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quarta-feira, agosto 29, 2007

É necessário informar.

Existem milhares de blogs, sítios e portais com bastante qualidade na formação e informação teológica catequética e pastoral. Revistas, jornais, folhas paroquiais é coisa que não falta… quem sabe se até em demasia!!! A rádio está em força e a televisão já foi uma tentativa… o programa ecclesia é razoável.

Então porque é que a formação, a informação, a mensagem, não chegam onde deve supostamente chegar?

"Pelo segundo ano consecutivo, o Santuário de Fátima oferece uma semana de férias às mães que estão a tomar conta dos seus filhos deficientes em suas casas, para que ambos possam usufruir de um momento diferente de descanso."

A quem chegou esta informação?

Falamos de dentro para o interior…

"A Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa está a promover um curso de ensino à distância (curso pela Internet) de Síntese Catequética Avançada."

A quem chegou esta informação?

"Na próxima segunda-feira hà reunião de noivos!!!...."

Os interessados estão lá para ouvir?

Vem aí um novo ano pastoral.

Nas nossas comunidades as informações são para quem quase não tem necessidade delas (experiência da minha comunidade)…

Que canais estão a falhar? Que outros meios de comunicação? Como fazer? Sinceramente não sei. Gostaria de ouvir experiências positivas.
Fonte: Hoc Opus

segunda-feira, agosto 27, 2007

Vila Real prepara ano pastoral com mais atenção à Palavra

O Sínodo dos Bispos é uma instituição criada pelo Papa Paulo VI para ajudar o Papa a governar a Igreja. Reúne periodicamente em assembleias de Bispos idos de todo o mundo como delegados de todos os bispos para tratar temas concretos.
A próxima «assembleia-geral ordinária», a realizar em Outubro em 2008, que será a XII, é consagrada a «A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja».
Esse tema havia sido sugerido por muitas Conferências Episcopais.
  • Aconselha este tema a Eucaristia, tema do último Sínodo e com a qual está intimamente unida a Palavra;
  • aconselham-no as «Assembleias dominicais na ausência do presbítero» que vão multiplicar-se;
  • aconselha-o o interesse generalizado pela Bíblia, seja por intuitos comerciais sejam até pela acção das seitas;
  • aconselha-o a catequese que se deve ser cada vez mais bíblica;
  • aconselham-no os vários movimentos de espiritualidade;
  • aconselha-o o movimento ecuménico entre as Igrejas cristãs.

Os bispos diocesanos já receberam de Roma um texto preparatório do Sínodo e é sobre esse texto que a nossa diocese é convidada a pronunciar-se para ajudar a preparar o texto definitivo no interior do Sínodo. Por essa razão, o tema do ano pastoral que principia em Outubro e se prolonga até Julho de 2008 será: «A Igreja vive do Verbo»: a Igreja escuta, contempla, come, canta, celebra e difunde a Palavra.

(D. Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real)

Alguém sabe o que se vai fazer nas outras Dioceses em relação à preparação do próximo Sinodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus?

Padres radicais no Zêzere

Os padres mais jovens da Diocese de Portalegre- Castelo viveram o dia de uma forma diferente, praticando desportos radicais.A descida do rio Zêzere em caiaque é considerada "mais uma aventura, com um misto de emoção e alguma irreverência", mas, acima de tudo, a intenção é "viver uma manhã com alegria".


"A nossa radicalidade passa em primeiro lugar pela opção de vida que tomámos".

Passaporte cristão

Na oração dominical de ontem, Bento XVI definiu o passaporte do cristão.

“A verdadeira amizade com Jesus exprime-se no modo de viver; exprime-se com a bondade do coração, a humildade, a mansidão e a misericórdia; o amor pela justiça e pela verdade, o empenho sincero e honesto na paz e na reconciliação”.

É este “o ‘passaporte’ que nos permitirá entrar na vida eterna”.
Fonte: Correio da Manhã

sexta-feira, agosto 24, 2007

Qual o mais importante?

A pergunta é do Padre Carlos Godinho que eu gostaria de deixar aqui:
Qual o direito mais importante: o direito a ter um padre celibatário ou direito à Eucaristia?

quarta-feira, agosto 22, 2007

Que tipo de festas têm nas vossas Comunidades durante o mês de Agosto?

Procissões e visibilidade da fé cristã
Na época das festas religiosas populares, geralmente no mês de Agosto, muitas comunidades dão grande importância à procissão da festa. Quase sempre as procissões têm mais afluência de pessoas do que a Eucaristia solene. Serão as procissões apenas uma expressão de folclore religioso, como opinam alguns responsáveis da Igreja, ou uma verdadeira expressão de fé, segundo a sensibilidade popular? Não há dúvida de que as procissões levantam algumas questões que precisamos de reflectir em ordem a dar dignidade, beleza e sobretudo relação clara com a fé. Bem realizadas podem ser um sinal da fé cristã. Desviadas ou com elementos espúrios, dão uma imagem falsa e põem em questão a credibilidade do cristianismo.

Conheço pessoas para quem o contacto com uma procissão religiosa constituiu um despertar da fé. Descobriram uma dimensão até aí oculta ou esquecida, "viram" a dimensão transcendente da vida humana.

De facto, as procissões dão visibilidade à fé, situam-se na pedagogia da Encarnação pela qual a humanidade de Jesus Cristo deu visibilidade ao mistério de Deus. A Fé encarnada precisa de sinais visíveis que manifestem em imagens o mistério invisível em que acreditamos.

"Meus olhos viram a salvação", exclamou o velho Simeão quando recebeu o Menino Jesus no templo. Numa civilização que privilegia a imagem, as pessoas precisam também de "ver".
Não basta ouvir oralmente o anúncio do evangelho. A Palavra da Verdade precisa do apoio de elementos visíveis que a tornem concreta e relacionada com a vida.

Encontramos essa pedagogia no Novo Testamento: O anúncio do evangelho é acompanhado de sinais (gestos, curas, estilo de vida de Jesus e dos apóstolos) que confirmam e dão visibilidade à palavra.

