaginável com a humilidade de Jesus. Há muitos que aceitam o celibato como uma condição para serem ordenados, não como uma vocação em si. Eu respeito imenso o dom do celibato. Mas até por ser dom, creio que não deve aparecer como lei. Quem não se sentir chamado ao celibato, mas sentir o chamamamento ao sacerdócio, deverá ser impedido?
ResponderEliminarSe o Matrimónio é sacramento, haverá algum problema em que se articule com outro sacramento?
Na serenidade do discernimento, tudo será decidido.
Escusava-se era de fazer sofrer tanta gente.
Bom dia,
ResponderEliminar"Deus não dá duas vocações à mesma pessoa"
A maior parte dos sacerdotes critica pois nunca lhe foi dada a oportunidade de se conhecer...O que faz falar é a insignificância caracteristica de mentes tacanhas, que reduzidas à sua insignifica nunca conseguiram ver a Luz mas falar de Deus e Jesus Cristo como de se o conhecessem.
O facto de ser sacerdote nada tem a ver, no meu entender com a dedicação e amor a uma mulher.
Estou totalmente de acordo com o último colega.
Escusava-se não, está a fazer muita gente sofrer.
Corrijo
ResponderEliminar...que reduzidas à sua insignificância...
não
...que reduzidas à sua insignifica...
"Deus não dá 2 vocações a uma mesma pessoa". Porém ao primeiro Papa, São Pedro, Ele deu as 2 vocações. Será que se enganou? E até o século XI, se não em engano, Deus continuou, por engano, dando duas vocações a uma mesma pessoa? Pois até esse século haviam padres casados. Será que a promessa do celibato é tão santa assim? Será que celibato representa castidade, para a maioria dos sacerdotes? Ahhh! Quanta coisa precisa ser revista com verdade, sem falso moralismo ...
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