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segunda-feira, agosto 29, 2005

Papa condena religião "a la carte"

O papa Bento VXI fez um apelo a uma multidão estimada em 1 milhão de pessoas contra o que chamou de religião "faça-você-mesmo" ou religião "a la carte". Na missa, na cidade de Colônia (Alemanha), o papa criticou as pessoas que pegam do catolicismo aquilo que as interessa e rejeitam o resto.
A missa foi o ponto alto da participação do papa na Jornada Mundial da Juventude. Pelo seu conteúdo, o discurso foi voltado para os jovens católicos que seguem um estilo de vida pouco condizente com os ensinamentos da Igreja.
Bento XVI disse que a religião não deveria ser vista como um "produto comercial", que pode ser tomado ou rejeitado segundo a vontade do consumidor.
"A liberdade não é simplesmente desfrutar de uma vida em autonomia total, mas viver segundo a verdade e a bondade, para que sejamos verdadeiros e bondosos", disse o papa na homilia.

8 comentários:

  1. Aquando do Conclave, sentia-me apreensiva e desassossegada, na espectativa de quem seria o novo Papa. Todos, menos Ratzinger, pensava. Na véspera, fui à Igreja orar para que me fosse concedido receber, de coração, o Papa escolhido, fosse ele qual fosse, segundo a intervenção do Espírito Santo e repeti várias vezes: "Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu".
    No dia seguinte, a notícia caiu-me como um balde de água fria! Ao longo dos anos, ouvi tanta coisa sobre Ratzinger, nem sempre abonatória a seu favor que, facil e levianamente me deixei levar, tanto mais que era assunto que pouco ou nada me preocupava em aprofundar.
    Mas tão logo me lembrei da minha oração e novamente repeti: "Seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no Céu" e depressa me recompus. De mais a mais, lembrei-me do que digo constantemente, quando ouço no ar, falar deste ou daquele, ou disto ou daquilo, que só conhecendo as pessoas e ouvindo-as, ou só conhecendo os factos nas suas fontes, podemos ajuizar verdadeiramente.
    A partir daí, comecei a procurar conhecer melhor esse Homem e li vários dos (e não "sobre") seus escritos e descobri uma pessoa maravilhosa, de profunda fé e deveras preocupado com a "pureza" evangélica e com a verdadeira "evangelização" dos cristãos. Por isto, o chamavam de retrógrado, etc. e tal.
    Mas o certo é que o Evangelho não varia segundo as modas e o verdadeiro cristão não pode compadecer-se com os apelos mundanos e não deve usar a religião somente naquilo que não colide com os seus interesses, como é o caso do aborto, ou querer misturá-la com outras crenças em voga, desviruando a Verdade evangélica. A propósito do aborto, muitos acham que a Igreja devia abrir-se à sua aceitação. Coisa mais absurda, de resto, mesmo se só vista a questão pelo seu aspecto laico.
    Hoje em dia, todos queremos pecar, com paz na consciência, porquanto reinvindicamos a transferência da responsabilidade das nossas acções para a religião ou para a lei, pedindo-lhes, instantemente, o seu aval.

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  2. Nem é preciso ir a dogmas ou sequer restringir esta tomada de atenção ao cristianismo. Não há religiões “faça você mesmo”. Não no sentido que alguém não possa reconfigurar a sua existência cristologicamente, budisticamente, etc etc etc, sem estar inserido “exteriormente” num grupo ou numa igreja, mas no sentido de que não pode na prática fazê-lo sem “alinhar” numa determinada tradição. Isto deriva da complexidade envolvida na actividade religiosa pressupor uma longa história (um pouco como em muitas outras actividades culturais…) e que toda a “inovação” pressupõe um diálogo consistente com a tradição. Os cocktails “new age” servem para equívocos existenciais.
    Isto “no geral”.
    Quanto ao cristianismo, tanto a sua fundação na unidade trinitária como a exortação amorosa pressupõem a eclesialidade. Há-que assumir o evangelho como um todo, como se cada “parte” fosse sustentada pela outra; e pensar que ao extrairmos o que não nos “convém” ou gostamos, estamos a retirar fundação e dinâmica sobrenatural ao que guardamos e nos “convém”.
    Isso não significa evidentemente uma aceitação passiva, que elida a crítica e interrogação constante, assim como a confrontação com o que realmente ressentimos e vivemos concretamente – muito pelo contrário, chama-se a isto aprofundar a fé.

    Um abraço.

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  3. O que é mais importante?
    - Os ensinamentos da Igreja ou os ensinamentos do Senhor da Igreja?
    - Será que são coicidentes?

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  4. framentosii, a questão está mal colocada. o senhor da igreja, como lhe chamas, integra-a. logo, o ensinamento de um é o ensinamento de outro.

    mas uma questão interessante seria: "o que é mais importante? o ensinamento da igreja ou aquilo que eu, que sou tão perspicaz, acho que o ensinamento da igreja deveria ser?"

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  5. help, já na altura fiquei perplexo com isso (nao sei se relativamente a ti, mas relativamente a muitos comentarios que vi aqui ou "ao vivo". Lembras-te DE ONDE é que vinha essa ideia negativa do Ratzinger?

    As más árvores tambem se conhecem pelos frutos. DE ONDE vinham esses ventos? :)

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  6. Não será a religião "a la carte" uma necessidade dos crentes, quando as instituições não conseguem responder adequadamente às suas questões?
    Não haverá por detrás disto uma enorme necessidade de repensar alguns aspectos do cristianismo?
    O mundo mudou muito, e a religião deve acompanhar a mudança.

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  7. Very cool design! Useful information. Go on! »

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