Que visibilidade apresentam as procissões, que imagem dão da fé? Antes de mais, mostram uma comunidade organizada, unida, que caminha com ar solene pelas ruas quotidianas, enfeitadas para o acontecimento. Uma comunidade que se apresenta como um povo crente e peregrino, que parte de um lugar sagrado e termina o percurso no templo. Uma comunidade aberta, em que todos têm um lugar, mas sem confusão. Os participantes no percurso adoptam uma atitude de contemplação: cantam, ou rezam, ou ouvem meditativos a banda. Paira um ambiente de mistério na procissão. As ruas quotidianas adquirem uma nova dimensão. Não há dúvida de que se trata de uma comunidade de crentes que vai a passar. Uma verdadeira procissão tem ordem, silêncio, ambiente celebrativo. Não se parece com um espectáculo mas com uma liturgia.

Na procissão ocupa um lugar de destaque os andores dos santos, os estandartes religiosos. Manifestam que nesta peregrinação não vamos sós, mas acompanhados da protecção divina. Os santos são os membros ilustres da comunidade de crentes, aqueles que são referência de vida e de identidade cristã e de quem se espera protecção. As opas, os anjinhos, os figurantes que representam cenas ou figuras religiosas, todo este conjunto empresta à procissão uma visibilidade da fé que nos ajuda a interpretar a vida quotidiana a uma nova luz e a peregrinar pelo mundo sem perder o sentido da eternidade. A procissão confere transcendência, beleza e alegria à existência.

A procissão nasce da Eucaristia e prolonga-a na vida. A Igreja sai do templo e apresenta-se na praça pública. De facto, a Eucaristia deve levar-nos a um amor empenho de testemunhar a presença de Deus no mundo. Como pedia o Papa João Paulo II, a propósito da Eucaristia: "Haja um empenho por parte dos cristãos, de testemunhar com mais vigor a presença de Deus no mundo. Não tenhamos medo de falar de Deus e de ostentar sem vergonha os sinais da fé" (MND 26).

Quero dizer que me identifico com as razões apresentadas pelo Bispo de Santarém.
Qual a vossa experiência?

sexta-feira, agosto 17, 2007

Lei canónica deixa ex-padre no desemprego

Ex-padre vive com 400 euros do rendimento social de inserção.
Francisco Monteiro é um ex-padre que enfrenta dificuldades económicas e sobrevive graças ao rendimento social de inserção (RSI), porque a Igreja está a colocar-lhe barreiras à obtenção de emprego.

Natural da ilha do Faial, Açores, com 37 anos, Francisco Monteiro é casado, tem uma filha de 17 meses e espera o segundo filho. Pediu para abandonar o sacerdócio ao bispo de Angra e Ilhas dos Açores há cerca de três anos, invocando desgaste profissional e razões amorosas. Desde então, a sua vida tem sido tudo menos fácil. A razão? Chama-se lei canónica, que, perante o pedido de dispensa sacerdotal, proíbe o exercício de funções atribuídas pela Igreja durante um espaço de tempo, que, no caso de Francisco, se estende até aos 40 anos.

Mas trata-se, em seu entender, de uma imposição que "atropela direitos fundamentais", especialmente nos casos em que não houve tempo para preparar uma vida profissional e precaver "sérias dificuldades e provações". Está a passar por elas agora, devido a uma lei que, sem apelo nem agravo, o atirou para uma situação de desemprego de longo prazo. E sem nada poder fazer.

Consciente das dificuldades em arranjar emprego dentro da sua área de formação (Teologia), a Francisco Monteiro, à mulher, Teresa, e à filha, Sabrina tem valido o apoio dos pais e de uma pessoa amiga. Acrescido, é claro, de pouco menos de 400 euros que recebe do RSI, uma verba religiosamente gerida até ao cêntimo para fazer face às despesas de subsistência da família e dos encargos resultantes da compra de uma moradia na vila da Povoação, em São Miguel. Para que o dinheiro chegue e para que os compromissos sejam honrados, corta, por vezes, em bens alimentares básicos.

Francisco Monteiro diz que continua a ser um homem de fé e com os mesmos valores. A diferença é que se sente desiludido, de tal maneira que prefere ficar a ver a missa em casa pela televisão, só para se proteger do murmúrio e olhar condenatório das pessoas.
Desiludiu-se sobretudo com os "interesses, conluios e cumplicidades institucionais que se vivem nos bastidores da Igreja diocesana", incluindo a falta de apoio e mesmo de repulsa que já observou junto de antigos colegas padres. "Se fosse hoje, teria mais prudência e talvez pedisse um prazo para reflectir melhor sobre a opção de avançar até à ordenação de presbítero".

Se tivesse o poder do bispo, "teria uma preocupação muito maior com a pastoral social. Tiraria certas manias e maneirismos a alguns padres que se julgam de primeira classe, promovendo uma maior rotatividade de funções para não haver lugares honrosos cativos em clérigos muito jovens". Mais. "Talvez fosse mais imune a intrigas e mexericos e desse mais atenção à situação concreta de cada pessoa, em especial dos mais pobres e menos influentes".
Fonte: JN
QUAL A TUA OPINIÃO.
Os que decidem deixar o exercício do sacerdócio devem ser ajudados?
O que pensas do aproveitamento pastoral dos "ex-padres"?

Autoridades iranianas castigam cristão

Autoridades iranianas castigaram com 34 chicotadas um cristão convertido do islamismo, depois de ter encontrado uma cópia dos Evangelhos no seu automóvel.

O cristão foi detido pela polícia depois de alguns agentes terem revistado o seu automóvel, envolvido num acidente de trânsito, onde encontraram o livro contendo os Evangelhos. Foi levado para a esquadra de de polícia N.° 102 em Teerão, onde ficou retido durante dois dias, antes de ser castigado com chicotadas.

No Irão, permite-se que as pessoas professem a sua própria fé, mas está proibido aos muçulmanos converterem-se a outra religião.

Redacção/ACI

Comunidade cristã recebe ameaças no Paquistão

Várias famílias cristãs do Paquistão,sobretudo na cidade de Peshawar, receberam cartas de ameaças de fundamentalistas islâmicos, exigindo a sua conversão ao Islamismo.
"A comunidade local vive com muito medo e insegurança", disse o deputado Pervez Masih, representante das minorias religiosas. O político revelou que as mensagens intituladas "A morte bate à tua porta", foram escritas à mão e apresentam um slogan contra os EUA e os "infiéis".
As cartas ameaçadoras chegaram a diferentes áreas da cidade, sobretudo a Kohati, onde existem vários locais de culto dos cristãos.
Na semana passada, representantes das minorias religiosas no país manifestaram-se em Lahore, pedindo medidas contra a intolerância e direitos iguais aos da maioria muçulmana.
Fonte: Ecclesia
Onde estão os defensores da liberdade, da tolerância?!!!

IGREJA CATÓLICA AUXILIA VÍTIMAS DE TERRAMOTO NO PERU

O secretário geral da Caritas Peru (órgão da igreja católica responsável por acções humanitárias), Jorge Lafosse, afirmou hoje que os danos ocasionados pelo terremoto que atingiu o país na última quarta-feira são "grandes" mas que no entanto poderiam ter sido piores.
"Os danos são grandes, no entanto damos graças a Deus pois poderia ter sido pior, levando em conta a magnitude do abalo e a sua duração".
Pelo menos 510 pessoas perderam a vida, segundo uma contagem ainda provisória, e mais de mil ficaram feridas no terremoto que na quarta-feira atingiu as cidades peruanas de Pisco (destruída em 70%), Chincha, Cañete e Inca.
Caritas Peru, com a igreja local e em coordenação com a Caritas Internationalis, está activa nas zonas afectadas desde os primeiros momentos do desastre, aonde procura avaliar as necessidades e realizar as intervenções.
"Há pessoas sem lar que temos que acolher e socorrer".
As Caritas locais próximas à área afectada começaram a hospedar os primeiros refugiados, organizando também uma rede de ajuda às pessoas sem tecto, socorrendo as zonas rurais mais isoladas. As zonas rurais afectadas pela catástrofe correm o risco de ficarem sem ajudas imediatas, como água potável e comida, medicamentos, geradores e hospitais móveis. (ANSA)

quinta-feira, agosto 16, 2007

Libertado médico cristão preso na Arábia Saudita

O médico egípcio Mamdooh Fahmy está de regresso ao seu país natal depois de ter passado 2 anos preso na Arábia Saudita, acusado de ser um missionário cristão.
Este médico cristão trabalhava desde 2004 na Arábia Saudita como cirurgião. Os seus colegas muçulmanos começaram a insultá-lo por ser cristão, até que, em 2005, recebeu a visita da Muttawa (a polícia religiosa saudita).
Os polícias revistaram a sua casa e acusaram-no de ser um missionário cristão e de consumir bebidas alcoólicas. Permanecendo sem trabalho, o médico cristão queria voltar ao Egipto, mas as autoridades sauditas recusaram-se a devolver o seu passaporte, além dos outros documentos necessários à sua saída do país.
A organização cristã de direitos humanos International Christian Concern (ICC), que tinha denunciado o caso, promoveu uma campanha pela libertação do médico.
A Muttawa, polícia religiosa da Arábia Saudita é apresentada como responsável por inúmeros casos de perseguição a cristãos. Pessoas presas e torturadas por rezar ou chicoteadas por citar a Bíblia são alguns dos casos apresentados.
Algo tão natural como ter uma Bíblia, um crucifixo, um rosário ou rezá-lo em público é expressamente proibido. Construir igrejas ou templos é absolutamente impensável.
Quanto ao culto público, continua a ser considerado uma ofensa grave, e qualquer tentativa de evangelização é passível de condenação criminal. Cristãos que tentam evangelizar recebem punições diferentes de acordo com suas nacionalidades.
Fonte: Ecclesia

Religião ou negócio?

No Brasil, a Constituição garante liberdade de religião. Ainda bem. Os estados totalitários costumam proibir completamente instituições e práticas religiosas. Os estados teocráticos oprimem todas as outras religiões, excepto a oficial.

No Brasil, além da liberdade de culto, ficou estabelecido a separação entre a Igreja e o Estado. A história do Brasil passa distante de conflitos religiosos nos quais os interesses do Estado e da Igreja oficial se confundem, resultando em perseguições e mortes, tal como acontece actualmente em muitos países islâmicos.

O totalitarismo de esquerda, apoiando-se na tese de Marx, segundo a qual “a religião é o ópio do povo”, proibiu – como ainda acontece na Coréia do Norte e em Cuba – quaisquer manifestações religiosas, perseguindo e reprimindo com violência os recalcitrantes. O culto a Deus deu lugar ao culto ao Estado e os santos foram substituídos pelos heróis da pátria e líderes políticos. Por isso, a defesa intransigente da liberdade religiosa antes de tudo representa a defesa da própria democracia.

Isto não significa que as instituições religiosas devam permanecer isentas de críticas quando extrapolam o seu papel religioso e assumem contornos políticos, económicos ou criminosos. É o que ocorre no Brasil com um grupo significativo de denominações religiosas, a maioria delas seitas evangélicas pentecostais, que se aproveitam da fé, da carência emocional e da ingenuidade das pessoas e passam a determinadas práticas, digamos, pouco cristãs.

Ancorados numa leitura talvez um tanto apressada de Martinho Lutero (1483-1546) e João Calvino (1509-1564), iniciadores do protestantismo, a partir da década de 1970 as seitas pentecostais cresceram e multiplicaram-se a velocidade espantosa, arrebanhando milhões de pessoas que não encontrava na religião católica a satisfação para as suas carências físicas, materiais e espirituais.

Em Martinho Lutero e na sua defesa da “livre interpretação de Bíblia” encontraram guarida para a multiplicação de seitas e denominações.

Em João Calvino e na sua tese de que “a riqueza material de cada indivíduo é a prova da benevolência de Deus”, encontraram a justificação para a entronização do que hoje é chamada de “teologia da prosperidade”, sobre a qual se assenta a maioria das pregações dos pastores pentecostais.

O facto é que denominações religiosas como a Igreja Universal, Igreja Renascer em Cristo, Igreja Internacional da Graça de Deus e Igreja do Evangelho Quadrangular, para além de instituições religiosas, transformaram-se, rapidamente, em potências empresariais que em nada ficam a dever a muitas empresas de diversos ramos da produção, comércio e serviços.

Os seus líderes religiosos – Edir Macedo, Estevam e Sonia Hernandes, RR Soares e Mario de Oliveira – demonstram um senso incomum para fazer crescer e multiplicar os seus negócios, principalmente no campo dos mídia e da impressa, e não se preocupam em esconder os evidentes sinais de riqueza pessoal.

A fonte primária de toda esta riqueza está, sem dúvida, nos cultos promovidos por estas seitas, nos quais não faltam muita emoção, falsos milagres e, sobretudo, farta arrecadação dos recursos destinados à “obra do Senhor”.

No Brasil, em nome da separação entre a Igreja e o Estado, as instituições religiosas estão isentas de pagamento de impostos. Talvez esteja aí a razão mais forte para o tão rápido crescimento destas instituições e o motivo para que cometam tantos desvios das suas funções originais. Escondendo-se sob o manto protector e insuspeito da religião, desenvolvem uma série de actividades lucrativas, algumas legais e muitas ilegais. E ainda livres da carga representada pelos impostos. É muitíssimo mais fácil abrir uma Igreja do que uma empresa qualquer. Mas tocar neste vespeiro é perigoso e contraproducente. Por quê?

Se milhões de pessoas que se autodenominam “crentes” por diversas razões deixam-se manipular nas suas crenças, carências e até na sua ganância, por espertalhões movidos pelos piores propósitos, o problema é delas. Se estes charlatões fogem da finalidade original a que se propuseram estas organizações, e passam a cometer ilegalidades e crimes no campo económico, político e pessoal, isto passa a ser um problema de toda a sociedade. E, por isto, devem ser exemplarmente punidos. Sem dó nem piedade.

http;//blogdofasoares.blogspot.com/

Programa infantil "recruta" suicidas

O movimento radical palestiniano Hamas está a usar a TV para instar os jovens a tornarem-se bombistas suicidas para reconquistar aos judeus as terras ocupadas que constituem o Estado de Israel. Saraa Barhoum, de apenas 11 anos de idade, apresenta o programa infantil ‘Pioneiros do Amanhã’, no qual uma personagem idêntica ao Rato Mickey é morta por um torturador israelita. Nesse programa, Saraa recebe telefonemas de outras crianças, às quais explica que Israel tem de ser destruído.

Veja aqui

quarta-feira, agosto 15, 2007

Deus e a ciência não são incompativeis...

"Deus é verdade.
Não há incompatibilidade entre ciência e religião.
Ambas estão buscando a mesma verdade.
A ciência mostra que Deus existe."
Derek Harold R. Barton (1918-1998), ganhador do Prêmio Nobel de Química de 1969

"O primeiro gole do copo das ciências naturais torna ateu;
mas no fundo do copo Deus aguarda."
Werner Heisenberg (1901 - 1976), ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1932

domingo, agosto 12, 2007

Conversão ao Cristianismo gera perseguição

A situação dos cristãos convertidos em países islâmicos é mais difícil do que a dos que já nascem cristãos. No Tajiquistão, dois iranianos convertidos ao Cristianismo estão em greve de fome a fim de não serem repatriados, pois correrem o risco de condenação à pena de morte por apostasia.
Já no Egipto, o cidadão Mohamed Hegazy recebeu ameaças de morte e o seu advogado negou-se a defendê-lo em virtude da mudança de religião.
Em muitos países, o abandono do Islão tem a pena capital como punição, casos da Arábia Saudita, Afeganistão, Irão, Paquistão e Egipto.

sábado, agosto 11, 2007

Cardeal Bertone critica exploração dos escândalos de abuso sexual nos EUA

O Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, considera que houve pessoas a aproveitarem-se dos escândalos de abuso sexual no país, envolvendo clero católico.
"O aspecto de negócio, o financista, não tem nada a ver com a solução desta situação. É um negócio insuportável que se gerou aqui... é insuportável e também vergonhoso".

Este responsável lembrou que a percentagem de sacerdotes envolvidos neste escândalo "é muito pequena, dado que há 44 mil presbíteros nos Estados Unidos".
"Só posso esperar que outras agências sociais tenham o mesmo valor para enfrentar este problema do modo que tem feito a Igreja Católica".

Numa conferência de imprensa na cidade de Nashville, onde participa na 125ª convenção anual dos Cavaleiros de Colombo, o Secretário de Estado do Vaticano questionou "se outras organizações proporcionaram compensações financeiras às vítimas".

"Não podemos abandonar as vítimas ou dar por perdidos os culpados dos abusos".

Em conclusão, o Cardeal Bertone destacou que "a Igreja nos Estados Unidos sofreu profundamente, respondeu com dignidade e convida todos a comprometerem-se verdadeiramente para inverter esta situação".
Fonte: Ecclesia

sexta-feira, agosto 10, 2007

O padre deve usar o hábito eclesiástico?

Ao longo dos últimos anos tem-se assistido a um número crescente de jovens sacerdotes que recomeçaram a usar o hábito eclesiástico. É uma constatação, e não uma opinião.
A normativa da Igreja, sobre este tema, é bastante clara.
No Código de Direito Canónico, o can. 284 afirma: "Os clérigos usem trajo eclesiástico conveniente, segundo as normas estabelecidas pela Conferência Episcopal, e segundo os legítimos costumes dos lugares".
Recorrendo à Conferência Episcopal portuguesa, pode ler-se num decreto de 18 de Dezembro de 1984: "Em conformidade com o can. 284, a Conferência Episcopal Portuguesa determina:
1.Usem os sacerdotes um trajo digno e simples de acordo com a sua missão.
2. Esse trajo deve identificá-los sempre como sacerdotes, permanentemente disponíveis para o serviço do povo de Deus.
3.Esta identificação far-se-á, normalmente, pelo uso: a) da batina; b) ou do fato preto ou de cor discreta com cabeção. As razões desta legislação podem ser encontradas, entre outros sítios, no Directório para a Vida e Ministério dos Presbíteros:
"Numa sociedade secularizada e de tendência materialista, onde também os sinais externos das realidades sagradas e sobrenaturais tendem a desaparecer, sente-se particularmente a necessidade de que o presbítero — homem de Deus, dispensador dos seus mistérios — seja reconhecível pela comunidade, também pelo hábito que traz, como sinal inequívoco da sua dedicação e da sua identidade de detentor dum ministério público.(211) O presbítero deve ser reconhecido antes de tudo pelo seu comportamento, mas também pelo vestir de maneira a ser imediatamente perceptível por cada fiel, melhor ainda por cada homem, (212) a sua identidade e pertença a Deus e à Igreja. Por este motivo,o clérigo deve trazer um hábito eclesiástico decoroso, segundo as normas emanadas pela Conferência Episcopal e segundo os legítimos costumes locais. Isto significa que tal hábito, quando não é o talar, deve ser diverso da maneira de vestir dos leigos e conforme à dignidade e a sacralidade do ministério. O feitio e a cor devem ser estabelecidos pela Conferência dos Bispos, sempre de harmonia com as disposições do direito universal. Pela sua incoerência com o espírito de tal disciplina, as praxes contrárias não se podem considerar legítimas e devem ser removidas pela autoridade eclesiástica competente. Salvas excepções completamente excepcionais, o não uso do hábito eclesiástico por parte do clérigo pode manifestar uma consciência débil da sua identidade de pastor inteiramente dedicado ao serviço da Igreja.»
O que acham do uso da tradicional batina em vez do clergyman, ou mesmo se os padres devem usar trajes distintos?
No entanto deixo aqui uma pequena observação - o facto de serem os padres mais novos a sentiram a necessidade de usar a farda, tem um significado que merece ser aprofundado. ( Resulta da necessidade de afirmação e busca de estatuto (??) , de uma certa noção carreirista (??), duma visão do sacerdócio bastante rígida e prosica (??)ou, em grande em parte de uma certa insegurança interior... Não é por acaso que os padres mais velhos ( e mais sólidos) não se refugiam, nem ostentam, a batina ou o cabeção... Não precisam.
Fonte: Forum Paróquias

Diz Sto Agostinho: “Cantar é próprio daquele que ama”.

Uma vez que o canto pretende traduzir o que cada um transporta de mais íntimo em si mesmo,
convém que utilize os mais diversos modos de expressão. Tal como a arquitectura e a pintura, o canto é expressão da arte cristã que procura, em cada tempo, formas para manifestar, embelezar e fazer resplandecer Cristo, luz dos povos, no rosto da Igreja.

Fraternidade faz retiros espirituais por e-mail

Na sequência dos retiros on-line da Quaresma e da Páscoa, a Fraternidade Missionária Verbum Dei está a promover um retiro on-line de Verão.

Retiros on-line são a nova forma de evangelização.

Com esta iniciativa a missão cristã pretende ajudar as pessoas a realizarem «exercícios de maior oração durante a nossa vida do dia-a-dia».

Contudo os responsáveis realçam que estes «retiros não substituem os retiros de silêncio, tempos privilegiados de intimidade com Deus» mas podem «ajudar a crescer na fidelidade ao Senhor e a aprendermos a viver com Ele todas as situações, pois nada é impedimento para se estar com Deus».

As inscrições são feitas por e-mail e no inicio do retiro o orientador envia uma resposta com informações sobre todos os participantes, o endereço electrónico do orientador e as regras que devem ser seguidas para o retiro.

Este retiro implica o cumprimento das pistas da manhã, também enviadas por correio electrónico, destinadas à «concretização e contemplação do dia-a-dia».

Depois o orientador vai enviando as orações partilhadas durante o dia, estando todos os participantes «convidados a enriquecer o retiro com a partilha de oração, que deverão enviar ao orientador, para que ele possa enviar aos [outros] participantes do retiro».

Fundada em 1963 em Maiorca pelo Padre D. Jaime Bonet, esta Fraternidade dedica-se à evangelização através da oração, do mistério da Palavra e do testemunho da vida evangélica.
Fonte: Revista Sol

Vaticano valoriza uso da Internet

O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, defendeu o uso da Internet como mecanismo "para chegar aos jovens".

Este responsável fez referência ao músico Elton John, que recentemente defendeu o encerramento da Internet como forma de retomar as relações humanas. "Não aprovo a proposta de uma certa estrela de suspender a Internet por cinco anos", respondeu o Cardeal Bertone aos jornalistas, que o questionavam sobre o site do Vaticano e sobre o uso da Internet para a comunicação.

Para este Salesiano é claro que "se Dom Bosco estivesse aqui hoje, teria escolhido os melhores meios para chegar aos jovens".

Por isso, refere o Cardeal Bertone, mais do que fechar a Internet "é necessário valorizá-la e enchê-la de conteúdo".

Redacção/ACI

quarta-feira, agosto 08, 2007

Nos países muçulmanos mudar de religião é um assunto muito delicado...

Ex-muçulmano egípcio abre processo para ser reconhecido cristão

Um jovem egípcio que se converteu do Islão ao Cristianismo apresentou um requerimento judicial para que as autoridades reconheçam a sua nova religião, no primeiro caso deste tipo na história recente do Egipto.
Mohammed Ahmed Hegazi, de 25 anos, levou a sua reivindicação ao Tribunal Administrativo do Cairo na quinta-feira. Ele quer que sua nova religião seja registrada nos seus documentos oficiais, informa hoje o jornal egípcio "al-Masri al-Youm".
Hegazi lembrou que abraçou o Cristianismo há nove anos. Ele é casado e a sua mulher também deixou de ser muçulmana para se tornar cristã. Mesmo assim, os dois tiveram que se casar segundo os ritos prescritos pela religião islâmica, que consta dos seus documentos de identificação.
Mais tarde, os dois casaram-se numa igreja.
Além disso, Hegazi deseja que seus dois filhos sejam registrados como cristãos.
O advogado Mahmoud Najla, representante do jovem no processo, destacou que a causa é a primeira do tipo que será levada aos tribunais do país. A primeira audiência está prevista para o início de setembro.
Na defesa da causa, tomarei como base uma fatwa (édito religioso islâmico) recente do mufti (máxima autoridade religiosa) do país, Ali Goma. - Ele autorizou os muçulmanos a mudarem de religião, por considerar que a fé é um assunto de consciência entre o ser humano e o seu senhor. A decisão garante o direito de escolher uma crença sem pressões.
O advogado também recorrerá à legislação internacional na área de direitos humanos e à Constituição egípcia, que garante a liberdade de culto.
Najla revelou que o problema afecta milhares de outros ex-muçulmanos. Mas não há números exactos nas igrejas nem nas instituições estatais.
Várias organizações egípcias de direitos humanos denunciaram os obstáculos administrativos para registrar uma mudança de religião no país.
Cerca de 90% dos habitantes do país são muçulmanos. A mudança de religião é um assunto muito delicado, e só a islamização de cristãos costuma ser divulgada publicamente.
Fonte: Agência EFE

Chávez afirma que hierarquia católica se afastou de Cristo

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, reiterou a sua condição de cristão, mas afirmou que a hierarquia da Igreja Católica se afastou da mensagem de Cristo e optou por se aliar aos poderosos do mundo.

"Acredito em Cristo. Acredito no pensamento social de Cristo.
Acho até mesmo, como diz Fidel (Castro), que com códigos cristãos pode ser elaborada, como aqui estamos fazendo, a base para um projeto socialista".

Chávez bateu hoje o recorde de duração do programa "Alô, Presidente!".
Ele ficou 7h43min no ar.
Ufa que horror... Haja paciência, desgraçados dos Venezuelanos!!!

Veja aqui

Bispo italiano defende excomunhão para os incendiários

D. Giancarlo Maria Bregantini, bispo da diocese italiana de Locri-Gerace, na Calabria, veio a público defender a excomunhão para os que ateiam fogos florestais. "Ousaria falar de excomunhão: provocar um incêndio é um acto gravíssimo contra a vida da natureza das florestas e tudo o que Deus nos deu".
A diocese de Locri-Gerace insere-se numa das regiões mais afectadas pelos incêndios florestais na Itália, em 2007. Um jovem morreu quando tentava apagar um fogo, elevando para cinco o número de vítimas mortais dos incêndios, nas últimas semanas.
Para além da condenação dos incendiários, D. Giancarlo Maria Bregantini pediu "melhores meios para combater os fogos" nesta região italiana, propondo a criação de grupos de jovens "formados e equipados" que permitam uma intervenção rápida aos primeiros sinais de incêndio, enquanto não chegam os Bombeiros.
Fonte: Ecclesia

terça-feira, agosto 07, 2007

Igreja Anglicana publica guia sobre Harry Potter

A Igreja anglicana da Inglaterra publicou um guia para aconselhar os jovens sobre a utilização do livro de Harry Potter no ensinamento da mensagem cristã ao mundo.

O guia intitulado "Mixing it up with Harry Potter" afirma que a popularidade da saga de J.K. Rowling, a autora dos livros, pode ser utilizada para debater temas cristãos.

A Igreja da Inglaterra pensa que se pode dirigir positivamente a grande atenção gerada pelos livros e filmes de Harry Potter entre os mais jovens. O guia foi publicado três dias antes do lançamento oficial do sétimo e último livro da série, "Harry Potter and the Deadly Hollows".

Os livros de Harry Potter foram duramente criticados por alguns evangélicos pois afirmavam que induziam à bruxaria e ao ocultismo e foram objecto de muitas censuras entre os cristãos. Outros, por sua vez, vêem a saga de Harry Potter como uma oportunidade para ajudar as crianças a distinguir entre o real e o fictício e não consideram prejudicial para as crianças, desde que os pais acompanhem os seus filhos e os ajudem a perceber o conteúdo.

Porque andamos todos atarefados com casamentos?

SABIA QUE:
A Instituição do Matrimónio foi oficialmente reconhecida como um dos Sacramentos da Igreja no Concílio de Latrão IV (1215). Antes desta data ele foi sempre considerado como uma realidade religiosa distintamente diferente de outras formas de Matrimónio não-católicas.

S. Paulo refere-se ao Matrimónio como um mistério, ou, um grande mistério. (Ef. 5/32). Alguns escritores da primitiva Igreja referiram-se ao Matrimónio, especialmente S. Agostinho, como um Sacramento, mas nessa altura este termo tinha diversas interpretações.

Teologicamente, o Matrimónio é considerado como Sacramento porque é a imagem da união de Cristo com a Sua Igreja.

Diferentemente dos outros Sacramentos, o Matrimónio não foi instituído por Cristo porque é anterior ao Cristianismo, mas foi elevado à dignidade de Sacramento por Cristo que reconheceu alguma coisa de fundamental e boa na instituição marital (cf. Cân. 1055).

Diz o Catecismo da Igreja Católica : 1601. - "O pacto matrimonial, entre os baptizados, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, foi elevado por Cristo, como Senhor, à dignidade de sacramento.(Cân. 1055 §1).

Ele está fundamentado nas relações complementares entre o homem e a mulher.

O Livro do Génesis diz que, na Criação, o homem estava incompleto : "Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele". (Gen. 2,18). Assim, o homem, no sentido genérico, ficou completo com a criação da mulher, uma auxiliar semelhante a ele. A descrição da Criação refere que o homem não encontrou outra criatura para o auxiliar: "Contudo, não encontrou para ele uma auxiliar adequada". (Gen. 2,20). O homem reconheceu na mulher a carne da sua carne: "Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem". (Gen. 2,23). Depois veio a conclusão final que se impunha "à única e mesma carne": "Por esse motivo, o homem deixará o pai e mãe para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne". (Gen. 2,24).
Esta total relação vincula a doação de um esposo ao outro com a finalidade de cada um dar ao outro algo de bom. Esta elevada forma de doação requer que os esposos sejam totalmente um do outro, numa fidelidade que se fundamenta numa certa forma de amor a que S. Agostinho chamou a "caridade conjugal".

O Matrimónio como instituição natural é considerado pelos teólogos cristãos como um bem essencial porque foi fundado pelo Criador no princípio da História da humanidade. Foi sujeito às vicissitudes da História e experimentou certas variações, algumas delas contrárias ao plano de Deus (infidelidade, concubinato, poligamia, homossexualidade e outras).

Como Sacramento, significa que encontra Cristo num caminho especial e caminha para a salvação dos esposos. Assim, diz o Direito Canónico de 1983 no Cân.226/1. "Os que vivem no estado conjugal, segundo a própria vocação, têm o dever peculiar de trabalhar na edificação do povo de Deus por meio do matrimónio e da família".

O Matrimónio, como acto ou compromisso, é reconhecido tanto pela sociedade civil como pela lei da Igreja e do Estado. Isto é absolutamente primário em virtude do papel que desempenha no bem-estar da sociedade civil e religiosa. Por esta razão, as instituições seculares e religiosas, têm criado leis apropriadas à regulamentação do Matrimónio. Estas leis dizem respeito às exigências do Matrimónio bem como aos direitos e deveres dos esposos, particularmente quanto aos efeitos do Matrimónio na comunidade.

Para o Sacramento as finalidades são :

* O Matrimónio, por natureza, está ordenado para o bem dos esposos, procriação e educação dos filhos : Cân.1055/1. "O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si o consórcio íntimo de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os baptizados foi elevado por Cristo Nosso Senhor à dignidade de sacramento". Cân.1055/2. "Pelo que, entre baptizados não pode haver contrato matrimonial válido que não seja, pelo mesmo facto, sacramento".

* Os pais são instrumentos, não apenas para a procriação física dos filhos, mas também directamente responsáveis pela sua educação natural e cristã. Isto inclui, não apenas o seu bem-estar físico e material mas também o seu comportamento cristão. A fonte essencial deste comportamento é a participação dos filhos num total amor entre os esposos. Pelo exemplo eles aprendem o sentido da caridade cristã e do amor de Deus.

O Sacramento do Matrimónio está marcado por certos atributos invioláveis, como a fidelidade perpétua e a indissolubilidade : Cân.1056. "As propriedades essenciais do matrimónio são a unidade e a indissolubilidade, as quais, em razão do sacramento, adquirem particular firmeza no matrimónio cristão". Uma vez que exista a aliança matrimonial, os esposos são obrigados a permanecer fiéis um ao outro por toda a vida. Para além disso, o Matrimónio consumado pela vida conjugal não pode ser dissolvido por força nenhuma ao cimo da terra.

O Matrimónio realiza-se quando os esposos expressam o seu mútuo consentimento. Este consentimento não é considerado apenas como um mero contrato, mas como uma aliança, pois que reflecte as relações de Cristo com a Sua Igreja que, em si mesmas, são uma aliança. Pela "Aliança" se considera que há uma igualdade espiritual dos esposos e a sua capacidade exige uma doação total da pessoa um ao outro. Logo que esta Aliança começa, os esposos ficam unidos pelos laços do Matrimónio.

E se são ambos baptizados, pelo facto do mútuo consentimento expresso, recebem o Sacramento : Cân.1057/2. "O consentimento matrimonial é o acto de vontade pelo qual o homem e a mulher, por pacto irrevogável, se entregam e recebem mutuamente, a fim de constituírem o Matrimónio".

Os Ministros do Matrimónio, no rito latino, são os esposos e não o oficiante ou as testemunhas.
No rito Oriental, a bênção do oficiante é indispensável para a validade.

* A sacramentalidade não é assim uma coisa que se acrescenta, mas, para além disso, é uma realidade que está fundamentada no Baptismo de ambos, pelo qual eles se tornaram filhos de Deus e discípulos de Cristo, e o qual lhes deu a oportunidade de transformar as suas vidas em ordem à Redenção.

* A sacramentalidade do Matrimónio é o resultado da acção de Cristo para com as pessoas e não a resposta do conjunto de dois indivíduos a Cristo.

* A sacramentalidade não depende objectivamente da vontade dos esposos para receberem o sacramento, porque o Matrimónio em si mesmo está ordenado para a perfeição da caridade.

* Apesar destas formulações teológicas o triste facto está em que para a grande maioria das pessoas que recebem o Baptismo e o Matrimónio, apenas existe a cerimónia. Cristo pode atingir as pessoas, mas as pessoas permanecem livres em recebê-Lo ou rejeitá-Lo. A Igreja desde há muito presumiu que aqueles que querem receber o Matrimónio o fazem como ela deseja, pelo menos com uma aceitação fundamental das suas responsabilidades cristãs.

* Até mesmo sociologicamente os factos indicam que esta presunção não é forte ou bem fundamentada na nossa sociedade.. Nós sabemos que muitos Católicos, embora baptizados, não têm uma vida cristã nem mesmo a um nível mínimo. Nós sabemos também que muitos dos que são casados numa cerimónia católica ou cristã de qualquer facção, não vão para a cerimónia com a ideia de qualquer compromisso ou obrigação do Matrimónio-Sacramento. A Igreja conhece o facto de que muitos homens e mulheres, como produtos de uma sociedade secular e materialista, vão para o Matrimónio sem acreditarem na sua verdadeira sacramentalidade. Apesar desta falta de fé, a Igreja continua a ensinar que estes Matrimónios são Sacramentos e não apenas contratos naturais.

O Matrimónio é simultaneamente um facto legal e uma realidade teológica. A questão da fé e as suas relações com o Matrimónio, estão situadas numa ordem jurídica e teológica. Se duas pessoas livres e capazes, baptizadas, católicas, dão o seu mútuo consentimento de acordo com a lei canónica, presume-se que o seu consentimento é válido e que existe o Sacramento.

A lei não diz que os esposos têm que ter fé, embora as fontes teológicas, incluindo o Vaticano II, determinem claramente que os Sacramentos pressupõem a fé.

Haverá uma contradição entre a ordem jurídica e teológica ?
A lei fala da presunção de uma fé mínima.
A Teologia fala num facto .
Para um Sacramento frutífero, a fé deve estar presente.
Um Sacramento válido significa que certas consequências legais e sociais acompanham a sua recepção.

Se é inválido, ele não existe apesar de todo o ritual sacramental.
Um Sacramento frutífero é aquele em que, além da validade, existe a possibilidade de adquirir as suas finalidades.

* Para a válida recepção do Sacramento do Matrimónio, primeiramente é necessário que ambos estejam livres de qualquer impedimento. Se existir um impedimento, tem que ser removido primeiro se isso for possível, ou dispensado. Nem todos os impedimentos podem ser dispensados : Cân.1058: "Podem contrair matrimónio todos aqueles que não estejam proibidos pelo direito".

* Os esposos têm que ser fisicamente capazes de contrair o Matrimónio, isto é, capazes de realizar as relações sexuais em ordem à procriação, porque o Matrimónio está ordenado para a procriação e educação dos filhos, e porque o acto sexual, como profunda manifestação do amor conjugal, é essencial para uma Matrimónio total.

* A capacidade mental para o Matrimónio significa que os esposos sabem o que fazem quando recebem esse Sacramento.

* Devem também ter uma capacidade psicológica para o cumprimento das obrigações fundamentais e uma capacidade moral para aceitarem as exigências do Matrimónio formulado pela Igreja.

* É necessário também que os esposos manifestem expressamente o seu consentimento livre e sem qualquer simulação, isto é, os esposos devem querer fazer o que o seu consentimento implica e o que a Igreja espera deles.

* Finalmente, para os Católicos, é requerido que o consentimento seja expresso segundo a forma canónica, isto é, perante um ministro e duas testemunhas, (cf. Cân. 1108).

A Teologia do Sacramento do Matrimónio teve um variado e longo desenvolvimento através da História da Igreja. Basicamente, está fundamentado na descrição da Criação do Antigo Testamento no Livro do Génesis. Os textos primários do Novo Testamento encontram-se nos Evangelhos e nas Cartas de S. Paulo. Além disso, muitos escritores cristãos da primitiva Igreja se referem ao Matrimónio, e foi S. Agostinho quem nos deixou as primeiras instruções sistemáticas desta instituição. Depois que a Igreja adquiriu competência jurídica e legal de natureza civil sobre o Matrimónio na Idade Média, o desenvolvimento teológico organizou-se e tornou-se mais jurídico ou de natureza canónica, concentrando-se mais numa estrutura legal do que numa realidade teológica.
A renovação dos estudos teológicos sobre o Matrimónio, veio com o Concílio Vaticano II ficando tudo esclarecido na Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo Actual Gaudium et Spes, 45-52. Desde então foi dada maior atenção à sua íntima realidade teológica em relação com a fé dos esposos para o Sacramento, e o Matrimónio como vocação na Igreja, entre muitas outras coisas. Em 1980 os Sínodo dos Bispos debruçou-se sobre o Matrimónio e a Família no mundo contemporâneo. E apareceu ainda uma importante exortação papal Familiaris Consortio (sobre a Família). Muitos textos do Novo Testamento nos falam de Casamentos, (ou Matrimónios) mas é sobretudo S. Paulo que dá normas sobre o Matrimónio, especialmente na 1ª Epístola aos Coríntios.
Nos tempos modernos, para além das muitas irregularidades que afectam o Matrimónio, questionam-se muitos problemas relativos ao Matrimónio, tais como : Aborto. Divórcio. Divórcio e Recasamento. Família e Casamento. Fidelidade Conjugal. Homossexualidade. Indissolubilidade. Registo Civil. Sexo Pré-Matrimonial...e outros.

Mas não restam dúvidas de que, para além de um certo egoísmo pelo qual marido e mulher se não querem suportar mutuamente, há sobretudo muita ignorância do valor e dignidade deste Sacramento, e falta de preparação para a formação de uma verdadeira Família através do Sacramento do Matrimónio.
Fonte: http://www.paroquias.org/forum/

segunda-feira, agosto 06, 2007

DUAS SEMANAS, 35 MIL MULTAS, 4 MILHÕES DE EUROS!!!

Há um domínio em que nós, portugueses, nos mostramos fecundamente produtivos: na indústria da infracção.

Ao longo de apenas duas semanas, a colocação de radares em Lisboa permitiu a aplicação de 35 mil multas e o apuramento de quatro milhões de euros.

Eis, pois, um campo em que não nos podemos queixar de falta de produtividade...

Fonte: www.padrejoaoantonio.blogspot.com

ACEITAM-SE SUGESTÕES PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DOS PORTUGUESES...

sexta-feira, agosto 03, 2007

O testemunho dos cristãos coreanos

A Coreia tem dado grandes lições de perseverança na Fé. Tudo começou com o interesse pelo Cristianismo por parte de um grupo de letrados que ao lerem o livro do missionário Mateus Ricci com o título "O verdadeiro sentido de Deus", tiveram a iniciativa de encarregar o filho do embaixador coreano na China, na busca das riquezas de Jesus Cristo. Yi Sung-Hun dirigiu-se ao bispo de Pequim que o catequizou e baptizou, entrando por aí a Boa Nova na Coreia. Pois foi este jovem leigo cristão que começou a evangelização cristã naquele país.
Várias vezes solicitaram do bispo de Pequim o envio de sacerdotes, a fim de organizarem a Igreja. Roma, porém, vivia tempos difíceis sofrendo a prepotência de Napoleão. Por isso, somente a Igreja pôde ouvir os apelos dos cristãos coreanos, trinta anos depois, quando muitos já tinham sido martirizados, entre os quais 103 mártires que foram canonizados pelo Papa João Paulo II, na sua visita a Seul em Maio de 1984.

Agora a Agência “AsiaNews” noticiou o próximo início do processo de beatificação de 36 monges beneditinos martirizados em cadeias e campos de trabalho forçado do regime comunista na Coreia do Norte. Eles preferiram morrer a renunciar à fé católica, entre 1949 e 1952. No cativeiro, eles administravam os sacramentos, pregavam e mantinham alta a esperança dos demais prisioneiros. O grupo de mártires foi liderado pelo Bispo-Abade Bonifácio Sauer e pelo Pe. Benedito Kim.

Até ao presente, a perseguição comunista norte-coreana vitimou cerca de 300 mil cristãos. Mesmo assim há muita gente que prefere morrer a renegar a sua Fé.

À data da canonização, 1984, esta nação contava com 1.4000.000 católicos, 14 dioceses, 1.200 sacerdotes, 3.500 religiosos e 4.500 catequistas, atestando mais uma vez a frase de Tertuliano:
"O sangue dos mártires é sangue de novos cristãos!"


Nota final: Os vinte e três reféns sul-coreanos, incluindo 18 mulheres, todos voluntários da Igreja evangélica de Saemmul, são um novo testemunho da Fé cristã da Coreia.
Dois já foram mortos. Rezemos pela libertação dos restantes.
Fonte: vejaparacrer.blogspot.com
AFINAL A COREIA DO NORTE É UMA SOCIEDADE ATEIA, ANTI-RELIGIOSA, onde os direitos humanos, a liberdade deveria ser respeitada... porque é que alguns comentadores não falam destes factos...